Fanfic: Meu Doce Amor - D&C - [Mini fanfic] | Tema: Vondy

Eu parei de respirar e senti meu coração parar de bater. Foi naquele momento em que eu soube que nunca mais teria a Dulce de volta, ela já havia me esquecido.

Nossa casa, nossos filhos, Guilherme e Luna, nosso cachorro, a creche e a baba, nosso casamento simples na praia apenas para nossa família e nossos amigos, continuariam sendo apenas imaginação, nossos planos não seriam realizados. Ela os realizaria com outro cara.

- Christopher, fala alguma coisa.

- eu quero ficar sozinho.

- sou seu amigo a anos, não vou te deixar sozinho.

Olhei para Alfonso que me olhava com preocupação e respirei fundo antes de lhe responder.

- eu vou chorar feito um bebê e beber feito um adolescente que nunca viu álcool na vida.  – alertei e ele me deu um sorriso sincero.

- então faremos isso junto.

Eu bebi tanto aquela noite que faltei trabalho no dia seguinte. Eu cumpri o que falei, chorei feito um bebê e bebi feito um adolescente. Alfonso foi embora de manhã cedo, mas voltou a noite junto o Christian, que me disse que sentia muito, mas que não podia deixar de apoiar ela e eu lhe dei meu total apoio. Sem ele, ela se sentiria perdida naquele momento. Alfonso me disse que ele não iria, mesmo que Anahí fosse uma das madrinhas e eu lhe convenci a ir. Eu fui o culpado em perdê-la. Dulce não tinha que ser punida por encontrar sua felicidade.

Na sexta feira eu não aguentei e fui até o bar onde ela tocava com Christian. Ela já estava em cima do palco quando eu cheguei e cantava Depois de Marisa Monte, era fácil perceber que ela cantava sentindo exatamente o que a música dizia e isso me doeu na alma, mas isso não fez com que eu deixasse de admirá-la. Estava linda, usava uma saia jeans e uma camisa branca dos Ramones com vários rasgos nas laterais do corpo. Camisas de bandas para variar. Eu sorri sabendo que conhecia todo o estoque dessas camisas dela. E a novidade que eu ainda não sabia. Ela não estava mais ruiva. Seu cabelo estava preto. Ela tinha ficado linda daquele jeito.

Caminhei até a mesa e todos os meus amigos – Alfonso, Anahí, Maite, que se tornou namorada do Christian – me olharam surpresos e eu logo vi o porquê. Pablo estava sentado à mesa junto com eles. Eles me cumprimentaram e me abraçaram e eu não ainda não sei o que deu em mim naquele dia, apenas fiz o que tinha que fazer.

- podemos conversar lá fora? – perguntei a Pablo que me olhou por um tempo antes de concorda com a cabeça.

- Christopher, eu acho melhor não. – Alfonso falou me segurando pelo braço.

- relaxa irmão – forcei um sorriso – você sabe que eu não sou de brigar, quero apenas falar com ele em particular.

Segui com Pablo para fora do bar e senti o olhar de Dulce sobre mim, além disso a ouvi se perder na música, o que era bem raro, então sabia que ela estava olhando.

- olha Christopher...

Eu conhecia o Pablo, sabia que eles tinham namorado no colegial mais nunca tinha me importado com isso. Além disso os dois fizeram faculdade juntos e mantinham contato um com o outro. Eu não menti para o Alfonso, eu não queria brigar, mais também não queria ouvi-lo.

- Pablo, me escuta, eu não quero brigar, nem conversar, quero apenas te pedir uma coisa.

- que seria?

- eu quero que você cuide bem dela, eu amei a Dulce mais do que a mim mesmo, mas eu sou um idiota e a perdi, eu a fiz sofrer. Ela já sofreu demais por minha causa, então a faça feliz. Ela gosta de ganhar livros, quando não souber o que dar, compre um, vampiros é o seu tema predileto. Ou, pode dar uma camisa de banda, pode ser qualquer uma, mesmo que ela já tenha daquela banda, ela vai customizar e vai gostar. Quando ela ficar te olhando e sorrindo quando você chegar em casa é porque ela mudou alguma coisa em seu visual e está esperando você reparar, mesmo que não saiba o que é diga algo, mesmo que seja “seu cabelo está diferente hoje”.  – Pablo me encarava sem falar nada e eu respirei fundo. – eu não fui capaz de fazê-la feliz, então, por favor, faça ela feliz.

O som do bar tinha parado de tocar, pela minha visão periférica vi Dulce se aproximar rapidamente. Olhei outra vez para Pablo e disse a última coisa que podia dizer antes de virar e partir para sempre da vida dela.