Fanfic: Atração Perigosa - Terminada | Tema: Vondy

Resposta dos comentários

Stellabarcelos: Também xonei na pipoca *-* Ela está louca, isso sim! Haha :x

Anaportillarbd: Continuando gatinha! Não choraa! 

NathyCandy: Realmente ela precisa de tratamento... 

Clarande BB<3: Okay a pipoca então é sua! Verdade você não perderia essa opornidade, mas agorasou malvada! Vai ter que esperar como todas as outras hahaha, quase todas né?Pq a gêmea é um caso a parte! Heeey quem lê seu comentários acha que eu sou uma malvada sem coração. Infarta nãooo... Postadoooo. Gosti dos 5 motivos: 1º: Verdade am0o muito / 2º: Muito medo,isso me proteja e não queira me matar *-* / 3º: Verdade. As emoções estão chegandoooo *o* Ou melhor chegaram / 4º: Vocês são dramaticas! / 5º Eu tava falando em comentários diferentes, maaas está valendooo \o/ Postadooooo! 

O barulho insistente do celular de Dulce ecoava pelo quarto, a mesma tateou a mesinha de cabeceira a procura do aparelho, não havia nem aberto os olhos ainda, sentia-se sonolenta, no entanto um sorriso nascia em seus lábios lembrando-se da noite anterior, a forma intensa que havia feito amor com Christopher. Alcançou o celular, atendendo-o, um sorriso brincando em seu rosto.

— Alô?! — Abriu os olhos, olhando o quarto para ver se encontrava Christopher, no entanto o mesmo não estava ali.

"Dulce?" Uma voz masculina ecoou do outro lado da linha, a movimentação do local deixava a ligação ruim, ela franziu o cenho.

— É ela. Quem deseja? — Perguntou sentindo um aperto estanho em seu peito e a ligação caiu.

Olhou o visor sentindo uma angústia estranha, um aperto em seu peito fazia a respiração parecer presa em sua garganta, como o prelúdio de algo ruim, suspirou deixando isso de lado e levantando-se em busca de Christopher, ele não podia ter ido embora assim, entrou no banheiro vazio estranhando, no entanto na sua mente algo não se focava em Christopher e sim naquela voz no telefone, que lhe era estranhamente familiar.

Abriu o chuveiro entrando debaixo da água quente, deixando a mesma levar aquela angústia que sentia embora, molhou os fios vermelhos com cuidado, lavando-os. Após o banho saiu enrolada na toalha, o barulho da chuva era constante, parecia que toda chuva dos últimos meses resolveu cair em um único dia. Vestiu-se com uma roupa quentinha, estava um frio gostoso, colocou uma calça jeans, uma blusa de manga comprida e gola alta branca com um sobretudo vermelho por cima e um cinto preto. Calçou um par de botas pretas, cano alto e sem saltos e fez uma maquiagem básica, saindo de seu quarto e parando na porta do quarto de María Laura. A menina dormia calma em sua cama. Sorriu quando pipoca veio para os seus pés latindo e pulando, balançando freneticamente o rabinho. Dulce sorriu abaixou-se pegando-a, acariciando o pelo branco da mesma.

— Quem é você hein? — Perguntou fechando a porta do quarto e descendo as escadas com a cachorrinha nas mãos. — May, não me disse que tinha uma cachorrinha. — Falou olhando a morena que a olhou arqueando a sobrancelha.

— Não tenho. É da Lau, o Christopher trouxe de manhã bem cedinho. — Contou, ajeitando a filha nos braços, após terminar de amamentá-la, olhando a melhor amiga sorrir. — Gosta dele não é? — Perguntou vendo Dulce assentir suspirando.

— Eu não sei viver sem aquele homem May. — Falou colocando a pipoca no chão, vendo a mesma começar a andar conhecendo o local.

— E por que se divorciou então? — Franziu o cenho sem entender. Amava Fernando e a última coisa que pensaria dar a ele seria o divórcio.

— Porque esse casamento começou errado May, foi tudo errado. A gente tentou se destruir, tentamos de tudo para acabar um com o outro ao invés de construir um amor e o divórcio é o fim dessa etapa. Agora podemos recomeçar, só que dessa vez tudo certo. — Sorriu feliz, finalmente as coisas entraria no rumo certo.

— Entendi. — Maite assentiu negando com a cabeça, um sorriso desenhando seu rosto enquanto olhava a melhor amiga. Desejava a felicidade dela, entregou Lunna a mesma enquanto iam para a cozinha onde o café estava sendo servido.

