Fanfic: Eu amo só você! - Ponny - 1ª/2ª/3ª Temporada | Tema: A&A; Rebelde

Mai: Deixa de ser ridícula… como você vai provar que Anahí te bateu. - Falou uma Maitê raivosa.

Perla: Eu tenho dinheiro, e assim que eu falar que essa aí me bateu, o que você acha que vai acontecer Maitê??? - Disse irônica e olhou para Anahí com desdém. O sangue de Anahí subiu. Agora ela bateria muito mais, já que seria expulsa mesmo, seria por uma boa causa e principalmente por fazer insinuações maldosas. Mas quando ela deu um passo a frente. Maitê deu dois e postou-se em sua frente.

Maitê: Sabe, quero ver você acusá-la quando um monte de testemunhas viram você apanhar. - Perla a olhou curiosa e desafiadora.

Perla: Ninguém além de Dulce viu… e se ela tiver um pingo de caráter vai relatar o que exatamente viu Anahí me agredindo.

Mai: Engano seu… - Dito isso Maitê partiu para cima de Perla. Nenhum dos cinco soube como, mas Maitê estava agarrada aos cabelos da outra, e lhe acertava tapas na cara. – Vadia*, darei um bom motivo para ir a direção – Tinha raiva em cada palavra.

Perla: Para sua louca! – Tentando proteger o rosto dos golpes, Maite tinha muita força.

Mai: Mentirosa. Meu amigo não te quer Vagabun*da. Ele tem bom gosto. – Disse raivosa, pela mentira que ela tinha contado. Nem se tocou que de uma certa forma defendeu Alfonso. Isso fez os meninos rirem mas nada falaram.

Já estavam fazendo uma rodinha ao redor das duas, Anahí poderia estar tentando separar, ou fazendo algo pra controlar Maite, mas não ia fazê-lo, Perla mereceu apanhar. Mas Christian logo acabou com a confusão, pegou Maitê pela cintura a erguendo no ar, ela se debatia ainda puxando os cabelos da outra.

Chris: Chega Mai!

Mai: Me larga Christian!!

Jorge: O que significa isso? - Perguntou aparecendo detrás da multidão. Depois do ocorrido com Alfonso era a primeira vez que Jorge aparecia perante os alunos. O nariz estava com bandagens de proteção. Anahí não pode evitar e pensou em Alfonso. Como ele estava? Será que o Orfanato estava lhe fazendo bem? Mas logo permitiu-se afastar tais pensamentos. Já que Maitê foi para a direção junto a Christian e Perla. Logo depois, Dulce e Ucker sumiram. Logo Anahí ficou a vagar pela escola. E claro que seus pensamentos pertenciam a ele. Alfonso.

Anahí

Ninguém imagina ou pode imaginar o quão intensa foi a minha relação com ele. Ninguém pode ao menos idealizar tudo o que vivemos. Éramos mais que namorados, éramos mais que companheiros. Não precisávamos às vezes de nada. Nem de ações. Nem de palavras. Bastava um olhar, um sorriso, um abraço apertado que ele já me fazia sentir a mulher mais especial desse mundo.

Me encostei na parede da quadra vazia e fechei os olhos. Eu ainda não conseguia perdoá-lo. Eu não havia superado! Mas saber que talvez ele ainda pensava em mim. Deus como eu o amo. Eu me fiz acreditar que seria fácil. Que eu ia voltar a minha rotina. Mas não.. não está sendo nada fácil. 

Léo: Dia difícil? - Levei um susto. - Desculpa Anahí não queria te assustar.

Annie: Tudo bem… - Digo limpando minha lágrima e me sentando na arquibancada. - Só estava distraída com meus pensamentos.

Léo: Pensando no namorado. - Disse sentando ao meu lado sorridente. Eu me afastei por impulso e acho que ele percebeu, pois sorriu timidamente olhando para o chão.

Annie: Eu… eu não tenho mas namorado.

