Fanfic: Eu amo só você! - Ponny - 1ª/2ª/3ª Temporada | Tema: A&A; Rebelde

Continuando...

O sol batia no rosto de Anahí, quase a obrigando a se levantar e enfrentar a vida lá fora. Ela tentou abrir os olhos e levantar, mas sentiu os braços de Alfonso envolvendo-a e a impedindo de realizar tal feito. A noite passada, após a comemoração pela vitória das meninas, ambos foram para o apartamento de Alfonso.

Estavam nus; os corpos emaranhados. Alfonso tinha o rosto enterrada no cabelo despenteado de Anahí; a respiração tranquila dele se fazia presente e gerava uma sensação de relaxamento em Anahí. A perna esquerda dele estava entre as dela, os dedos sobre a barriga e seu alento quente e ritmado na nuca de Anahí, que sorriu, pois não sabia como haviam chegado até aquele entrelaçado, porém aproveitaria cada segundo daquele abraço esquisito — mas inegavelmente aprazível — em que haviam se metido.

Saboreou o instante. O cair da chuva do lado de fora, suas respirações, o tic tac baixo vindo do relógio. Os sons no entorno deles eram mágicos e amenos. Ela queria olhar para a figura de Alfonso dormindo, queria se perder no rosto dele. Com cuidado ela se ajeitou entre os braços dele, ficando, daquela forma de frente para Alfonso.

Ela não saberia dizer por quanto tempo direcionou a sua atenção ao rosto adormecido de Alfonso, vagou seu olhar por todo o rosto do namorado, analisando cada detalhe, cada parte até chegar a região onde a barba crescente o deixava com o rosto mais sensual e másculo ao mesmo tempo. E só de pensar nas sensações que ela lhe causava em contato com seu corpo, a fez enrubescer na hora.

– Aposto que estava pensando em sacanagens… – Disse Alfonso com a voz rouca pelo sono, Anahí levou um pequeno susto, pois não esperava por ele acordado.

– Que susto Poncho! – Disse com a voz não tão diferente da dele. Alfonso sorriu e lhe roubou um casto selinho.

– Bom dia. – Sorriu gentilmente e voltou a abraçá-la.

– Bom dia, amor. – Se aconchegou nos braços dele. – Posso falar uma coisa? – Perguntou ela sorrindo, levemente vermelha nas bochechas.

– Qualquer coisa… – Disse ele dando um beijo na testa, outro em bochecha e um último nos lábios de Anahí.

– Não tira a barba não... Você fica lindo de barba. Na verdade você é lindo de qualquer jeito, mas essa barba é meu ponto fraco – Disse tocando no queixo dele, coçando sua barba.

– Eu sempre desconfiei disso. – Alfonso deu risada, puxando-a para que assim, ela se deitasse em seu peito. Beijou o alto da cabeça de Anahí muitas e muitas vezes, e ela fazia círculos despreocupados na barriga desnuda dele.

Anahí não retrucou. A final ela gostava mesmo. Ficaram em silêncio, ouvindo os mesmos sons que Anahí ouvira sozinha, só que agora com a companhia dele e com as batidas ritmadas do coração de Alfonso em seu ouvido. Já Alfonso sempre preferiria ouvir Anahí falar. Mas naquele momento, sua quietude se encaixou de modo pleno diante daquela cena.

Depois de longos dez minutos apenas degustando a simplicidade de tudo aquilo, Anahí se pronunciou.

– Você acha que duas pessoas podem ficar juntas pelo resto da vida? – Ela o pegou desprevenido.

Alfonso estava se deliciando do silêncio saboroso que ficou entre eles, e de repente ela o atirou um tijolo no estômago. Ele não sabia se ela estava perguntando aquilo com algum pensamento entre eles, ou se estava apenas curiosa.

– Acho, amor. Por quê? – Beijou a testa dela mais uma vez.

– Eu quero ficar junto a você pelo resto da vida, Poncho. Mas as vezes eu sinto medo que isso não aconteça.

Alfonso se remexeu na cama, um pouco incomodado com o que Anahí disse, ficando agora na altura dos olhos dela.

