Fanfic: Atração Perigosa - Terminada | Tema: Vondy

Para a total irritação de Dulce, Christopher parecia completamente absorto na conversa que só voltou a si na hora dos parabéns, quando se aproximou e pegou María Laura no colo. Sorria como se nada houvesse acontecido, ainda tentou abraçar Dulce, no entanto ela se esquivou como se não tivesse visto o gesto dele, ele franziu o cenho, mas não dava para questionar ali. Quando as velas foram apagadas os flashes vieram e Dulce exibiu seu melhor sorriso, como se nada no mundo fosse capaz de abalá-la. Logo as pessoas se espalharam de novo.

—Me daria à honra dessa dança, vossa alteza? — Christopher pediu com uma reverencia exagerada. Ela levantou o olhar, no entanto não respondeu somente revirando os olhos. — Foi uma pergunta retórica, você vai de um jeito ou de outro. — Explicou com a mão ainda erguida.

Dulce apanhou a mão dele indo para o centro da pista de dança. Havia formada entre as ilhas temáticas uma ilha “baile encantado”, tinha uma luminosidade mais fraca em um tom azulado, era ignorada pelas crianças que preferiam aventuras a bailes. Tocava uma musica baixinha, mas era suficiente. Assim que chegou ao centro da pista ele a abraçou, se embalando no ritmo da musica tocada.

— Por que você está inquieta assim? — Perguntou, beijando a testa dela. Os dois moviam-se minimamente, já que a barriga dela não permitia muito esforço, apenas movimentavam-se no mesmo lugar.

— Eu passei meses organizando essa festa para que fosse um verdadeiro conto de fadas. — Comentou parecendo analisar, ele esperou tentando entender o ponto de vista dela. — Pensei minimamente em cada detalhe, analisei tudo até que tudo saísse perfeito. Aí justamente no dia da festa meu príncipe resolveu passar ao lado de uma plebeia. — Fez um biquinho inconformado, ele riu levemente. — Isso pode aborrecer uma pessoa. — Ele ergueu as sobrancelhas.

— Está fazendo tempestade em um copo d’água. — Suspirou, e ela revirou os olhos. — Depois de Jéssica pensei que não daria mais ataques sobre um caso meu.— Comentou falsamente intrigado.

— O caso seu quase matou a minha filha. — O lembrou. — E pelo o que eu saiba ela foi bem mais que um caso. — Cortou incisiva. Tentou sair do lugar, no enquanto ele a segurou pelo braço mantendo-a ali, os olhos negros pousados sobre ele ganhavam uma irritação a mais.

— Ok, ela foi minha namorada, mas isso foi a vidas atrás. Mais de uma década antes deu te conhecer. Agora não é nada. — Disse acariciando o rosto dela de leve, os dois voltando a se embalar na dança.

— E ela está aqui por nada. — Disse rindo de leve.

— Não. Ela está aqui porque é minha amiga. Ela está aqui porque é mãe da amiguinha da Laurinha. Ela queria me ver... — Comentou. Dulce soltou um riso entalado arqueando as sobrancelhas. — Ela queria conversar, colocar os assuntos em dia, eu achei melhor que fosse em um local que você estivesse presente, do que algo particular. Achei que não te incomodaria, mas me enganei. — Explicou e ela o olhou enfezada. — Não me olhe assim.

— Agradeça por eu ainda está te olhando. Se essa festa não fosse da minha filha já tinha ido embora e te deixado com a sua amiguinha. — Avisou e ele riu de leve.

— Mas essa festa é da NOSSA filha, não tem porque você ter ciúmes. Apesar de ficar linda assim. — Brincou, e ela suspirou cansada. Ele beijou a testa dela demoradamente. — Eu amo você. Não é o suficiente? — Ela o encarou, ainda enfeada. — Ande me dê um beijo.

— Sonhe com isso. — Disse sorrindo irônica.

— Vamos Dulce, me beije. — Pediu e ela riu de novo. — Tudo bem. — Dulce se sobressaltou quando ele a puxou pelo braço desequilibrando-a, ele a lançou para o lado curvando-a sobre seu braço e a beijou, a surpresa dela foi tanta que se pegou correspondendo a aquele beijo, segurando-o nos ombros. Exatamente como em um conto de fadas. Houve alguns flashes, apesar do beijo ser comportado. Por fim ele beijou o queixo dela que riu olhando o teto.

— Meu Deus do céu. Você é ridículo. — Condenou,e ele riu, pondo-a de pé.

— Ao seu dispor. — Brincou, enquanto ela se restabelecia em pé. — Isso não é o suficiente? — Perguntou voltando à seriedade em seu tom de voz, ela o olhou, os olhos brilhando intensamente pelas lágrimas e o abraçou, sentindo-o apertar os braços em sua volta.

— É. — Disse em um sussurro, sem ter a verdadeira noção se ele havia a escutado ou não, nos braços dele sentia-se segura que aquilo era o bastante. Ele beijou-lhe a testa, antes dela sorrir levemente e se inclinar selando novamente seus lábios.