Fanfic: Eu amo só você! - Ponny - 1ª/2ª/3ª Temporada | Tema: A&A; Rebelde

O dia seguinte amanheceu nublado. Era a última sexta-feira do mês de Julho. Dois dias antes do início do segundo semestre de aula no EWS. E o dia das quartas de finais do jogo dos meninos. Cujo o objetivo era ganhar e avançar para as semifinais do campeonato de futebol masculino.

Alfonso não estava nervoso, mas estava irritado pelo fato de Doug não escalá-lo como titular. Podia não parecer, mais Alfonso era importante para o seu time, assim como o Diego é importante para o Flamengo, Dudu para o Palmeiras, Cazares para o Atlético Mineiro e Pedro Geromel para o Grêmio. E sem esses jogadores (inclusive o Alfonso) nos jogos de seus clubes era uma batalha árdua para os companheiros de time. Pois tais jogadores eram decisivos nos jogos, sejam na função de armação de jogadas ou nos gols que faziam para suas equipes.

E Doug sabia, os amigos sabiam, os rivais sabiam e também os inimigos sabiam da importância de Alfonso Herrera no time dos Dragons. Mas por ambição, Doug não o escalaria, pois seu acordo com Gustavo não o permitia tirar este da titularidade. E esse era o fato que deixava Alfonso possesso, pois Gustavo não era tão bom jogador quanto ele, não pensava com rapidez e errava com bastante frequência os passes que dava. E ficar fora de um jogo importante quanto aquele era revoltante.

– Professor, por favor, me coloca no jogo… – Implorava no lado de Doug, que estava na área técnica orientando os seus jogadores, que naquele momento estavam perdendo de 2 x 0 aos 35 minutos do primeiro tempo.

A torcida estava aflita na arquibancada. O jogo era em casa, ou seja, na quadra poliesportiva do Elite Way School. A derrota tiraria os Dragons da disputa das semifinais, que decidiriam o time campeão, o vice e o terceiro colocado, que assim, teriam a vaga nas Universidades escolhidas garantidas no início do ano que vem.

– Eu já disse que esse não é o momento Herrera. – Disse Doug bravo. A final sua equipe estava perdendo e para piorar Gustavo errava tudo que fazia. Mas o medo de seu plano com o garoto ser descoberto ou até mesmo se Gustavo desse pra trás no combinado entre eles, o deixava temeroso para fazer a substituição.

– E qual é o momento em professor?? Quando formos eliminados??? – Alfonso estava possesso.

Anahí estava apreensiva na arquibancada, pois via Alfonso agitado no banco de reservas. Ele gesticulava, gritava, ficava em pé com frequência e quando o time Azul Celeste, adversário deles naquele dia marcou o segundo gol, Anahí viu Alfonso tacar a garrafinha de água longe. E agora ela estava ali vendo ele discutir com Doug na lateral do campo. Decidida, pediu para Pâmela ter calma que ela tentaria falar com Alfonso. E logo ela rumou até o namorado que continuava a discutir com Doug.

– Você se controla moleque!! Porque quem comanda este time aqui sou eu…

– Comanda? O que você está comandando… eles estão perdendo e você não faz Merd* nenhuma…

– Escuta aqui … – Doug estava com sua cabeça fervendo. Tanto pela derrota, quanto pela indecisão se fazia ou não a substituição e agora ainda mais com Alfonso ali o perturbando, lhe causando mais pressão, se não fosse por Anahí teria estourado ali mesmo com ele.

– Poncho, para por favor! – Disse Anahí puxando Alfonso para longe de Doug. Mas Alfonso era turrão e não queria sair dali.

– Parar? Annie você não está vendo que ele está prejudicando o nosso time… – Disse ele em cólera.

– O que você está insinuando garoto?! – Doug deu um passo para frente ficando frente a Alfonso.

Ele não permitia que Alfonso fizesse aquele tipo de insinuação sobre seu trabalho. Ele estava ciente do acordo que fizera com Gustavo, mas não era para prejudicar o time do qual ele era responsável.

