Fanfic: Eu amo só você! - Ponny - 1ª/2ª/3ª Temporada | Tema: A&A; Rebelde

Alfonso

Recebi alta quatro dias depois que Anahí deixou o quarto do hospital. Confesso que não estou 100% recuperado dos ematomas, mas estou quase igual a um lutador de MMA depois de uma luta onde ele mais apanhou do que bateu. Hoje, dia 23 de Dezembro, estou no meu quarto em plena madrugada. Não consigo dormir pensando nela.

Hoje quando sai do hospital meu pai me levou direto na delegacia para depor contra Marck e as ilegalidades dele e de seus comparsas. Foi quando a vi saindo da delegacia, não a via desde da nossa conversa a quatro dias atrás. Nossos pais pararam na porta para conversar e eu? Bom eu fiquei vidrado nela, mas poucos foram os momentos que ela me olhou. Me senti mal, confesso mas não a culpo a final ela precisava do tal tempo.

A vi ficar tensa quando minha mãe as convidou para passar as festas lá em casa. E quando dona Márcia aceitou ela ficou branca.

E é por isso que estou nesse momento arrumando minha mala. Vou viajar. Passarei um tempo com minha vó nos EUA. Não poderei impor minha presença a ela, já a magoei de mais. E não pretendo estragar a época do ano que ela mais gosta. Pois com certeza irei. Não quero mais um motivo para ela sentir magoa de mim. Vai ser melhor assim… bom eu espero. Esse tempo será bom para mim também, vou colocar meu amor a prova. Pois quando estou perto dela esse sentimento é forte demais.

Pronto, malas prontas. Agora é comunicar a decisão aos meus pais.

Poncho: Mãe? - A cutuco. E ela se mexe e logo me vê ali parado ao lado de sua cama.

Pâm: Alfonso? - Ele se inclina e ascende o abajur. - Você está bem? Tá sentindo alguma coisa?

Poncho: Não mãe, estou bem. Só quero comunicar minha decisão a vocês.

Pâm: Amor, acorda. - Ela cutuca meu pai sem tirar os olhos de mim.

Marcelo: Que foi Pâm? - Ele se vira e olha para mim. - Alfonso? O que houve?

Poncho: Quero falar com vocês. - Digo e ele arregala os olhos. Com um pouco de dificuldade me sento na cama deles. - Pai, mãe eu tomei uma decisão.

Marcelo: Do que você está falando.

Poncho: Vou passar essas férias na casa da minha vó. - Por um momento os vi suspirar de alívio, talvez pensavam que seria algo grave.

Pâm: Ok, mas por que está nos falando isso agora se as férias começam ano que vem? Amanhã iniciaremos os preparativos da ceia e…

Poncho: Não irei ano que vem, irei hoje. - Vi minha mãe ficar pálida.

Marcelo: Por que isso?

Poncho: A Annie precisa de um tempo e comigo por perto não conseguirei dar esse tempo a ela. Então para não acabar com essa relação que está tão abalada prefiro me afastar quando ainda estou pensando com a razão.

Pâm: Você tomou essa decisão porque as convidamos para passar o Natal conosco? - Ela tentava controlar o choro.

Poncho: Também, mas vocês fizeram muito bem em convidá-las. A Annie disse uma vez que adoraria passar um Natal rodeada de amigos e sua família e que em São Paulo era só ela e mãe. Quero a ver feliz mãe.

Pâm: E você estará feliz?

Poncho: Se ela se sentir feliz também estarei.

Pâm: Mas por que você não passa o Natal aqui e depois você vai. - Vejo meu pai apoiar a mão no ombro de minha mãe.

Marcelo: Por que ele está lutando pela mulher que ele ama, amor.

Poncho: Obrigado Pai. - Viro para minha mãe e seguro sua mão. - Mãe se eu ficar eu irei pressioná-la. Sou impulsivo, e farei algo que irá magoá-la mais ainda. Se eu conseguir recuperar a confiança da Annie de novo. Eu preciso me afastar. - Ela me puxa para um abraço tão apertado que quase me sufoca.

Pâm: Que horas você vai? - Me perguntou chorosa.

Poncho: Agora. - Ela dá um salto pelo susto.

Pâm: Como? Por que? - Eu sorri do desespero dela.

Marcelo: Pâm seu filho já é um homem. - Ela o fuzilou com os olhos. - Vem filho eu te levo.

Poncho: Não precisa pai, o taxi já está me esperando.

Foi um custo deixar minha casa. Minha mãe não queria me soltar de maneira alguma. Mas acabou me deixando ir.

Poncho: Pode passar nesse endereço antes de irmos ao aeroporto? - Entreguei um papel a ele.

Taxista: Claro jovem. - E assim seguimos viagem. Não estava sendo fácil, seguir com essa decisão, mas preciso tomar a decisão certa. Uma vez eu prometi a ela que nunca a faria chorar e eu falhei. Quando o taxista anunciou nossa primeira parada, desci e fui em direção a entrada do prédio e lá deixei com o porteiro minha encomenda. Quando retornei ao taxi partimos em direção ao aeroporto.