Fanfic: Eu amo só você! - Ponny - 1ª/2ª/3ª Temporada | Tema: A&A; Rebelde

Dois dias após o ocorrido e Anahí ainda não falava com Alfonso. Ele novamente tentou falar com ela, pedir desculpas mas ela continuava fingindo que ele não existia.

*

– Ai meninos desculpe a demora mas a nossa pequena Sophia, precisava relaxar com um banho relaxante. – Disse Pâmela ao se juntar aos filhos e ao marido na sala. – Pode falar amor, o que você e o Poncho querem falar conosco?

Marcelo olhou para Alfonso que assentiu com um leve menear de cabeça para o pai, que se ajeitou na poltrona e encarou sua esposa e filhos.

– Primeiramente, eu gostaria que compreendessem que tudo o que fizemos até aqui… – Começou Marcelo olhando rapidamente para Alfonso. – foi para poupá-los de angustias e sofrimentos…

– Que papo é esse Marcelo? – Se pronunciou Pâmela.

– Calma querida, eu vou explicar. – Deu uma pausa, tomando fôlego para continuar. – Há exatos um mês eu e Bruno, médico de Alfonso, estamos monitorando-o clinicamente…

– O que? Porque? – Questionou Pâmela nervosa.

– Mãe, eu venho sentindo dores de cabeças e um certo grau de irritabilidade que me faz explodi de uma hora para outra…

– Isso é alguma brincadeira? Por que se for é de muito mal gosto Alfonso! – Alertou irritada.

– Pâmela por deus. Nós nunca brincaríamos dessa forma…

– Então.. o que… que… isso quer dizer Marcelo? – Disse Pâmela já chorosa sentindo a seriedade da situação.

– Eu estou doente mãe. – Disse num fio de voz, fazendo Pâmela empalecer, enquanto lágrimas rolavam soltas pelo seu rosto. Alfonso foi ao encontro de sua mãe que o abraçou assim como Raphael e Miguel, atônitos, foram ao encontro dos dois.

O choro era angustiante. Passaram minutos ali, um consolando o outro enquanto perguntas sem respostas vagavam na cabeça de cada um. Até Marcelo que mantinha-se em seu lugar estava cabisbaixo, chorando silenciosamente pela dor em sua família.

– O que ele tem? – Perguntou Pâmela ao marido após longos minutos e ainda abraçada aos seus filhos no sofá.

– Após o traumatismo que Alfonso sofreu, ele saiu ileso em relação a sequelas cognitivas, físicas e de comunicação. Porém ele… ele desenvolveu um.. Transtorno que afeta o seu comportamento. – Pâmela levou a mão a boca enquanto novas lágrimas surgiam.

– Isso é grave? Tem... cura? – Perguntou Raphael abalado

– Em nossas pesquisas, não descobrimos históricos de cura, mas uma pessoa que possui essas alterações comportamentais reduz tais alterações a base de remédios. – Disse desolado, secando o rosto com o dorso da sua mão.

– Meu deus… – Pâmela estava atônita. Era angustiante ver um filho a base de remédios durante sua vida.

– Mãe, não chora. Por favor. – Alfonso limpava as lágrimas dela com seus dedos. – Isso não é o fim do mundo. – Ela negava enquanto ele continuava. – Pense pelo lado bom, eu sai desse trauma sem sequelas mais graves, eu só preciso tomar os remédios que nada de mal vai me acontecer. Por favor mãe, não chore.

– Você é um menino tão bom… por que tem que passar por isso? – Dizia em prantos.

– Mãe muitas pessoas, não merecem passar por certas coisas e mesmo assim passam e se tornam forte a cada dia. Eu só sou mais um entre elas e eu preciso de vocês para me manter forte. – Disse igualmente choroso.

Palavras não foram mais ditas. Pâmela o abraçou com toda força, trazendo-o mais para ela. Raphael e Miguel também os abraçaram da mesma forma, assim como Marcelo que enfim foi até sua família. Ali estava uma das forças que Alfonso precisava para seguir e, frente.

***

– Podemos entrar?

