Fanfic: Eu amo só você! - Ponny - 1ª/2ª/3ª Temporada | Tema: A&A; Rebelde

Quinze dias haviam se passado e Alfonso continuava em coma induzido. Já Leonardo, após cinco dias, já estava no quarto e já poderia receber visitas e contar com um acompanhante. Foi uma alegria e um alívio para os familiares dele e para seus amigos, pois ele vinha se recuperando e não havia ficado com nenhuma sequela na coluna.

A primeira coisa que ele perguntou quando ficou completamente consciente foi por Alfonso.

FlashBlack on

Carla: Meu filho… que bom que você acordou meu amor. – Disse se debruçando na cama para ficar próximo ao filho. – Como se sente? – Disse limpando as lágrimas contidas de emoção.

Léo: Se..de. – Disse pausadamente, devido a secura que sentia na garganta. Carla logo apertou a campainha, chamando pela enfermeira.

Carla: Pedirei que alguém lhe traga água, meu amor. – Disse carinhosa.

Léo: Mãe… o… Alfonso…

Carla: Ele está em outro quarto Léo… ele está bem. – Mentiu, pois não queria que o filho ficasse nervoso, com a notícia do estado do amigo. Nesse momento a enfermeira entrou acompanhada de Navarro. Logo, Eduardo fez mais alguns exames, o médico retirou alguns aparelhos presos ao corpo dele.

Durante o dia, seu pai apareceu e ficou feliz com a recuperação do filho, mas também queria saber do ocorrido. Leonardo já sabia que estava no hospital da família de Alfonso, logo ele contaria de fato o que aconteceu quando todos estivessem presentes, inclusive os pais dele e seus amigos, já que eles precisavam saber da atitude honrada e corajosa de Alfonso. Mesmo que para isso ele perdesse de vez o carinho e o amor de seu pai.

Júlio: Então filho. Já estão todos aqui. – Disse passando um olhar pelo quarto, avistando Marcelo, Pâmela, Anahí, Maitê, Dulce, Ucker, Christian, Miguel, Márcia e Rafael. – O que você queria nos contar? – Leonardo respirou fundo.

Léo: Há alguns dias, antes das agressões, eu estava me relacionando com uma pessoa pelo whatsApp… ele se identificava como Luiz…

Marcelo: Luiz? – Perguntou confuso. Leonardo olhou para o pai que estava com uma expressão fechada. E logo voltou o olhar para Marcelo.

Léo: Eu sou gay senhor. – A sala ficou em silêncio. Imediatamente Anahí olhou para Júlio e viu raiva em sua expressão, sem tirar os olhos do filho. Mas logo a voz de Leonardo a chamou atenção. – Naquele dia, havíamos marcado um encontro na praça atrás do colégio e eu não queria ir sozinho, então eu procurei pelas meninas, mas acabei encontrando com o Alfonso sentado na escada cabisbaixo. – Anahí apertou o pingente de coração que estava pendurado na atura de seu peito. Ela havia voltado a usar a joia. – Nos conversamos e eu dei uns conselhos a ele sobre uma briga que ele teve com a Annie. – Anahí sentiu a lágrima escorrer ao lembrar-se da briga deles, enquanto escutava atentamente o amigo. – E perguntei se ele não queria ir comigo até a praça, porque em um encontro desse tipo é sempre bom ir com alguém para caso haja alguma coisa. – Todos estavam atentos ao que Leonardo estava contanto. – Mas quando chegamos a praça, a mesma estava vazia e Alfonso me alertou da besteira que eu estava fazendo e então decidimos voltar, foi quando… – Sua voz falhou. Seus olhos encheram de lágrimas, quando sentiu um aperto em sua mão, era Pâmela confortando-o. – Quando… eles apareceram...

Anahí voltara a chorar, pois automaticamente lembrou-se da cena, assim como os amigos. Pâmela se recostou no peito do marido nervosa. Marcelo estava em choque, pois já previa o que aconteceu.

Léo: Eu… era… o alvo. – Dizia entre soluços. – O Poncho… só quis… me proteger. – O choro dele era contínuo, igualmente ao de Anahí. Pâmela, Márcia e Carla também estavam emocionadas. Mas foi a voz fria e cortante de Júlio que se fez ouvir e chocar os presentes no quarto.

Júlio: Eu preferiria ter um filho morto do que ter um como você! – Disse ríspido. Todos voltaram seus olhares para aquele homem frio e cruel ali presente.

Marcelo: Como pode dizer isso? – Perguntou revoltado, Júlio soltou uma risada forçada.

Júlio: Fácil você falar, não é? Tem três filhos machos que honram os pên*is que têm, enquanto eu... – Olhou para Leonardo. – Tenho isso. – Apontou para o filho com um olhar de nojo.

Léo: Pai…

Júlio: Não me chame assim! – Gritou, assustando Pâmela que se agarrou aos braços do marido. – De hoje em diante eu não tenho mais um filho…

Carla: Júlio não… – Foi interrompida pelo marido.

Júlio: E na minha casa você não entra. Dê a bund* para sobreviver. – Disse saindo do quarto. Todos estavam em choque. Leonardo chorava enquanto era abraçado pela mãe. Marcelo não acreditava no que acabou de escutar, como um pai diz tudo aquilo para um filho? Pior ainda, depois de ouvir tudo por que ele passou? Uma revolta incontrolável lhe apossou.

Marcelo: Já volto. – Disse e saiu do quarto indo atrás de Júlio.

FlashBlack Off

Anahí estava sentada na poltrona de frente a cama de Alfonso ainda imóvel. O pensamento das palavras de Júlio ao filho ainda rodeavam sua cabeça. Aquele homem era asqueroso e amargurado. Daquele dia em diante Leonardo havia ficado apático, sua mãe havia ficado ao seu lado e nesses dias ela aparecia cada vez mais cansada, abatida. Provavelmente a convivência com o marido deveria estar insustentável.

Suspirando, Anahí levantou-se e se dirigiu até a cama do namorado. Quinze dias, quinze longos dias que poderia ter um final feliz na manhã seguinte. Sorrindo ela passou a mão no rosto do namorado.

Annie: Boa noite meu amor. – Selou os lábios dele. – Amo você!