Fanfic: Eu amo só você! - Ponny - 1ª/2ª/3ª Temporada | Tema: A&A; Rebelde

Música da Cena: La De La Mala Suerte – Jesse y Joy

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Anahí

Eu não acredito... Isso só pode ser um pesadelo... Seco minhas lágrimas depois de entrar no táxi que estava parado ali. Chego em casa jogando as coisas no chão. Me jogo no sofá e deixo as lágrimas virem, o que eu vou fazer agora? Estou tão confusa, é como se um trator estivesse passando dentro de mim. Eu tinha acreditado em suas palavras. Ele disse varias vezes que me amava. Eu me entreguei a ele, de corpo e alma, e isso tudo não passou de uma ilusão?

Meu mundo desmoronou no exato momento em que ouvi aquele áudio, aquelas palavras realmente me quebraram. Ele só queria sexo! Como não pensei nisso antes, afinal, um cara que já pegou quase a escola toda saberia como conquistar uma mulher, e ele me levou no papo.

— QUE ÓDIO!!! - Começo a chorar, acho que é a única coisa que eu sei no momento. Essa dor é tão grande, que eu me pergunto se um dia ela irá passar.

Meu Deus como eu pude me entregar inteiramente assim. Agora eu entendia perfeitamente a frase que um dia ouvi em uma das novelas que minha mãe assisti: Amar dói. E dói de um jeito que seria quase impossível um ser humano aguentar. Uma dor que chega a sua alma e acaba com você em vários sentidos da palavra.

E essa é a dor que me consome nesse exato momento. Me sinto suja. Usada. Mas claro que me sinto, ele me usou afinal, não sentia nada por mim. Fui um desafio para ele, algo que ele gostou de usufruí e talvez ainda estivesse me exibindo por ai na escola se não fosse eu ter descoberto seu segredinho sujo. Merda!

O celular começou a tocar e eu tive vontade de jogar o aparelho contra a parede ao ver que era ele.

Como ele pode fazer isso comigo? Como ele pode? Como?

Ele me enganou, me faz pensar que tinha se apaixonado por mim, inventou um lado dele que eu sempre sonhei que pudesse existir pra me conquistar, mas era tudo mentira... Ele sempre foi um canalha.

Mai: Annie… abre a porta. - A ouvi bater à porta insistentemente. - Annie??

Annie: Me deixe Mai!! - Digo alto o suficiente para que ela possa me escutar.

Dul: Não Annie!! Abre estamos aqui amiga, deixe-nos ajudar você? - Bateu na porta e não respondi só me escorreu novas lágrimas em meu rosto. Lentamente levantei-me e abri a porta e logo as vi, com o olhar piedoso que colocaram sobre mim. E no minuto seguinte estávamos as três ali abraçadas e só se ouvia meus soluços incontáveis e incontroláveis pela sala.

E quando nos afastamos só pude me encostar na parede e fui escorregando ate que me sentei no chão e abracei meus joelhos em meio a lágrimas e soluços. Estava doendo. Doía demais.

Dul: Você precisa se acalmar, Annie. - Implorou perturbada ao me ver chorando inconsolável.

Mai: Annie por Deus… não fique assim amiga… - Me abraçou encostando a cabeça na minha, senti em meus ombros suas lágrimas.

Annie: Não tem mais sentido. Não quero mais viver. Não aguento... – Falava sem parar, minhas lágrimas escorriam grossas pelo rosto.

Mai: Annie para! Não fale mais isso nem por brincadeira. Onde está seu juízo? - Puxou meu rosto para fitá-la.

Annie: Mai, O estrago que ele fez no meu coração nunca mais será desfeito e provavelmente nunca mais irei acreditar em algum garoto, se em todos verei Poncho e me lembrarei do que ele me fez. Mai eu não serei capaz de me apaixonar de novo ou confiar em alguém. - Desabafei enquanto chorava que nem criança.

Dul: Não fique assim Annie… Você vai sim conseguir amar e ser amada como você merece amiga. - Balançava a cabeça em negativa, mas agradecia a Deus por, pelo menos, colocar elas em meu caminho.

Depois de alguns minutos ali, agachadas no chão, sinto Mai se levantar.

Mai: Amiga, vem. Você precisa de um banho, precisa descansar – Me esticou as duas mãos para ajudar-me a levantar e logo aceito sua mão.

Dul: Vou fazer um chá pra gente. - Aceno e Mai me leva até o banheiro. Tomei um banho gelado e depois me joguei de qualquer jeito na cama. Logo as meninas entraram e bebo o chá que Dulce fez para mim. Passamos um bom tempo conversando. Mesmo que quiséssemos falar de coisas aleatórias, tudo acaba no nome de Poncho. Conversamos até o sono chegar, os delas chegou mas o meu não.

Pensava em Poncho. No que estaria fazendo agora, se estaria doendo nele o tanto que estava doendo em mim. Todo o sonho cor-de-rosa que eu construíra ao redor de nós dois caíra em pedaços. Descobrir que o meu Alfonso nunca fora meu era doloroso demais. Não era possível que ele tivesse mentido tanto. Todos os momentos maravilhosos que passara com ele foram, na verdade, uma grande mentira. Bem que dizem que todo sonho bom dura pouco. Que pena. Acho que pior do que perder um amor, é perder aquilo que você pensava ser o seu grande amor e que na verdade nunca fora seu. Porque quem perde um amor pelo menos viveu algo que era real.