– Claro Rapha. – Disse Alfonso aos irmãos que estavam na porta do quarto dele. Alfonso que até então estava deitado em sua cama olhando para o teto enquanto pensava em Anahí, se sentou para receber os irmãos que se juntaram a ele na cama. – A mãe já dormiu?

– Acredito que sim. – Disse Miguel. – O pai fez um suco de maracujá pra ela.

– E você como está? – Perguntou Raphael.

– Na medida do possível, estou bem.

– Vocês ainda estão brigados? – Perguntou Miguel. E Alfonso assentiu

– O que de fato houve entre vocês? Perguntou o irmão do meio.

– Em meio a uma discussão com Anahí, eu fiqquei nervoso e acabei ameaçando machucá-la caso ela não me escutasse.

– Mentira, que você encostou nela? – Perguntou um Miguel perplexo. – Cara o papai vai te matar.

– Valeu Miguel! Você está ajudando muito. – Alfonso respondeu ironicamente. Miguel negou com a cabeça.

– Você já contou a ela? – Disse Raphael, chamando a atenção de Alfonso para si. – Talvez ela entenda o porque você agiu daquela forma.

– Eu não contei porque eu não quero que ela me perdoe só por causa disso.

– E você acha que ela te perdoaria só por isso? Se toca Poncho estamos falando da Anahí. – Disse Miguel que recebeu uma almofada na cara de Alfonso, fazendo-os rir.

***

No dia seguinte Marcelo e Pâmela decidiram alertar os amigos de Alfonso sobre sua doença, indo contra aos apelos do filho que não queria contar-lhes naquele momento. Aproveitaram que o filho foi até o apartamento e chamou seus amigos ate a casa Herrera.

– Oi querida.

– Olá Pâm. – Anahí beijou as bochechas de Pâm e acariciou amavelmente a barriga da mesma. – Tudo bem? – Sorriu para a mesma que retribuiu o sorriso.

– Não muito, mas creio que vai melhorar. – Anahí franziu a testa confusa. – Venha. Vamos até a sala, todos já estão lá. – Dizia enquanto a conduzia de braços dados. – Eu sei que você e meu filho estão brigados, por mais que eu não saiba o motivo, você pode vir aqui quando quiser viu. – Afagou o braço dela que sorriu carinhosamente.

– Eu sei Pâm. – Beijou a mão de Pâmela, logo em seguida entraram na sala. Anahí se acomodou ao lado de Dulce que estava ao lado de Mai. Chris e Ucker dividiam o outro sofá. Pâmela sentou na poltrona onde Marcelo a aguardava sentado no braço da mesma, que ficava de frente aos meninos.

– Bom nos chamamos vocês aqui por que precisamos contar uma coisa a vocês relacionados ao Alfonso… – Anahí inclinou um pouco mais seu corpo para frente atenta as palavras que Marcelo proferia. Logo sendo acompanhada por um frio na barriga. – Bom, depois que o Alfonso sofreu o traumatismo craniano, … – Marcelo iniciou a conversa em que contou aos amigos de Alfonso sobre sua doença, assim como os cuidados e as reações que ele estava propício a desenvolver. Anahí chorou na maior parte do tempo, assim como Pâmela, Maite e Dulce. Christian estava em choque Já Ucker, que mesmo sabendo parcialmente do caso do amigo, estava perplexo.

***

Alfonso havia acabado de tomar seu banho. Seguiu para a sala de seu apartamento recolocando uma camisa limpa, a fim de preparar algo para comer, já que eram nove horas da noite e ele não havia comido nada o dia inteiro. Assim que a camisa passou pela sua cabeça ele parou abruptamente assim que viu Anahí no meio da sala com o rosto denunciando seu choro constante. Ambos se encaravam.

– Annie… – Ele deu um passo exitante até ela. Que ao ouvi-lo foi como o gatilho para tirá-la da inércia.

Anahí partiu para cima dele, o socando na altura do peito. Alfonso tentava segurá-la em vão.

– Porque... não me contou… – Dizia entre socos. – Por que Alfonso… porque? – Gritava ao mesmo tempo em que chorava e o socava.

– Annie… para… por favor amor, para. – Dizia já com a voz embargada. Abraçando-a, assim que ela abrandou os socos. Ele amparando-a enquanto ela se esvaia em lágrimas.