Fanfic: Atração Perigosa - Terminada | Tema: Vondy

Resposta dos comentários:

@Thainá lima: Continuando Thai. Não chore gatinha!

Analuvondyenterno: Mas os momentos tensos mal começaram! Ainda estou sendo boazinha! Não chore...

Nathycandy: É acabou, mas por pouco tempo! :x

Yasmim.b: Calma gatinha, logo logo as coisas se ajeitam! :x Ainda tem muita coisa para rolar! Continuando...

Anne Karol: Onw fica triste não! Ainda tem muitas coisas para acontecer, os momentos tensos estão apenas começando, mas vamos dizer que isso trará coisas boas! Postado!

Vondyfforever: Calma, logo logo tudo se resolve gatinha, mas antes tem coisas para acontecer! Postado!

Vondyesamor: Continuando...

Dulce_amargo: Calma Thay. Continuando...

StellaBarcelos: Calmaaa que tem muita coisa pra acontecer. Continuando...

Sasah_uckermann_forever: Eu matar você Sah? Nunca... Não chore... Tá querendo enterrar ela viva? Kkkk

Girl: Calmaaaa gatita! Aí está mais! Logo passo na sua fic, mesmo não comentando estou sempre lendo, é que às vezes me falta tempo para comentar! Bjs...

Dulce acordou cedo no dia seguinte, o sol estava escondido entre as nuvens negras, e quase não entrava claridade pela janela aberta, parecia que uma forte chuva se aproximava, o vento forte, as árvores balançando, denunciavam a tempestade que estava por vim. Estava abraçada a filha na cama, a menina ainda dormia serenamente, alheia a tudo, Dulce se soltou de vagar, para não acordá-la, tinha o rosto inchado e avermelhado pelo choro da noite anterior, a maquiagem borrada, ainda vestia a mesma roupa da festa, e sentia-se péssima, como nunca antes. Levantou-se indo até o banheiro, quase arrastando-se parecia não ter forças para nada, queria se afundar na cama até aquela dor passar, mas simplesmente não podia. Entrou trancando a porta, deixando um suspiro escapar entre seus lábios. Enquanto parava em frente a pia, olhando-se brevemente no espelho: estava péssima. Sua cabeça latejava.

Tomou um banho gelado, rápido, sentindo o corpo protestar pela ofensa da água fria, limpando o rosto e sentindo o corpo dolorido parecer ainda mais tensionado debaixo da água, no entanto a dor física em seu corpo nem se comparava com a dor emocional que sentia. Saiu do banho preguiçosamente, ensaiando o melhor sorriso que conseguiu em seu rosto, indo acordar a filha.

— Bom dia porquinha da mamãe. — Se aproximou da cama vestindo apenas um roupão. Ainda com os cabelos molhados. A pequena apenas mexeu-se na cama. Pegou María Laura no colo e a menina deitou a cabeça em seu ombro ainda sonolenta. Parecia não querer acordar. — Vamos tomar um banho? — Sugeriu vendo a pequena assentir ainda com os olhinhos fechados, a sentou na pia tirando os laços que prendia os fios loiros, vendo a menina bocejar alcançando uma barbie jogada por ali e aproveitou retirando a roupa da mesma que brincava com a barbie distraída, agora mais desperta, ajustou o chuveiro colocando a água morna, colocando a mão na mesma checando a temperatura e por fim a colocou embaixo da água. — Lau. — A chamou vendo a menina a olhar, aqueles olhos azuis tão ingênuos, que lhe passava tanta segurança. Enquanto a ensaboava, fez uma pausa enquanto parecia buscar as palavras certas. — A gente vai voltar a morar aqui no Rio. — Contou cautelosa, sentindo um nó formando-se na sua garganta. Sentia uma dor em seu peito, não queria que sua filha sofresse, mas sabia que ela estava muito apegada a Christopher e isso seria inevitável.

— Eu, você e o papai? — Perguntou levando as duas mãozinhas aos olhos enquanto sentia a mãe passar shampoo em seus cabelos. Dulce respirou fundo, hesitando alguns instantes, não podia chorar ou demonstrar a dor que sentia, mas sentia-se fraca.

— Não. Seu pai não vai poder mais morar com a gente. — Engoliu seco o choro, ao ver a menina a olhar com a decepção espantada em seus olhos azuis, as lágrimas rapidamente chegando aos mesmos, um biquinho de choro formando-se nos pequenos lábios.

