Fanfic: Eu amo só você! - Ponny - 1ª/2ª/3ª Temporada | Tema: A&A; Rebelde

Poncho: Isso é sério? — Anahí olhou pela janela para a estrutura de quatro andares. Metade das letras no luminoso estavam apagadas.

Taxista: É aqui - confirmou.

Annie: Bem, é difícil dizer muito no escuro, mas… Vamos entrar. - Alfonso pagou o taxista e dois caminharam para a entrada do hotel.

Entre duas enormes palmeiras plásticas, a entrada era menos que espetacular. Um cheiro de pó e umidade os recebeu quando pisaram no carpete desbotado do saguão. À direita, cadeiras de vinil muito velhas e mais plantas artificiais cercavam um antigo aparelho de tevê. Um casal de meia-idade assistia a um programa de compras por telefone. À esquerda, a butique liquidava uma infinidade de produtos com a estampa de Elvis. Anahí apertou os lábios. Olhou para Alfonso e viu que ele franzia a testa, pronto para explodir.

Annie: Não era bem isto que eu esperava - ela resmungou rindo. Ele a encarou, mordeu a língua para conter as palavras que gostaria de dizer. A realidade era pior que as fotos.

O balcão de recepção erguia-se majestoso na frente deles, escondendo a loura magricela e desanimada que esperava para atendê-los.

Atendente: Posso ajudá-los? — ela perguntou sem interesse.

A decoração era simplesmente horrível. Tecidos desbotados, madeira corroída, plantas de plástico, tudo colaborava para criar um clima de abandono e descuido. Qualquer decorador teria desmaiado diante de tamanho atentado ao bom gosto.

Poncho: Não sei se vim ao lugar certo - Começou. - Existe outro hotel chamado Paliçadas do Prazer nesta região?

A recepcionista levantou a cabeça e não tentou esconder a admiração ao ver o novo hóspede.

Atendente: Não - respondeu com interesse súbito. - Este é o único. - Alfonso olhou para Anahí com ar preocupado e voltou-se para a recepcionista. - Estamos mesmo no lugar certo?

A mulher não respondeu. Sorrindo, fez uma enorme bola com o chiclete que mascava e recolheu-o com a ponta da língua.

Annie: O quarto deve ser confortável - Sussurrou, tentando mostrar-se otimista. Desde que tivesse água quente, o resto não fazia diferença.

Ele apontou um dedo para a funcionária.

Poncho:Só um momento - E puxou Anahí para o lado. - Annie amor, não podemos ficar aqui… isso aqui é.. é ...uma espelunca. Vi um Hilton antes de chegarmos aqui. Talvez tenham um quarto, alugaremos um para esta noite e depois…

Annie: Não vou a lugar nenhum, Alfonso. Não aguento dar nem mais um passo.

Poncho: Chamaremos um táxi.

Annie: Você chama o táxi, e você vai sozinho para o Hilton - Ela explodiu. - Estou cansada, suja, faminta e com uma terrível dor de cabeça. Desde que o quarto seja limpo, ficarei aqui mesmo.

Poncho: Não precisa ser grosseira. - Ironizou

Annie: Lamento, mas não consigo ser delicada no estado em que me encontro. Olhe para mim! - e abriu os braços, exibindo a roupa manchada e molhada.

Poncho: Está bem, está bem. Vamos passar esta noite aqui mesmo. Mas só esta noite! E pode esquecer de dormir em quartos separados. Não vou ficar tranquilo com você por aí. - Ela ia protestar. - Sem mais Anahí. - Ela assentiu, a final ele tinha razão e querendo ou não o lugar era assustador.

Dois minutos mais tarde, a recepcionista entregava a chave do quarto e explicava:

Atendente: É o 410 no fundo do corredor. A vista é linda e há uma varanda de onde poderão apreciá-la. Infelizmente o elevador está quebrado, e terão de subir pela escada. Tenham uma boa estada.

Anahí olhou para a escada que teriam de subir. Estava exausta. A caminho do quarto tiveram de parar várias vezes para descansar, mas finalmente alcançaram o corredor escuro que passava por várias portas antes de chegar ao 410.

Anahí ria de Alfonso enquanto esperava ele lutar com a fechadura no escuro.

Poncho: Podiam pôr algumas lâmpadas por aqui! - Ele reclamou. Em seguida, empurrou a porta e acionou o interruptor.

Atônitos, pararam na soleira e olharam para o interior da suíte.

Poncho: Parece que todas as lâmpadas estão aqui! - Ele acrescentou. Anahí afirmou com um movimento de cabeça, sem fala. O quarto era uma ofuscante coleção de luzes coloridas, multiplicadas dezenas de vezes pelos espelhos que cobriam as paredes.

Poncho: É uma discoteca! - Ele resmungou.

A cama ocupava o centro do espaço. Enorme e circular, fora colocada sobre uma plataforma de madeira. Uma luminária presa à cabeceira lançava sua luz brilhante sobre o edredom dourado, e era óbvio que o objetivo do decorador não era estimular o hábito de ler.

Annie: Pelo menos o carpete é novo. - Ela disse ao entrar.

Poncho: Sim, e devem ter pago uma fortuna por ele. Marrom desbotado é difícil de encontrar.

Ela olhou em volta, examinando a cozinha verde-abacate e a sala de estar composta por um velho sofá e duas poltronas em forma de saco de feijão. O ambiente ficava separado do dormitório por duas cortinas orientais que não chegavam nem perto do chão, e a tevê fora colocada num ponto estratégico que podia ser visto de todas as partes da “suíte”.

Annie: É espaçoso - Ela observou. - E funcional.

Poncho: Sim... para orgias.

Anahí gargalhou com o comentário. O abraçou pelo pescoço: Nossa que namorado resmungão que eu arrumei.

Poncho deu um selinho nela: O lado bom disso… - Apontou para o quarto. - É que vou ficar juntinho da minha delicinha. - Lembrou da cantada que ela recebeu no ônibus. Anahí gargalhou e o empurrou para cima da cama.

Com o empurrão, Alfonso foi com tudo para cima da cama. Mas o que ele não esperava e muito menos Anahí é que o colchão era d`água. Ele foi lançado como uma mola no chão. Anahí deu um gritinho estérico pelo susto e logo levou a mão na boca tentando conter o riso.

Do chão Alfonso afirmou: É um colchão d`água! - Disse com falsa alegria.