– Por que você tem esse medo? Eu tenho a plena consciência que é ao seu lado que quero ficar…

– Eu sei amor. Eu sinto a mesma coisa com relação a você…

– Então…? – Anahí suspirou.

– Sei lá… Hoje em dia, há a todo o tempo, algum casal se separando depois de anos de casados, como se fosse tão simples assim tirar alguém da sua vida apenas por capricho. Claro que entendo quando há traição envolvida. Mas me machuca tanto quando ouço a frase "O amor acabou". Porque isso prova que não houve luta, sabe? Eu acho que casar não é apenas morar juntos, precisa existir uma luta diária para o amor não morrer, porque isso acontece, eu acho. Ainda não sei se o amor morre mesmo, ou se nunca se amou de verdade. Mas se você casa com alguém, está se comprometendo a regar esse vasinho do amor diariamente. E também tem a questão da precipitação. É tudo tão complicado, não acha? Em minha cabeça parece muito simples, mas todos ao redor fazem parecer tão complexo.

– Bom, com toda essas incertezas da vida, eu acredito no nosso amor. E acho que seremos capazes de regar diariamente o amor que nos une. E eu sempre tive como base o amor dos meus pais... – Ela se afastou, deitando-se de lado, apoiando a cabeça no braço direito, olhando direta e intensamente para ele. – ...meu pai ama a minha mãe mais do que tudo no mundo, e é tão claro para qualquer pessoa que eu acho que até um cego conseguiria ver. – Ambos sorriram com Anahí concordando com ele. – Eles já estão casados há vinte anos, e mesmo que às vezes briguem, ele sempre dá o mundo para ela. Ele até as vezes a irrita, só porque acha divertido, com 42 anos de idade. Eu sempre quis que alguém me amasse, pelo menos a metade do quanto eles se amam. – Ele sorriu com carinho enquanto acariciava a bochecha dela. – Mas hoje… hoje eu sei que existe você. Com sua risada que rasga meu peito e faz brotar milhares de borboletas que sobem do meu estômago, direto para o meu coração. – Anahí sorriu toda boba. – Com seu sorriso, que me captura toda vez que seus lábios dilaceraram em um sorriso hipnotizante. – Ele levou seus olhos até as mãos dela que acariciava o peito dele, e a segurou com carinho. – Com seus toques, que estremecem o meu corpo a cada leve toque de seus dedos. Com seus olhos, que me desarmam sem misericórdia alguma da minha alma, e que se emaranham cada vez mais e mais em mim. E com seus lábios, que quando pronunciam meu nome, sinto como você estivesse falando diretamente com minha alma. – Sorriu enquanto contornava os lábios dela com o polegar.

– Eu me pergunto até hoje o que fiz para merecer alguém tão incrível como você, Alfonso. Você me faz sentir amada de uma forma que nunca fui, ou me senti. – Anahí o olhava bem no fundo dos olhos dele – Eu gosto da forma como posso conversar sobre qualquer coisa com você. Eu nunca imaginei ser feliz assim, sabia? Ou me sentir tão bem com alguém do jeito que me sinto com você.

– Eu nasci para te fazer se sentir assim, Annie. – Disse se posicionando entre as pernas de Anahí e encostando sua testa na dela, totalmente apaixonado. – Eu sou louco por você, meu amor.

– Eu sou completamente apaixonada por você. Meu amor por você cresce diariamente em velocidade indomável. Você está em todos os meus pensamentos, você é a única voz que ecoa em meu coração, Poncho. – Acariciou o rosto dele.

– Eu amo você. – Disse preenchendo-a. Anahí gemeu, fechando os olhos.

– Eu também amo você, Poncho. – Gemeu mais uma vez quando ele começou a se movimentar. – Hoje, sempre e mais um dia.

Alfonso a beijou. O beijo se tornou quente e apaixonado. Para Anahí sentir o corpo dele sobre o seu era como estar no paraíso. Ela não queria mais nada. A cada vez que ele empurrava para dentro dela, Anahí soltava um gemido chamando o nome dele.