— Ele não quer mais ser meu papai? — Perguntou, a vozinha embargada, abaixado a cabeça, as primeiras lágrimas caindo, um soluço escapando dos lábios infantis enquanto um choro doloroso se iniciava. Dulce quase chorou junto a filha, sentia seu coração se partir ao vê-la assim, tão frágil, vulnerável.

— Oh minha princesa. — Desligou o chuveiro a abraçando-a, carregando-a em seu colo. Tinha a voz embargada, os olhos cheios de lágrimas. Estava sendo difícil. — Não é isso. Ele ainda te ama. — Falou tendo a certeza disso, enquanto ninava a menina em seus braços, vendo María Laura chorar inconsolável, agarrada ao seu pescoço.

— Ele não gosta mais de mim? — Soluçou, enquanto Dulce sentava-se na cama a encolhendo em seus braços. Queria tirar toda essa dor do coração de sua princesinha. — Eu prometo obedecer mamãe, eu não faço mais bagunça e prometo sempre guardar meus brinquedos. — Prometeu. Levantando os olhinhos ansiosos, carregados de esperanças olhando a mãe. Dulce deixou uma lágrima cair apertando mais a filha em um abraço. Sem ter coragem de dizer mais nada.

— Eu sinto muito. — Sussurrou no ouvido da menina que chorava ainda mais nos braços da mãe. Dulce sentia seu coração esfarelado. Lutou tanto por sua liberdade para no final essa liberdade trazer tanta dor. Vestiu a menina que ainda chorava baixinho e se vestiu seguindo para varanda, que estava só com um advogado a esperando, ventava muito, o céu escuro denunciando a chuva que se aproximava.

María Laura não quis sair de seu colo por nada. Estava quietinha, agarrada ao pescoço da mãe, sem nenhuma sombra da menina alegre e cativante que sempre fora. Tinha o rostinho vermelho e inchado escondido na curvatura do pescoço de Dulce.
A ruiva tinha óculos escuros no rosto, escondendo os olhos inchados. Preferiu não despedir-se de ninguém, e foi embora assim, carregando consigo apenas lembranças dos momentos juntos aquela família que lhe marcou tanto. Antes de sair deixou com o advogado o divórcio assinado. Que já continha a assinatura de Christopher. Partindo no carro do irmão, com ele, a cunhada, a sobrinha e a filha, sentia-se tão inconsolável quanto María Laura estava.

— Bem vinda de volta. — Nando falou, exibindo um sorriso para a irmã assim que abriu a porta de casa. Dulce forçou um sorriso entrando na casa, que antes tinha apenas um andar, agora tinham dois, totalmente diferente da casa que deixara anos atrás. María Laura por fim soltou-a correndo para seu quarto, e Dulce suspirou sabendo o quanto estava sendo difícil para a menina.

— Dulce, seu quarto é ao lado do de María Laura. Segunda porta a esquerda. — Maite falou, segurando a filha nos braços, vendo a amiga assentir subindo as escadas sem muita vontade. Na verdade não sentia vontade de nada. — Elas estão tão abaladas. — Comentou sentindo dó da amiga, sentindo-se ser abraçada pelo marido, após colocar uma Lunna sonolenta no carrinho.
— Ela não ficou assim nem quando o traste do Jonathan morreu. — Suspirou, nunca gostou do antigo cunhado, sabia que a irmã não via o quanto o mesmo não valia nada, a única coisa boa que Jonathan havia feito na vida, era María Laura, no entanto Dulce nunca havia percebido, e o adorava. — Ela tá tentando se fazer de forte, mas seja lá o que aconteceu entre eles nesses anos, foi intenso... — Comentou e Maite assentiu concordando.

Dulce entrou no quarto sem prestar muita atenção em nada, foi até a cama abraçando o travesseiro e permitindo-se chorar a dor que estava em seu peito. Sabia que era necessário, precisava de um tempo para pensar e com Christopher perto sempre fora impossível, porém a dor que isso estava lhe causando era tão intensa que não tinha tanta certeza que estar livre era tão bom assim.

Apertou ainda mais o travesseiro deixando que toda a dor saísse em forma de lágrimas, estava decidida a seguir em frente, começaria a procurar emprego em breve. Iria se reerguer e voltar a ser a mesma de antes, a mesma mulher guerreira e batalhadora de antes desse casameto masoquista que sempre a fez mal, tinha que se convencer que aquilo era o melhor para si, que só assim seria feliz novamente, mas como se convencer se seu coração dizia exatamente o contrário?