Fanfic: Eu amo só você! - Ponny - 1ª/2ª/3ª Temporada | Tema: A&A; Rebelde

O segundo tempo começou truncado, e como no primeiro tempo, a postura defensiva do Azul Celeste estava sólida, enquanto o Dragons saia mais ao ataque, já que estava em desvantagem de três gols. E incentivados pela torcida os Dragons não davam trégua e permaneciam intensamente no ataque. Recuado, para tentar administrar o resultado, o Azul Celeste apostava no contragolpe para surpreender a equipe da casa e ampliar a sua vantagem.

Sentindo o desespero pela desvantagem no placar, os Dragons perderam a bola na transição da defesa para o ataque e viu o adversário ir para cima com o melhor jogador deles, Luan, que chutou cruzado da esquerda e Ucker conseguiu defender. Alfonso se benzeu no banco. Naquele momento, aos vinte minutos do segundo tempo, o medo da desclassificação estava presente naquela quadra.

A equipe adversária tinha uma boa vantagem de gols e o time da casa já estava batendo o desespero e partia para o ataque sem organização. E era tudo que o Azul Celeste queria para quem sabe, daquela forma, ampliar o placar. Com medo de perder o jogo sem mexer uma única vez e assim a responsabilidade cair só sobre si, Doug chamou logo três jogadores do banco para fazer a substituição: Thiago, Samuel e Alfonso.

– Você está ferrado, “treinador” – Ameaçou Gustavo quando passou por Doug indo em direção ao vestiário. A torcida da casa entrou em delírio com as substituições, o que só deixou Gustavo mais irritado ainda.

Os jogadores do Dragons, buscavam Alfonso como referência, e no primeiro toque na bola Alfonso fez boa jogada individual e serviu Christian, que passou pela marcação e chutou forte na trave. A torcida foi ao delírio novamente.

O jogo ficou lá e cá. Uckerman e Thiago faziam defesas atrás de defesas. Aos vinte e oito minutos após contra-ataque mortal criado por Samuel, a bola terminou nos pés de Alfonso, que bateu colocado e por cima do gol. Alfonso levou as mãos na cabeça enquanto a torcida gritava: UHHHHHHHHHHH!

Manuel, jogador do Azul Celeste, fez boa jogada pela direita e cruzou. A bola passou com perigo pelo gol de Ucker, mas nenhum jogador do Celeste conseguiu aproveitar o cruzamento. Aos 30 minutos, Eduardo recebeu a bola de Alfonso em ótima condição e bateu para o gol, mas o goleiro Thiago defendeu. No rebote, Alfonso disparou para o gol, mas a bola desviou e foi para escanteio.

O jogo ficava cada vez mais quente e, no minuto seguinte, Christian abriu o placar para o Dragons. A jogada começou pela direita do ataque com Diego, que passou para Alfonso, que de calcanhar passou a bola para Christian completar para o gol.

A torcida ficou alvoroçada. Gritos de incentivo eram ouvidos, enquanto os jogadores se abraçavam próximos a arquibancada. A partir dali os Dragons passaram a pressionar a equipe do Azul Celeste sendo incentivados pelos gritos de “Eu acredito! Eu acredito!” ecoados pela torcida.

Aos trinta e cinco Alfonso recebeu, driblou dois marcadores e chutou forte no canto esquerdo do goleiro que se atirou para fazer a defesa, espalmando para a linha de fundo. Aos trinta e oito, o meio campista Murilo disparou pela esquerda e cruzou para Eduardo que tocou de calcanhar para Alfonso, que se enrolou na hora de finalizar e deu chance para a zaga celeste tirar o perigo.

Porém a zaga afastou errado e a bola caiu no pé de Diego que chutou a bola do lado direito para o esquerdo onde se encontrava Cristian, mas o zagueiro do Celeste se adiantou e colocou a cabeça na bola, no rebote Alfonso nem deixou a bola quicar na grama, e chutou de primeira, de fora da área e marcou um golaço.

O grito de Eu acredito! Ecoava pelas arquibancadas carregadas de emoção e esperança. A final faltavam cinco minutos e mais os acréscimos para que os Dragons pudessem empatar e levar a partida para a prorrogação. Anahí e Pâmela choravam na arquibancada, aqueles minutos era tudo ou nada para o time da casa.

Pela esquerda, Alfonso foi para a linha de fundo, passou por Paulão, zagueiro do celeste, e chutou firme e, mesmo sem ângulo, obrigou Thiago a fazer grande intervenção. Minutos depois, em cruzamento da direita para a esquerda feito por Alfonso, Eduardo soltou uma bomba e acertou a trave pela segunda vez na partida. Quase saiu o empate.

O Jogo se tornou eletrizante no EWS e o panorama era imprevisível até ali. Os Times trocavam passes na procura de liberdade para chegar ao ataque. Mas sem nenhum acréscimo dado ao jogo o juiz apitou o fim do jogo. Os jogadores do Dragons correram em direção ao árbitro questionando a falta de acréscimo, que poderia mudar a história do jogo.

Mas nada puderam fazer. O fim da partida tinha sido decretada e a eliminação do Dragons da competição havia sido efetivada.

***

Alfonso dirigia emburrado.

Desde que saiu do vestiário manteve essa expressão de descontentamento. Os pais dele tentaram incentivá-lo, mas ele apenas anuía e pronto. O mesmo tentou Anahí e Márcia que estavam com ele no carro naquele momento, já que Alfonso as levaria para a casa.

– Menino, não fique triste. Vocês são capazes de passar em qualquer Universidade. – Márcia dizia, depois que ele estacionou o carro. Os três estavam parados no portão da casa delas.

– Obrigado. – Disse ele simplesmente e beijou-lhe a testa.

– Poncho, fique conosco…

– Annie eu já disse que vou pro apartamento, eu quero ficar sozinho. – Disse impaciente.

– Mas eu não quero te deixar…

– Você vai querer então que briguemos? Porque é isso que vai acontecer, por que eu estou sem um pingo de paciência.

– Tá certo Alfonso. Se é o que você quer. Tchau! – Disse ela irritada. – Vamos mãe.

Márcia assentiu, acenou para Alfonso e entrou junto a filha. Alfonso fez o mesmo, mas para dentro de seu carro arrancando logo em seguida.