Fanfic: Eu amo só você! - Ponny - 1ª/2ª/3ª Temporada | Tema: A&A; Rebelde

Um dia antes…

Maite e Christian saíram do cinema e caminhavam pela rua calmamente.

Chris: Gostou do filme?!

Mai: Ah sim, muito engraçado. – Disse sorrindo.

Chris: Achei legal o final e de como eles mudaram com as coisas que aconteceu né?!

Mai: Uhum... Obrigada por ter me trazido!

Chris: Imagina... Quer ir beber alguma coisa?

Mai: Pode ser. – Sorriu. Pois não esperava que Christian oferecesse sua mão para ela segurar. Ato que ela fez sem pensar duas vezes. Pararam em frente a um quiosque e então ele soltou as suas mãos para pegar a carteira no bolso da calça. – Eu pago a minha bebida. – Disse e Christian revirou os olhos.

Chris: Fala sério. Refrigerante ou suco?



Mai: Eu estou falando sério.



Chris: Dois refrigerantes. – Se dirigiu a atendente e viu pelo canto do olho quando Maite cruzou os braços, emburrada. – Você precisa escolher. – Disse, tentando não sorrir.



Mai: Um guaraná. – Em seguida olhou para Christian e torceu a boca, insatisfeita. – Eu poderia pagar.



Chris: Eu sei. Mas eu te convidei e quis pagar. 



Mai: Ainda assim. – Disse e Chris revirou os olhos.



Chris: Então guarda o seu dinheiro pra me pagar um sorvete mais tarde.



Mai: Não. – Negou e sentou-se num banco, com a latinha na mão. – Agora que você já me fez o favor, não há mais volta.



Chris: Ah, tá bom então. – Sorriu e se acomodou ao seu lado. Era noite e as claridades da mesma deixava a beleza de Maite mais evidentes para ele. Seus cabelos balançavam para lá e para cá, com a brisa. Sem pensar, Christian levou uma mão até o rosto dela, ajeitando uma mecha atrás da orelha. Maite então corou e trocou de posição no banco, tímida.

Christian sorriu, pensou que ela poderia sentir o mesmo que ele ou será que só estava criando hipóteses erradas em sua cabeça? Talvez fosse isso. Ou talvez, não.

Mai: Para de me olhar assim. – Disse e, só por isso, só pelo seu tom de voz, ele sorriu. 



Maite



Mãos suando, frio na barriga. A que ponto nós havíamos chegado? Quer dizer, as coisas estavam estranhas. Não estavam? É, elas estavam sim. A troca de olhares, as mãos juntas enquanto andávamos entre as pessoas, aquela mecha sendo colocada para trás da minha orelha… E quando ele sorriu... Deus do céu! Quando ele sorriu, sem entender o porquê de minha voz tremer? Suavizar? Não sei, mas ele… ele entendeu direitinho o que acontecia dentro de mim, o meu coração disparou. Ele dis-parou.

Chris: Promete que não fica brava comigo?! – Assenti sentindo minhas bochechas queimarem. – É que tem uma coisa que eu to com muuuita vontade de fazer.

O encarei. E meu coração quase saí pela boca ao constatar o que ele estava prestes a fazer. Mas eu quero isso, quero tanto ou mais do que ele, só que nunca tive coragem de me manifestar. Senti a mão dele em minha cintura. Senti quando a respiração dele tocou em meu rosto. Quando ele fechou os olhos fiz o mesmo e ansiei por sentir o contato dos lábios dele. E quando senti, percebi que o beijo era muito melhor do que minha imaginação.

***

O caminho de volta foi silencioso, poucas palavras foram trocadas e quando foram eram triviais. Meus pensamentos estavam a todo vapor, sobre o beijo trocado com Chris.

Não era certo. O que quer que estivesse acontecendo, simplesmente não era certo. Primeiro, nunca vi Chris estável em uma relação, ele era diferente de Poncho e Ucker, mas não firmava compromisso com nenhuma mulher. E depois, eu o amo tanto para ser só mais uma em sua vida. Poderia? Droga. Por que é que a gente parece não pensar, em situações como essa? É como se, sei lá, como diria Fabrício Carpinejar, a gente se tornasse burro. Uma burrice extrema.

Não dá para amar e ser inteligente ao mesmo tempo.

Tem que escolher.

Quem banca o inteligente vai se proteger. 

Vai criar estratégias. 

Vai se esquivar. 

Vai fazer restrições. 

Não se entregará para não penar.

Só encontrará defeitos em sua companhia para não se envolver.

Quem é inteligente não ama...

O amor depende de uma reserva de ignorância.



Pois é, concluo. Sou burra. Totalmente ignorante. Romantizo demais as coisas. É um defeito de quem, assim como eu, imagina demais. Mas seria só imaginação?”

***

Assim que chegamos em casa, me preparei para ir ao meu quarto mas parei no caminho, precisava deixar as coisas a claras. Proteção? Talvez.

Mai: Olha, Chris... Sobre o... Hã, beijo... Hum, foi legal. Quer dizer, teve toda aquela coisa do momento, foi bom, mas eu quero que acima de tudo as coisas fiquem normais entre a gente. Você me entende? – Digo tentado não transparecer o nó em minha garganta

Chris: Não sei. – Disse simples me fitando. Me analisando? Desviei o olhar.

Mai: O que eu quero dizer, sendo mais clara, é que eu não me arrependo. Não pense que é isso o que eu estou tentando dizer, eu só acho que a gente não deveria continuar. Você é um amigo, alguém que se tornou especial, e acima de tudo eu quero que sejamos parceiros. E sendo sincera, seria bem ruim, pelo menos para mim, ter mais uma decepção amorosa, principalmente… com você. – Minhas pernas tremiam. Meu coração se comprimia. Eu estava sendo covarde? Sim estava. Mas eu o amava tanto para descobrir que no final eu seria mais uma na vida dele.

Chris: Eu sei. – Concordou pensativo.

Mai: Somos amigos? – Dessa vez ele somente assentiu. Tirei forças não sei da onde, me apoiei em seu ombro e beije-lhe na bochecha. Chris tentou segurar meu braço, mas fui mais rápida e logo me afastei. Ao subir as escadas me permiti chorar. Colocar para fora, mesmo que pelas lágrimas, toda a dor, o medo, o amor que comprimia meu peio. Eu não sou forte o suficiente…

“É começar uma história e acreditar que será para sempre.

Se começar uma história duvidando, ela termina.

Se começar uma história sabendo que um dia acabará...

...Ela acaba no primeiro mês.”

Fabrício Carpinejar