— A casa esta linda. — Dulce comentou agora observando melhor o local, aquilo ali estava do modo como sua mãe sempre sonhara. — Como conseguiram reformar tudo? — Franziu o cenho olhando a amiga. Ninava Lunna enquanto o cheiro de café sendo feito espalhava-se pelo local.

— Com o dinheiro que você mandou todo mês, a quantia dava e sobrava para todas as despesas, pagou o final da minha faculdade de veterinária e a faculdade do Nando, aí resolvemos reformar tudo com o que sobrava do dinheiro. — Explicou.

— Como? — Perguntou parecendo confusa. — O Christopher mandava dinheiro para cá? — Perguntou surpresa, uma pontada de seu orgulho ferido, no entanto uma gratidão anulava esse sentimento.

— Pensei que soubesse, ele pagou o tratamento da tia Blan, eu pensava que ela sairia dessa, mas infelizmente... — Suspirou. — Um hospital caríssimo, tudo pago por ele, o enterro, as dívidas da casa, ele terminou de pagar a casa.

Dulce mordeu os lábios, não sabia o que pensar, Christopher pagava tudo e sabia também tudo o que acontecia ali, sentiu uma pontada de dor, ele sabia que sua mãe havia morrido e não havia a levado ali para se despedir, mas ao mesmo tempo uma gratidão gritava dentro de si, ele não havia deixado sua família desamparada. Precisava vê-lo!

●•▪•●

Christopher havia pegado a estrada algumas horas, Bianca dormia no banco ao lado, uma mão em sua barriga, havia viajado contra a vontade de Gustavo e isso havia gerado uma pequena briga, o que a incentivou viajar por pura pirraça. Jéssica, sedada, dormia no banco de trás. Ele pouco enxergava, mas ainda conseguia dirigir bem, guiando-se pelas luzes. É verdade que poderia ter ficado no rio aquela noite, até aquela chuva passar, mas não queria nem pensar nisso, sabia que se ficasse imploraria para Dulce voltar atrás e ele havia prometido que deixaria-a livre, embora seu pensamento estivesse nela. Ele não resistiu, pegou o celular no banco do passageiro e procurou o número dela, com todo cuidado e prestando atenção também na estrada. Na maioria de seu caminho, a estrada estava livre. O número de Dulce estava na discagem rápida, mas ali não tinha sinal. Ele praguejou, diminuindo a velocidade, censurando-se por estar tão rápido e querer falar ao telefone. Queria tanto escutar a voz dela, poder surpreendê-la com um beijo e mimar Laurinha com todos os presentes possíveis para a menina.

Ele se preparava para mudar de faixa quando aconteceu. Uma luz fortíssima apareceu atrás de si, uma luz que antes era apenas um ponto perdido na escuridão em sua traseira, mas era uma luz que avançava. Não estavam na mesma faixa. A luz mal sabia para onde ir, ziguezagueava freneticamente na pista. Christopher franziu o cenho: tinha alguém chapado atrás dele. O coração começou a bater como um louco no peito. Acelerou uma vez, trocando de faixa, mas pareceu em vão: o caminhão (com certeza, era um caminhão), continuava a correr, cheio de si, querendo grudar-se ao seu carro. Uma curva acentuada e perigosa estava a poucos metros agora, eles a alcançariam em questão de segundos. Trocar de faixa era impossível: os pneus estavam instáveis, o para-brisas passou a receber mais água do que podia conter, os limpadores lutavam freneticamente para espantar a água. Christopher estava em um impasse entre correr mais e perder o controle ou tentar trocar de faixa, e, se Deus o ajudasse, por pouco não cairia barranco a baixo.

Observou Jéssica e Bianca dormindo, não era apenas sua vida em risco. Precisava fazer algo...

Mas antes que ele pudesse fazer qualquer coisa, uma buzina altíssima foi ouvida. O motorista parecia ter finalmente percebido o que estava prestes a fazer, mas seus sentidos não estavam 100%. A primeira – e mais insensata – reação dele fora virar o volante com tudo, tentando desviar-se no pequeno carro indefeso a sua frente, mas o contrário infelizmente aconteceu. Christopher olhou pelo retrovisor pela última vez antes de fechar os olhos e sentir todo impacto do eixo gigante do caminhão chocar-se contra seu carro, arrastando-o quilômetros e mais quilômetros a frente, rodopiando o carro dezenas de vezes, amassando-o contra o asfalto enquanto rumava para o precipício, impedindo Christopher de sentir qualquer espécie de dor com o choque. Tudo ocorreu em questões de segundos. A face já estava coberta de lágrimas e sangue, quando a imagem de Dulce e María Laura apareceu em sua mente e depois apagou...