Fanfic: Atração Perigosa - Terminada | Tema: Vondy

A festa ocorreu tranquila e muito bonita, Alexandra se emocionou com um vídeo que Marcela mandou de Veneza, e com os carinhos dos filhos que estavam ali com ela, tratava todos com muito carinho e simpatia. E emocionou-se ainda mais ao saber que Bianca estava grávida e tinha seu primeiro neto a caminho. A festa terminou tarde de modo que chegaram em casa de madrugada. Dulce fazia as contas de quantas horas alteraria na sua rotina se ela tomas seu remédio aquela hora e optou por passar aquela madrugada tocando, recorrendo ao violão para lhe distrair. Era a vez dela de atacar de modo que podia ficar a madrugada toda tocando sem nenhum perigo.

Christopher dormiu logo, de modo que amanheceu e fez toda a sua rotina como máximo de cautela, esperando um ataque dela que não aconteceu e saiu para o trabalho, Dulce tomava um banho quando ele saiu.

Ela seguiu pela sala, tranquila, tocou mais algumas canções e pegou um livro na biblioteca para ler. Era um romance de época, uma história bonita e envolvente. No entanto sentia-se sonolenta, aos poucos seus olhos pesaram, fazendo a mesma dormir. O que não era nada bom. Um sono inquieto.

—MÃE. MAMÃE.

Dulce escutava a voz de María Laura, os gritos dela ecoando em sua mente, estava em um lugar deserto e corria até a mesma, no entanto quando estava próxima mãos a puxavam para longe lhe tirando de perto de sua filha, um sonho real de mais, fazia com que ela sentia-se presa, sufocada.

Dulce convulsionava no sofá, se debatendo, estava solta, no entanto suas mãos estavam coladas ao sofá como se algo a prendesse, esses pesadelos era devido ao estagio que se encontrava a depressão que estava, os tratamentos não ajudavam tanto assim, apenas o remédio que a apagava, e que ela não havia tomado.

Quando Christopher chegou em casa, só havia silencio. Entrou em casa pensando na ultima reunião que tivera... Uma das filiais estava com um problema há alguns meses e não conseguiam resolver o erro nos números da contabilidade, um furo imenso que lhe dava dor de cabeça. Chegou a sala silenciosa, os empregados estavam de folga de modo que Dulce havia ficado sozinha. E haviam pés atrás do seu sofá. Ele franziu o cenho, se aproximando, e o que achou foi degradante. Dulce estava caída no chão da sala, os cabelos alvoroçados, o rosto soado, molhado pelas lagrimas, o nariz e a boca sangrando, os olhos castanhos abertos sem ver nada, desfocados, sem vida. Estava branca. Ele atravessou a sala a passadas longas, se abaixando ao lado dela. Estava gelada. Debatia-se minimamente. Ele levou dois dedos até o pescoço dela, tendo dificuldade pra achar a pulsação. Estava fraca demais. Ele apanhou o telefone, discando um dos números de emergência, e após dois toques Guto atendeu.

Poucas palavras foram ditas e em minutos o som de uma ambulância ecoava, Gustavo entrou o semblante preocupado, juntamente dois enfermeiros. Pelas poucas palavras que Christopher havia dito ficou claro que Dulce havia tido uma convulsão e provavelmente, pelo que ele havia falado, estava morrendo.

A ambulância saiu da casa dele cantando pneu, e foi assim que parou na emergência do hospital. A equipe desceu com uma Dulce inconsciente, o rosto ensanguentado, e o carro de Christopher parou em um rompante logo atrás. 

—2 mg de adrenalina. — Gustavo ordenou, o rosto sério, se movendo em volta de Dulce como uma vespa. Um enfermeiro atendeu, apanhando uma seringa rapidamente em uma gaveta do lado. — Prepare o desfibrilador. Christopher, saia daqui. — Continuou. Uma segunda enfermeira fazia massagem cardíaca em Dulce, mas os monitores não ajudavam.

— Ela morreu? — Christopher perguntou como se não tivesse escutado a ordem, parado em um mesmo lugar.

— Pressão 05 por 01. — Avisou, e a equipe, formada pelos melhores da área, começou a agir. — Sem alteração para AD. 

— Gustavo? — Perguntou, estancado. Uma enfermeira cortava a blusa de Dulce no meio, revelando a pele pálida e o sutiã de renda.

— Ela está parando. — Gustavo disse, acompanhando os monitores. Um dos outros médicos empurrou um carrinho pra ele, que o parou, apanhando as duas pás do desfibrilador. Ele ligou a maquina, que zuniu baixinho. Uma enfermeira se aproximou, despejando um pouco de um gel em cada pá. Robert esfregou uma na outra, os olhos fixos no monitor. — Carga. — Ordenou. Um medico se aproximou do desfibrilador, controlando-o. 

— Carregando. — Informou.

— Afastem. — Disse debruçando-se sobre Dulce.

Ele tocou as pás no peito dela, uma em cada lado. A força do choque foi tanta que o tronco de Dulce se ergueu na maca, os cabelos caindo sobre o rosto. Gustavo se afastou, olhando as maquinas. Christopher não entendia nada, só sabia que a cena era horrível de se ver. Saber do que a tinha levado até ali... Ele queria sair. Não queria ver, mas não conseguia se mover.