– Alfonso, por favor amor… vem comigo. – Dizia Anahí puxando Alfonso.

Aquela altura todos estavam cientes que algo não estava certo ali naquela lateral do gramado. Tanto que grande partes dos torcedores, das ambas torcidas, estavam atentos aquela discussão do que no próprio jogo.

– Está tudo bem por aqui? – Disse um dos organizadores do evento. Doug Assentiu sem desviar os olhos de Alfonso que fazia o mesmo.

– Está tudo bem sim, Tomás. É só o meu jogador que não entende que eu só posso escalar onze jogadores. – Disse Doug, olhando para homem e sorrindo amistosamente.

Alfonso estava se controlando para não socar a cara daquele professor dissimulado. E Anahí sabia que havia aquela possibilidade, tanto que se meteu na frente do namorado, bloqueando-o de alguma forma.

– Rapaz, escute seu treinador… quando ele achar que é a hora ele te colocará no jogo, com certeza.

– A questão não é essa… – Começou Alfonso, mas Anahí o cortou.

– Ele entendeu senhor. Ele só está empolgado…

– Eu não estou empolgado porr* nenhuma! – Se exaltou.

– Alfonso chega!! – Ela também explodiu. – Agora vem… – Disse o puxando, com um certo nível de força já que ele não queria sair dali. – Anda Alfonso!! – Ela conseguiu levá-lo ate o banco de reservas, vazio, já que os outros jogadores estavam atrás do gol fazendo aquecimento. – Você está ficando louco? – Disse ela raivosa. Alfonso se jogou no banco e levou a cabeça até as mãos que eram sustentadas pelas suas pernas. – Estou falando com você Alfonso? – Fez pressão no ombro dele, fazendo o mesmo se recostar no encosto do banco e fitá-la.

– O que você quer Anahí? Você já escolheu um lado, o que quer que eu fale? – Disse irritado.

– Deixa de ser infantil Alfonso. Eu estou do seu lado seu idiota. – Ele resmungou algo incompreensível para os ouvidos dela. Anahí suspirou cansada. – Amor, escuta. Todas essas pessoas sabem o quanto você é bom e importante para o time. Mas se Doug não te colocou no jogo ainda deve ser uma das estratégias dele…

– Mas estamos perdendo, Anahí… que estratégia burra é essa? – Disse ele ainda um pouco bravo.

– Eu sei amor, mas ele é o treinador. Temos que respeitar as decisões dele. – Alfonso meneava a cabeça em negativa. – Poncho...

– Não, não, não… ele está boicotando o time…

– Alfonso olha o que você está dizendo? – Ele olhou pra ela e desviou o olhar resmungando logo em seguida e cruzando os braços sobre o peito. – Isso que você está dizendo é muito grave. Pode fazer ele perder o emprego. – Ele resmungou novamente. – Olha eu tenho certeza que ele vai te colocar no jogo e você vai conseguir ajudar o time a virar aquele placar. Só não o aborreça, fazendo ele não te colocar por birra.

– Só espero que quando ele fizer isso, não estejamos perdendo de goleada. – Resmungou de forma audível daquela vez, o que fez Anahí sorrir e beijá-lo castamente nos lábios.

– Se isso acontecer, você vai correr atrás do resultado do mesmo jeito. E só vai parar quando o juiz apitar – Acariciou os cabelos dele. Alfonso finalmente soltou um pequeno sorriso e olhou para a namorada.

– Fica aqui do meu lado? Assim você me impede de estrangular o Doug. – Sorriu

– Não brinca com isso Alfonso. Se você for expulso por bater em outro professor… não sei nem o que seu pai vai fazer com você.

– Ah com certeza ele vai me… – No momento que ele completaria sua frase, o time do Azul Celeste fez mais um gol. – Put* que pariu. – Xingou ele, levando a mão aos cabelos. Anahí suspirou em frustração ao seu lado. A final, reverter um placar de três a zero não seria nada fácil!!