Fanfic: Eu amo só você! - Ponny - 1ª/2ª/3ª Temporada | Tema: A&A; Rebelde

Dois dias haviam se passado, Alfonso havia pendurado um saco de boxe no terraço da casa dos pais, passava mais tempo ali do que em qualquer outro lugar. O saco já apresentava sinais de gastura, enquanto os fatos dos últimos dias esquentavam sua cabeça.

Quando voltou a casa de praia, na manhã seguinte à hospitalização de Anahí, teve que enfrentar uma maratona de perguntas de seus amigos, sobre o sumiço dos dois. Ele explicou que havia brigado com Anahí e que estavam voltando para casa. Como ele havia prometido a namorada, não contou os reais motivos da briga dos dois. Mesmo com tantos protestos.

No momento em que arrumava a mala de Anahí, as lágrimas escorriam pelo seu rosto. Como fora tão estúpido a tal ponto de acusá-la de infidelidade? As palavras de Márcia ressoavam em sua mente: “Suas atitudes, estão me fazendo crer que você não a merece Alfonso.” Ela chegou no hospital put* com ele. E com razão. Anahí acabou contando a verdade para mãe. Logo, Márcia não foi nem um pouco gentil com ele, quando pediu que levasse as coisas dela de volta para a casa delas.

Quando foi entregar as malas dela no outro dia, Anahí já estava de alta em casa. O papo que tiveram foi breve e doloroso. Ele com vergonha pela sua atitude com ela e Anahí com uma mágoa latente no seu peito. Nada de intenso foi trocado. Apenas: “Como você está?” “Estou bem. Obrigada.” “Está precisando de alguma coisa? Eu posso ficar até sua mãe voltar...” “Não precisa Poncho. Eu vou dormir um pouco.”. Na despedida, ele arriscou-se novamente e deu um selinho em Anahí que novamente só recebeu, o beijo. O que o deixou confuso. Pois Anahí não deixou transparecer nenhum tipo de sentimento em seu olhar.

Cansado de bater no saco, ele sentou-se no chão apoiando as costas no muro e ofegou cansado. Não um cansaço somente físico, mas também um cansaço emocional. Ponny, que não o abandonou em nenhum momento de solidão, logo foi para o colo dele, não se importando se ele estava suado ou não. Enquanto ele afagava a cabeça do filhote, viu Marcelo se aproximar e sentar-se ao seu lado no chão, e passar a mão na pelagem da cachorra, que não deu trela para ele.

Marcelo: Acho que ela não gosta muito de mim. – Disse sorrindo vendo Ponny indiferente ao seu toque.

Poncho: Talvez ela saiba da sua preferência por gatos. – Afirmou sorrindo, olhando para o pai.

Marcelo: É, pode ser. – Sorriu e voltou seu olhar para o saco. – Gostei da nova decoração. – Disse apontando pro saco, que balançava lentamente devido as forças dos socos que movia-o. Alfonso olhou para o objeto e suspirou.

Poncho: Foi necessário… – Marcelo o fitava atentamente, mas Alfonso não devolvia o olhar. – Ele tem me ajudado um pouco.

Marcelo: E por que você precisa da ajuda dele? – Alfonso suspirou.

Poncho: Pai eu não quero falar sobre isso. – Marcelo queria pressioná-lo para obter informações sobre o comportamento recluso do filho, mas sabia que isso apenas levaria a uma discussão.

Marcelo: Ok, bem, se você quiser falar comigo, estou aqui. – Alfonso assentiu cabisbaixo. – Vou ajudar sua mãe… tenho que ter muito jogo de cintura para lidar com o gênio de sua mãe. – Disse levantando-se.

Poncho: Pai? – Marcelo sorriu vitorioso.

Marcelo: Oi. – Disse já de pé.

Poncho: Quando você e a mãe discutem quando você pisa na bola, como você concerta as coisas? – Marcelo fitou o filho e voltou a se sentar ao seu lado.

Marcelo: Bom depende da forma que eu “pisei na bola”. A erros que você consegue consertar com mais facilidades do que com outros. Me diz, o que aconteceu entre você e a Annie. – Alfonso que até o momento fitava-o abaixou a cabeça.

Poncho: Eu a ofendi… a acusei de infidelidade. – Marcelo abriu e fechou a boca duas vezes. Alfonso estranhando o silêncio do pai o olhou.

Marcelo: Por que você chegou a tal ponto?

