Fanfic: Eu amo só você! - Ponny - 1ª/2ª/3ª Temporada | Tema: A&A; Rebelde

No início da noite, Alfonso resolveu tomar um banho para enfrentar a batalha que viria pela frente. Após deixar a água escorrer pelo corpo, secou-se e enrolou a toalha na cintura. Olhou-se no espelho friccionando o cabelo com as duas mãos. Não conteve o riso ao ver alguns fios loiros e o “rabicó” na nuca.

Colocou uma calça de moletom preta e uma regata branca. Ele precisava conversar com seus pais. Saiu do quarto e quando ia em direção a escada parou na porta do quarto dos pais, ao ouvi-los conversando.

Pâm: Eu estou com tanto medo, Celo. Eu prometi a eles… o Poncho, deve estar nos odiando… – Voltou a chorar

Marcelo: Amor, não planejamos, aconteceu porque Deus acha que essa foi a hora. Nos criamos nossos filhos para serem justos, honrados… Ele não nos odeia, amor. Vamos dar um tempo a ele...Shiii não chora amor.

Alfonso se sentiu um miserável, por fazer a mãe sofrer daquele jeito. Como ele pôde fazer sua mãe pensar que ele a odiaria? Logo ela, a pessoa que mais lhe apoiou na vida, que sempre lhe estendeu a mão, que esteve ao seu lado sempre que o mesmo fraquejou, que o apoiou em seus sonhos. Como ele não a apoiou desde o início, como ela sempre fez com ele e os irmãos? Em um impulso entrou no quarto, já entre lágrimas.

Pâm: Poncho? – Se assustou ao ver a expressão do filho.

Sem esperar, Alfonso correu e se juntou entre os pais na cama, abraçando Pâmela. Marcelo logo se juntou ao abraço, enquanto os dois choravam emocionados.

***

Poncho: Me desculpe mãe. – Rompeu o silêncio, depois de longos minutos abraçados. Ainda permaneciam na mesma posição. Ele com a cabeça no ventre da mãe, enquanto ela afagava os cabelos do filho.

Pâm: Tudo bem, filho. Já passou. – Olhou para o marido, que lhe sorriu, como se disse-se “Eu disse.”

Poncho: Eu to com tanto medo. Eu fui um idiota e acabei magoando a todos que eu amo. – Levantou o rosto para fitar os olhos da mãe. – Apesar de morrer de medo, eu estou feliz pela senhora, pelo pai. Tô feliz por ter mais um irmão ou quem sabe uma irmã, onde eu possa espantar os seus pretendentes, ensinar uns golpes para ela se proteger desses manés... Mãe eu to feliz. – Dizia entre lágrimas. – Mas também estou com muito medo, de vivermos aquilo tudo de novo.

Pâm: Shhiiii, filho. Eu sei que errei com vocês. Se der tudo errado de novo, eu vou continuar lutando por vocês. Não vou mais errar Poncho. – Dizia visivelmente emocionada.

Poncho: Obrigado mãe. – A apertou mas em seu abraço.

Marcelo: Cuidado vai amassar seu irmãozinho. – Disse sorridente. Alfonso o olhou e sorriu também.

Poncho: Será que a senhora terá sorte dessa vez?

Pâm: Espero, né? Chega de homens nessa casa. – Brincou.

Marcelo: Já vi que meus cabelos brancos vai chegar mais cedo. – Disse passando a mão no cabelo.

Poncho: Pode deixar pai nos não vamos deixar nenhum molequinho chegar perto da nossa irmã antes dos trinta. – Pâmela sorriu. Alfonso e Marcelo bateram as mãos no ar.

Pâm: Nem sabemos o sexo do bebê, e vocês já estão loucos.

Marcelo: É melhor prevenir do que remediar querida. – Gargalharam. – Ah filho, o que houve entre você e a Annie?

Poncho: A gente discutiu. Eu não consegui expressar o que me angustiava e acabei falando besteira e ela entendeu outra razão para minha atitude. E daí brigamos. Mas eu to indo lá conversar com ela.

Marcelo: Isso, não deixe ela escapar, Anahí é uma excelente menina. – Disse observando o filho sair da cama – Ei, qual foi a razão que ela encontrou?

Poncho: Eu nem quero pensar nisso. – Olhou para a cama onde estava a pouco. – Ah meu Deus, eu estava deitado aí? Aiiii – Saiu em disparado do quarto deixando os pais gargalhando.

Alfonso desceu, pegou as chaves do carro iria a casa de Anahí, rezando para que ela o perdoe.

Assim que passou pela porta, Ponny correu em sua direção toda afoita.

Poncho: Oi bebe. – Pegou-a no colo. – Quer ir visitar a mamãe com o papai? – Ponny latiu. – Isso garota. Quem sabe com esse focinho lindo você não ajuda o papai pelo menos beijar sua mãe, heim? – Ela latiu novamente o que fez Alfonso sorrir. – Então vamos.

Colocou-a no carro e partiu.

***

A noite quando sua mãe foi trabalhar, Anahí havia pedido comida japonesa, ela afogaria sua pequena decepção no molho shoyu e riria das mensagens do biscoito da sorte. Entrou no chuveiro e ficou um bom tempo curtindo a água quentinha e relaxante e para não perder a sensação, se enfiou num moletom bem gasto com a estampa de um gatinho.

Confortável e depressivo? Ela sabia, mas para finalizar a noite de segunda, decidiu que teria uma maratona de filmes infantis. Ficou na dúvida entre Procurando Nemo e Toy Story quando a campainha avisou que a sua comida havia chegado. 



Abriu a porta ainda olhando dentro da bolsa para juntar o dinheiro da gorjeta do entregador quando reparou num cadela balançando o rabo em cima do seu tapete. Ergueu os olhos lentamente já prevendo a expressão carrancuda que a esperava. Mas Alfonso olhava para ela com um sorriso torto que a deixava meia fraca das ideias, assim como a expressão alegre de quem viu algo divertido. 

Annie: O que você está fazendo aqui Alfonso?