Fanfic: Eu amo só você! - Ponny - 1ª/2ª/3ª Temporada | Tema: A&A; Rebelde

Anahí

Abro os olhos e vejo que estou num local totalmente branco. Tento me levantar mais algo me prende. Olho para meus braços e vejo um tubinho de soro. Estou no hospital. Vejo minha mãe e Pâm sentadas num canto do quarto. O rosto de minha mãe está vermelho de tanto chorar. Igualmente o de Pâm.

Annie: Alfonso… - Sussurro. Elas se levantam e vem até mim.

Márcia: Calma meu amor… - Ela passa as mãos em meu rosto.

Annie: Como ele está mãe? - Sinto as lágrimas escorrendo por meu rosto.

Pâm: Neste momento ele está sendo operado.

Ela fala e meu mundo desaba. Sinto tudo girar novamente. Não! Me deixa acordada pelo amor de Deus!

Márcia: Você está se sentindo bem? - Me pergunta apavorada.

Annie: Água... Quero água...

Pâm: Aqui. Tome… - Me estende um copo com água. Bebo rapidamente e me recosto na cama.

Annie: Estou quantas horas desacordada?

Pâm: Duas horas…

Annie: Deus… quero sair daqui… - Digo me levantando da cama. Pâm chama uma enfermeira que tira o tubinho de soro. Agradeço a ela e entro no banheiro para me trocar. Depois de colocar a roupa, saio do banheiro e volto pro quarto.

Márcia: Vamos? - Assinto e vamos em direção a sala de espera.

Assim que me viram, Mai e Dul veem ao meu encontro e trocamos um abraço caloroso de consolo e esperança. Logo avisto Ucker, Chris, Léo, Marcelo e os irmãos de Alfonso. Logo ficamos ali esperando por alguma informação.

Eram 14:26 da tarde e continuávamos ali apreensivos à espera e sem notícias. As 14:48 o médico passa pela porta retirando sua toca azul da cabeça.

Pâm: Há alguma notícia? Já terminou a cirurgia? - Perguntou desesperada.

Médico: Sim. Foi um milagre. Eu não sei como isto aconteceu, mas ele estava com uma grande contusão pulmonar. E está muito machucado exteriormente e interiormente, sendo que as lesões no rosto e no estômago foram as piores. Mas graças a Deus a cirurgia foi um sucesso. Vamos levá-lo para UTI, para avaliação do seu estado após a cirurgia, se tudo ocorrer bem no mais tardar poderemos transferi-lo para o quarto.

Alivio e felicidade é tudo o que sentimos naquele momento. 

---------------- 7:23 Am ---------------



Não sei quanto tempo passou mais, mas o hospital estava começando a encher estávamos cansados, largados na sala de espera e o silêncio reinava ali. E não houve mais notícias. Léo foi o primeiro a ir em bora, sem antes informar que poderíamos contar com ele para qualquer coisa. Senti Chris e Ucker ficarem tensos, a final eles não sabiam o porque dele estar ali e de minha aproximação com ele.



Marcelo: Rapha, vai para casa filho e leva seu irmão. Sua mãe e eu ficaremos aqui. - Disse olhando miguel deitado em duas cadeiras dormindo.



Rapha: Tem certeza pai?



Pâm: Temos sim filho. Vão, descansem qualquer coisa avisamos. - Ele assentiu e saíram logo depois. - E você filha? Não quer ir também, descansar um pouco? - Disse sentando ao meu lado, já que eu estava com minha cabeça repousada nas pernas de minha mãe. 



Não posso mentir. Eu realmente preciso dormir mas não o vou fazer enquanto não me certificar de que ele está bem. 



Annie: Eu estou bem Pâm. Eu preciso saber como ele está. - Digo e ela pareceu me entender.

Xxx: Família de Alfonso Herrera? - Um segundo médico pergunta e nos levantamos.

Marcelo: Sim. Então? Como ele está? - Perguntou nervoso.



Médico: A cirurgia foi um sucesso, ele está respondendo bem a cirurgia e a contusão pulmonar está diminuindo progressivamente. Eu não sei o que lhe aconteceu mas ele parece que sofreu um acidente de aviação muito grave, mas ele é um menino resistente e forte. Parece que não chegou a hora dele. Ele já foi transferido para o quarto, porém está sedado e só acordará no final da noite, dentro de 30 minutos liberaremos para as visitas.



Não posso evitar de sorrir. É um grande alívio saber que ele está bem. Não podia imaginar outra coisa. Ele é forte... forte e resistente. E não chegou a hora dele. Obrigada meu Deus!! Meu choro antes de desespero agora e de puro alívio. 



Aqueles trinta minutos foi de pura satisfação. Marcelo e Pâmela logo entraram. Meu coração palpitava. Logo depois deles entrou Mai e Dul. Posteriormente Ucker e Chris. Minha mãe e eu entramos por último. Eu estava angustiada, por mais que ele estava dormindo eu estava tensa ao revê-lo.



Respiro fundo e preparo-me para entrar. Não é possível alguém preparar-se para ver o que eu vi quando abri a porta. Ninguém no mundo merecia aquilo. O quarto é todo branco, sem nenhuma cor. Ele está ali deitado imóvel naquela cama, cheio de tubos. Sinto meus olhos lacrimejarem. Ao entramos vamos nos aproximando da cama onde ele está, lentamente. Passo meus dedos em seu rosto. Não havia, no rosto dele, um canto onde não haja vermelho, roxo e preto. Olhos fechados e inchados, lábios grossos arrebentados. Meu peito ardia.



Annie: Aah Poncho...- Suspiro e começo a chorar. Sinto minha mãe apertar meus ombros em apoio. Deito minha cabeça em sua barriga. Suas mãos presas naquele ganchinho de batimentos cardíacos. Fico ali uns cinco minutos, esperando ele esboçar alguma reação, mais nada... Nem uma simples mexida nos dedos.



Márcia: Vamos Filha… vamos deixá-lo descansar. - Diz carinhosamente. Me levanto e beijo a testa dele.



Annie: Eu te amo mí amor...- Suspiro e seco as lágrimas. Saímos do quarto e olho uma última vez pra trás na esperança de que como naquelas cenas de filme, ele fosse abrir os olhos e sorrir chamando pelo meu nome. 



Mais isso não acontece.