Fanfic: Atração Perigosa - Terminada | Tema: Vondy

Dulce acordou, já era noite. Gustavo estava ali sentado velando seu sono, ela se sentou ainda um pouco zonza.

— A entrada de Christopher está proibida no hospital. — Atualizou ela, vendo a mesma assentir ainda calada. — Sua alta está assinada, amanhã poderá ir para casa, ou fazer o que desejar. — Deu de ombros.

— Sairei daqui para ser trancada em um apartamento. — Deu de ombros. — Mas é por pouco tempo. — Falou esperançosa. — Como está às coisas entre você e a Bianca? — Perguntou brincando com os dedos.

— Ela saiu de casa. Não sei mais o que eu sinto. Eu a amo, mas algo me atrai muito em você e me deixa sem rumo. — Admitiu, pegando uma mexa do cabelo dela, tirando-a do rosto e pondo atrás da orelha dela. Ela o olhou, Gustavo se parecia um pouco com Christopher, porém era mais maduro o cabelo era mais curto. Realmente ele era muito bonito.

Por um súbito impulso ela se aproximou, os lábios indo de encontro com o dele, em um beijo afoito, as mãos indo até a nuca dele, enquanto as dele iam em direção a sua cintura, o beijo correspondido de imediato, um beijo gostoso de se sentir, no entanto não era a combustão que ela sentia quando beijava Christopher, era um beijo delicioso, mas não era o mesmo, faltava algo. Ele apartou o beijo olhando-a confuso.

— Desculpa, eu precisava... — Calou-se se arrependendo em seguida. — Guto, eu sinceramente não sei o que sinto pelo seu irmão, é ódio e desejo. — Falou suspirando. — Eu o odeio com todas as minhas forças, mas não consigo parar de desejá-lo. — O olhou, ele ouvia calado, ela calou-se também.

— Eu amo a Bianca, esse beijo foi à prova disso Dulce. — Ele murmurou. — Você é linda, gostosa pra cara/lho. — Admitiu vendo a mesma rir corando levemente. — Mas eu não sei se consigo viver sem aquela mulher. — Admitiu, a fixa caindo por fim.

— E o que está esperando?

— Como? — Perguntou confuso.

— Vá atrás dela. — Incentivou, sorrindo levemente. — Ande está perdendo tempo. — Brincou vendo o mesmo parecer considerar e assentir lhe dando um beijo na testa e sair, parando na porta em seguida.

— Obrigada Dulce, se não fosse esse beijo, talvez eu ainda estaria confuso. — Ela sorriu apenas, vendo o mesmo sair em disparada pelos corredores sorrindo feito um bobo.

Ela relaxou os ombros, menos um problema a vista. No entanto descobriu que não conseguia desejar outro homem com tamanha intensidade que desejava Christopher, nem o pai de María Laura um dia despertou tamanho desejo nela, nunca sentira tanto prazer como nas noites com Christopher.

Aquilo sim era um grande problema.

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Christopher chegou em casa tacando a primeira coisa que encontrou contra parede: Uma escultura media que ficava perto do hall de entrada. Havia comprado em um leilão há um ano atrás, era um anjo triste, abaixado, com as azas caídas, uma escultura bonita de um artista famoso, Dulce havia gostado da obra de modo que ele a arrematou no leilão. E agora a peça de arte eram apenas cacos no chão. Ele atravessou o hall indo até sala, quebrando algumas coisas e proferindo diversos palavrões enquanto tropeçava nos próprios pés.

— Inferno. — Praguejou, atirando um vaso de flores contra a parede. A casa nos últimos anos ganhara mais vida. Havia sempre flores e musica, por conta de Dulce. Magda parou na porta o olhando penalizada, desde o dia que começou a trabalhar ali nunca havia o visto tão transtornado e nem tão bêbado como naquele momento.

Ele estava se odiando, odiava o fato de desejar tanto Dulce ao ponto de perder a cabeça, se Gustavo não tivesse chegado Deus sabe-se lá o que teria acontecido, mas de uma coisa ele sabia, não pararia, o desejo lhe roubou qualquer noção no momento, misturando-se com o ódio que sentia.  Saiu do hospital transtornado, ligou para Alexandra pedindo que a mesma cuidasse de María Laura até a manhã seguinte e a mesma aceitou de pronto: Havia se encantado com a pequena. E ele parou no primeiro bar, ingerindo uma garrafa quase inteira de conhaque, e voltou para a casa, dirigindo completamente embriagado, ultrapassando os sinais.  Pondo em risco a própria vida e das outras pessoas.

Problemas e mais problemas...