Léo: Então a cara de choro, os pensamentos… o que ele fez? - Eu o olhei e sinceramente por mais que ele seja uma pessoa legal eu não queria falar sobre isso com ele.

Annie: Desculpe Léo mas … eu não quero falar sobre isso. - Disse me levantando.

Léo: Sabe, todos tem sua dor eu também tenho as minhas… - Eu parei e o fitei ele estava cabisbaixo.

Me senti mal, pareceu-me que ele estava tentando puxar conversa comigo para talvez desabafar. A final ele entrou na escola faltando uma semana para terminar o ano letivo. Voltei e me sentei novamente.

Annie: Desculpe Léo… é… quer conversar? - Perguntei e se ele me respondesse grosseiramente entenderia já que também dispensei sua conversa. Mas ele ainda cabisbaixo se pronunciou.

Léo: Eu sou gay. - Disse e percebo que ele estava chorando.

Annie: Ei! Não chora Léo… ser Gay não é motivo de vergonha.

Léo: Para meus pais é! Sabe, descobri-me quando tinha 14 anos e eu tolo contei a meus pais a fim de orientação, conselhos… apoio. Mas tudo que recebi foi uma surra de meu pai… disse que iria me “consertar.” - Seu tom era suave, mas as palavras fez com que eu erguesse as sobrancelhas como se eu não tivesse acabado de ouvir aquilo.

Quem hoje em dia se importava com essas coisas? Para mim, pessoas que se importavam ou julgavam, eram pessoas de mente fechadas. Para mim o importante era amar, independente se fosse um homem, uma mulher ou um travesti, não me importava mesmo!

Léo: Eles não me aceitam, e só não me colocam para fora de casa por tenho 17 anos. Mas o que eles podem fazer para me esconder eles fazem.

Annie: Como assim? - Estava perplexa.

Léo: Essa é a terceira escola que passo esse ano… quando descobriram que eu me relacionava nas anteriores eles me tiravam e me matriculavam em outra. Eu tento não dar “pinta” sabe… - Ele sorriu sem humor. - … é doloroso demais se envolver e depois … bom ano que vem será minha libertação. - Disse sorridente. - Só preciso aguentar mais um pouco depois vou embora. Encontrar meu grande amor e lutar para ficar ao seu lado.

Aquelas palavras me fizeram lembrar de Alfonso. Até aquele momento eu não havia pensado nele e agora tudo voltou como um peso no meu peito. Sentia saudade de tudo o que tinha e ver com ele, desde seus ciúmes desmedidos ao sorriso malicioso que iluminava sua cara quando zombava de mim.

Annie: Ele mentiu para mim, fez uma aposta para me conquistar quando eu descobrir ele me pediu perdão, disse que no começo era aposta, mais que depois se apaixonou de verdade. - Léo não olhava pra mim e sim me acompanhava na vista de um ponto fixo em nossa frente.

Léo: Já falou com ele?

Annie: Ele foi falar comigo e…

Léo: Não foi isso que perguntei. - Disse me fitando agora. - Você foi falar com ele? - Neguei. - Anahí, tire as dúvidas que tem dentro de você, desabafe mesmo que seja para xingá-lo para batê-lo... se liberte disso. - Ele fala e eu me arrepio.

Annie: Obrigada Léo. - Digo enxugando uma lágrima da bochecha.

Léo: Obrigado Anahí. - Diz ele brincalhão. Sorrio.

Annie: Annie…- Ele me olha. - Sou sua amiga, pode me chamar de Annie. - Sorrio simpática. E ele assenti.

Léo: Annie? - O fitei. - Você pode manter segredo sobre o que te contei?

Annie: Claro!

Léo: Obrigado! - Se levantou, beijou-me a testa e se foi.

Fiquei ali em silêncio. O que eu falaria? Minha cabeça está a ponto de explodir. Porque as coisas tinham que ser assim?

Bjs amores!!

Quem sabe venha uma maratona aí.

;)