Fanfic: Atração Perigosa - Terminada | Tema: Vondy

Resposta dos comentários:

Yasmim.b: Continuando....

Dulce chegou em casa ansiosa, após passar na farmácia soltou logo em frente o prédio de Christopher, desde a viagem não aparecia ali, estava sempre no hospital, na Marcela, no seu irmão ou em Alexandra, María Laura correu para o quarto e Dulce a seguiu certificando-se que a mesma estava brincando e seguiu para o banheiro trancando a porta.

Suas mãos tremiam levemente em uma ansiedade obvia, pegou a sacola da farmácia, despejando o exame em cima da pia, um único exame de gravidez, uma marca evidentemente cara e com um alto índice de acertos. Fez o que mandava no exame e o colocou na bancada da pia do banheiro. Tinha que esperar cinco minutos e a espera parecia a matar.

Retirou o vestido e olhou-se no espelho, tocou os próprios seios, podia jurar que estavam mais rígidos, talvez um pouco maiores, desceu a mão para a barriga tocando-a e parecia também rígida, no entanto não havia nenhum volume. Estava atrasada, com bastante sono, comia bastante e sentia náuseas. Todos os sintomas que sentia durante a gravidez de María Laura.

Pegou o exame com as mãos tremulas, sentia um aperto na garganta como se fosse chorar, a esperança saindo de seus dedos enquanto um soluço saia de seus lábios. Observou o exame novamente uma única barrinha ali denunciava o resultado: Negativo. Toda a esperança que estava sentindo de poder ser mãe novamente saiu trazendo uma dor em seu lugar, desejava tanto aquela criança.

— Mãe... — María Laura chamou do lado de fora, fazendo com que ela passasse as mãos pelo rosto secando as lágrimas que caíram.

— Já vai. — Murmurou vestindo-se novamente. Abriu a porta e viu a menina deitada na cama a TV ligada em um canal de desenho enquanto ela tinha um ursinho em mãos. Deitou-se ao lado da menina puxando-a para seus braços e inalando o cheirinho infantil da mesma.

Não conseguiu evitar as lágrimas que vieram, realmente estava acreditando na possibilidade de um milagre e que realmente estava grávida, mas a realidade não era essa e isso fazia seu peito doer. As lagrimas caíram seguida de um soluço, abraçou ainda mais a filha que a olhava preocupada.

— Por que está chorando? — Laurinha perguntou com a vozinha quebradinha, odiava ver a mãe triste. Dulce soluçou ainda mais.

— A mamãe está um pouquinho dodói, somente isso. — Murmurou com a voz falha, e sentiu o abraço da menina. Porque todo mundo tinha que enchê-la de esperanças com algo impossível? Para doer dessa maneira?

Abraçou a filha sentindo os carinhos que a menina fazia em seus cabelos e por fim o cansaço a venceu fazendo com que dormisse, o rosto inchado e vermelho pelas lagrimas. Parecia realmente exausta e o corpo dolorido, mas nenhuma dor se comparava a que sentia em seu coração.

Não sabia o quanto dormiu, só que acordou com o cheiro maravilhoso da comida, sentia seu estomago roncar de fome, sentou-se na cama tirando o cabelo do rosto e o barulho de vozes inundou o ambiente. Levantou-se indo até o banheiro se recompondo em seguida. Laurinha não estava mais na cama de modo que a mesma após um banho rápido seguiu para a sala. Anahí e Alfonso estavam abraçados em seu campo de visão e Marcela chegava com uma garrafa de champanhe em mãos seguida do Nando que tinha taças. Parou na porta vendo Alexandra rindo de algo e Christopher sentado no sofá ao seu lado com uma Laurinha parecendo alegre em seu colo.

— Christopher? — Perguntou com um sorriso brotando nos seus lábios. O mesmo tateou o sofá e levantou, andando até ela ainda cauteloso, seguindo de onde o som havia ido, o silencio ali pareceu imediato com a cena, pegou a mão feminina entrelaçando os dedos e a puxou diminuindo a distancia entre eles, levou as mãos ao rosto da mesma e acariciou a bochecha feminino sabendo assim que a mesma sorria e a beijou. Os lábios se buscando com saudade, amor, cheio de vontade, um beijo que demonstrava todo o sentimento que havia ali. Ele estava disposto, disposto a lutar por sua vida, lutar pelo seu amor por Dulce e poder fazer tudo certo dessa vez. O beijo cessou com os aplausos que vieram a seguir.

— Eu te amo. — Ele murmurou com um sorriso, a vontade de viver novamente parecia ter voltado. E finalmente parecia que tudo daria certo.