Alfonso pensou em contar toda a história desde o começo, mas isso o colocaria em mais confusão. Já foi difícil e estressante ele convencer seus pais que machucou a mão quando caiu de bicicleta. Imagina se ele contasse agora que tudo começou pela cena que ele viu no apartamento dele e que ele espancou o rapaz? Marcelo o mataria abaixo de cintadas. Logo ele preferiu resumir.

Poncho: No dia que a Annie ficou doente com princípio de pneumonia. – Disse relembrando o pai, já que os familiares acabaram sendo informados do ocorrido. – Ela tomou antibiótico, que acabou cortando o efeito do… do… anticoncepcional. – Marcelo empalideceu. Seu corpo ficou tenso. Enquanto o filho continuava. – Nos continuamos a ter… é… bom você sabe. – Desconversou. – E quando foi na terça ela desconfiou que estava grávida e… eu fiquei nervoso com a possibilidade de ser… pai; e acabei falando merd* – Ele suspirou ressentido ao lembrar-se daquela cena. – Ela me bateu e saiu de casa. Mas aí… – Ele se levantou nervoso. Marcelo fez o mesmo e o observou andar de um lado ao outro.

Marcelo: O que aconteceu Alfonso? – Perguntou temeroso. Alfonso parou e fitou o pai desolado.

Poncho: Ela acabou sofrendo um acidente na estrada quando estava voltando para casa. – Marcelo precisou se apoiar na parede para não cair. Se aconteceu o que ele estava imaginando, o filho deveria estar com um peso enormes nas costas.

Marcelo: Ela… ela… perdeu o bebe? Ela se machucou no acidente? – Suas perguntas saíram em desespero.

Poncho: Não. Ela não se machucou gravemente, teve uma leve torção no pescoço. E não, Anahí não perdeu o bebe, porque… porque ela não estava grávida pai. – Marcelo quase desmaia tamanha as informações que recebia naquele momento. Como esses jovens se metiam em tanta confusão? – Foi um alarme falso. Quando ela foi para o hospital, a examinaram e garantiram que ela nunca teve grávida. – Sua voz era angustiante.

Marcelo: Meu deus! – Exclamou desolado. Sentando no banco para recuperar suas forças.

Poncho: Eu a acusei, sem fundamento. Por mais que eu tenha me arrependido momentos depois, eu a magoei pai. – Sua voz tremeu. – Eu não fui forte, para estar do lado dela para lidar com aquela situação… ela me afastou e eu não sei o que fazer para tê-la de volta… – Disse chorando quando voltou ao chão.

Marcelo ficou em silêncio por alguns segundos, mas logo se juntou ao filho puxando-o para um abraço paternal. Uma lágrima também rolou pelos olhos dele. Isso não era algo novo naquela família.

Marcelo: Antes da sua mãe ficar grávida de você… – Começou a falar quando Alfonso se acalmou. – Ela era amiga de um cara do qual eu morria de ciúmes, eles junto com a Márcia faziam tudo junto, eram trabalhos, festas que íamos, ele ia junto e isso causou muitas brigas entre sua mãe e eu. E quando ela me contou que estava grávida eu surtei, falei o que não devia e ela brigou feio comigo.

Poncho: E o que você fez? – Perguntou perplexo pelo pai ter feito a mesma coisa que ele.

Marcelo: Ao contrário da Annie, Pâm estava mesmo grávida e ela quis me afastar de vocês, mas quando a ficha caiu que eu seria pai e que fui um completo idiota acusando-a daquela maneira eu corri atrás, descobria quando era as consultas dela, aparecia nos cursos preparatórios para pais, comprava roupas de bebês e contava com o amor dela por mim. Eu mostrava o quão arrependido eu estava. Eu praticamente a conquistei de novo. – Alfonso ficou pensativo. – Ficar batendo em um saco, não vai trazer sua namorada de volta.

Marcelo piscou para o filho e em seguida apertou o ombro dele em apoio.

Poncho: Obrigado pai. – Disse ao ver o pai já de pé. Marcelo deu um sorriso.

Marcelo: Deixe eu ir. Sua mãe já é nervosa naturalmente e agora com os hormônios alterados por causa do bebe… – Fez uma careta, após deixar as palavras no ar.

Poncho: Jesus Cristo. – Lamentou. E logo ao fundo escutaram Pâmela berrar pelo marido. Tirando altas risadas dos dois.

Amores!!!

Infelizmente só deu para escrever esses dois capítulos, pois estou com alguns trabalhos para a serem apresentados na segunda de manhã. Logo também não sei se conseguirei escrever para postar Domingo, vou tentar, mas não prometo post. Ok?

Obs: Se quiserem fazer parte do grupo no WhatsApp, basta me mandar seu número. Ok?

Bjos e bom fim de semana para vocês!!!