Fanfic: Atração Perigosa - Terminada | Tema: Vondy

A noite chegou silenciosa, Christopher dormia após uma serie de exames, Dulce estava ao seu lado. Parecia exausta, acariciava os cabelos dele encostada à cabeceira da cama de modo que a cabeça dele estava em seu colo, seus dedos brincavam com os cachos dele enquanto pensamentos voavam por sua mente, e mantinha os olhos fechados.

— Dulce. — Alexandra murmurou chamando-a. Dulce abriu os olhos encarando a sogra. — Vá pra casa, sua filha precisa de você e você está toda torta aí. — Disse carinhosa. — Eu fico com ele...

— Não. — Negou prontamente. — Quando ele acordar ele vai querer me ver aqui, saber que estou aqui. — Se embolou, negando com a cabeça, sua cabeça estava uma bagunça e imaginava a agonia que o mesmo sentia.

Alexandra suspirou assentindo e aproximando-se dando um beijo na testa do filho. Pelo tempo que o mesmo estava no hospital pode perceber o quanto Dulce era teimosa quando queria, e como estava psicologicamente abalada preferiu não contrariar.

— Vou deixar a María Laura com a Marce hoje então, ficarei com a Bianca para o Guto ir pra casa dormir um pouco, ele ta exausto. — Dulce assentiu sorrindo forçadamente.

— Muito obrigada. — Disse sincera recebendo um beijo na testa e Alexandra por fim saiu do quarto a deixando ali. Respirou fundo olhando-o, os machucados estavam quase cicatrizado, o rosto dele quase não havia mais ferimentos, as fraturas estavam melhorando em seu tempo, nada que deixaria sequela, a não ser aquela maldita cegueira que estava lhe tirando o sono.

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Marcela estava no atelier, que havia em um os cômodos de sua casa, era apaixonada pela arte, aproveitou que María Laura tinha dormido assistindo a um filme de animação e foi para ali, observava o ultimo quadro que havia pintado, era um olhar, o olhar que não saia de sua mente nos últimos dias.

— Senhorita Marcela. Visita para senhora. — A empregada falou da porta. A mesma nem tirou os olhos do quadro em sua frente, continuando a dar os retoques finais.

— Pode mandar entrar. — Disse se afastando dois passos para olhar melhor. Sentindo um arrepio percorrer suas costas ao lembrar-se desse olhar. Fechou os olhos soltando um suspiro, só podia estar ficando louca, estava noiva e outra pessoa tomava conta dos seus pensamentos. Abriu os olhos ao escutar passos atrás de si e se virou para guardar as coisas que usava anteriormente.

— São meus olhos? — A pergunta surpresa, fez a mesma levantar o rosto em seguida. As bochechas corando imediatamente, e a voz presa em sua garganta. Ele a olhou, os olhos azuis mirando o verde de seus olhos.

— Fernando, eu... Ér... — Coçou a nuca. Estava sem graça, suas pernas tremiam levemente, parecia que iria desmaiar, principalmente quando ele se aproximou ainda mais, aquele sorriso lhe fazendo perder completamente o foco.

— Pintou meus olhos? — Seu sorriso roubava o fôlego dela por completo, se aproximou mais um passo sentindo seu corpo colar ao dela, ela assentiu meio inebriada pela presença dele tão próxima. Ele sorriu tocando a cintura dela puxando-a de leve vendo o modo como ela se inclinou aceitando o toque.

Ela abriu novamente os olhos tentando manter o autocontrole, tentava processar palavras, para tentar impedi-lo, porém estavam todas presas em sua garganta. Sentiu a mão masculina tocar sua nuca arrepiando-a por completo, a respiração quente contra sua bochecha, naquele momento tudo contribuía para que perdesse completamente a razão e entregar-se a aquele desejo insano que lhe consumia. Sentiu a respiração dele contra seus lábios, entreabriu os lábios, que aquela altura só sabia pedir aquele beijo. O arrepio percorreu todo seu corpo quando ela sentiu os lábios dele sobre os seus.

— Marce. — Ele sussurrou roucamente com os lábios colados ao dela, vendo-a entreabrir os lábios recebendo de bom grado aquele beijo, as línguas que se buscavam com ansiedade, paixão e muitos outros sentimentos que se misturavam naquele ato insano de entrega, se apertavam, as mãos dela indo de encontro aos cabelos dele o puxando para si, sentindo o modo como as mãos dele lhe apertavam, lhe fazendo desejá-lo ainda mais. Naquele momento não havia medo, não havia receio, somente havia vontade, havia desejo.