Fanfic: Atração Perigosa - Terminada | Tema: Vondy

Após despedisse de todos, Christopher a ajudou levantar, segurando-a pela cintura sustentando o peso dela, já que a mesma ainda se encontrava um pouco tonta. Ele a levou para o carro a mesma foi o caminho todo em silencio, a cabeça encostada a janela, o pensamento longe.

— Porque motivo você desmaiou? — Ele perguntou, os olhos focados no transito, ela suspirou sem olhá-lo.

— Uma queda de pressão não ouviu seu irmão falando? — Perguntou, um deboche evidente na voz. Ele grunhiu. — Sua mãe e sua irmã, estavam me pressionando com perguntas. — Comentou, olhando as unhas. — Eu me senti sufocada, minha pressão caiu. — Concluiu vendo-o assentir.

— Assinaremos na sexta um contrato pré-nupcial. — A mesma assentiu, dando de ombros. Ele revirou os olhos impaciente. — As dez passarei para te buscar, sem atrasos. — A mesma nada falou, vendo-o estacionar o carro em frente ao hotel, no entanto ela não desceu.

— Quero minha mãe, minha filha e meu irmão no meu casamento. — Falou a voz decidida. Ele riu, debochadamente fazendo a mesma cerrar os punhos de raiva. — Eu preciso me despedir da minha mãe. — Pediu, a primeira lágrima rolando seu rosto, ele a olhou, quieto. — Ela está morrendo Christopher, eu preciso me despedir. Pelo amor que você sente pela a sua mãe. —Implorou.

Ele a olhou, os olhos impassíveis.

— Saia do carro. — Disse se esticando e abrindo a porta para que a mesma saísse, a mesma hesitou um instante, saindo em seguida, os seguranças na porta do hotel, como sempre. Ela subiu, as lágrimas caiam por seu rosto sem ela conseguir conter. Abriu a porta com as mãos trêmulas, quando conseguiu abrir a porta foi em direção à cama, abraçando os travesseiros, e com um soluço alto liberou todo o choro contido, seu peito doía, uma dor impossível de ser curada.

— Para mamãe. — O grito de María Laura foi escutado enquanto Dulce fazia cócegas em sua barriga e a pequena se contorcia na cama.

— Vai tomar banho minha porquinha? —perguntou, cessando as cócegas vendo a pequena sorrir sapeca balançando que não a cabeça. Ameaçou voltar às cócegas escutando um gritinho agudo da filha, o que a fez sorrir.

— Não mamãe. — pediu entre risadas. — Eu amo você mamãe. — Falou, fazendo Dulce derreter-se enchendo a pequena de beijinhos.

Dulce deu um grito abafado pelo travesseiro, querendo extravasar aquela dor, queria sua pequena em seus braços o mais rápido possível, não suportava aquela tortura mais. Preferia morrer ao viver assim, queria ter a certeza que teria forças até que Christopher cansasse e a deixasse livre para viver com a sua filha.

No carro Christopher dirigia, os olhos focados na estrada, porém seu pensamento estava longe “Ela está morrendo Christopher, eu preciso me despedir. Pelo amor que você sente pela a sua mãe.” Aquela frase ecoava em sua mente. Sua família era sua base, não se imaginava longe deles. Chegou a seu apartamento, morava em uma cobertura de um prédio que ele havia projetado, retirou a sua roupa entrando de baixo de uma ducha gelada, precisava esquecer-se desses pensamentos e focar-se em seu plano, mas ao lembrar-se da mesma chorando, tão menina, sem toda aquela valentia, sem estar toda cheia de si, fez o mesmo se sentir um verdadeiro cretino, na realidade não sabia ao certo o motivo que o levou a cometer tal ato, precisava dela e usou a situação ao teu favor, estava tão acostumado a ter todos aos seus pés, que esquecera completamente os sentimentos dela.

— Merda Dulce María. — Socou a parede, sentindo sua mão latejar. Desligou o chuveiro se enrolando em uma toalha, pegando um roupão, tacou-se na cama mirando o teto, não conseguia dormir, seus pensamentos se confundiam em sua mente como se o acusasse de ser um verdadeiro cretino.

Mas não iria desistir, fechou os olhos respirando fundo, tentando apagar a imagem dela chorando, iria seguir até o fim com seu plano e Dulce María seria sua. Custe o que custasse.