Fanfic: Eu amo só você! - Ponny - 1ª/2ª/3ª Temporada | Tema: A&A; Rebelde

Após tomarem banho juntos, Anahí chamou Alfonso para sentarem na sala para enfim poderem conversar. Vinte minutos depois ela já havia contato todo o ocorrido no estacionamento com Eduardo naquela tarde. E, se Anahí bem conhecia Alfonso, a maneira com ele evitava olhá-la agora significava que tinha se fechado. Ela não conseguiu decifrar o que é que se passava por aqueles olhos esverdeados, mas sentiu um ímpeto de abraçar o próprio corpo, mediante a frieza e impassividade com que ele passou a encará-la. Ele estava magoado com ela.

-- Por favor diz alguma coisa. -- Pediu ela ao ver ele a observando sem nenhuma sombra de humor.

-- O que você quer que eu diga Annie? Que eu te avisei? -- Anahí respirou fundo ao sentir suas batidas cardíacas acelerarem.

-- Não Poncho. Apenas que eu não tive culpa pelo beijo e…

-- Culpa pelo beijo realmente você não teve Anahí. Mas você tem culpa sim por ele estar livre sem uma ordem judicial que o impedisse de se aproximasse de você. -- Ele sustentava uma expressão séria no rosto.

-- Eu só pensei na mãe dele Poncho, ela era tão boa comigo e não merecia passar por aquilo com o único filho respondendo a um processo…

-- E você pensou no nosso namoro Anahí? -- Ele já estava ficando exaltado. -- Você pensou que aquele merd@ poderia aprontar de novo? -- Alfonso levantou do sofá, se afastando dela.

-- Poncho por favor, não leva para esse lado… -- Ele lhe lançou um sorriso amargo, mas não disse nada. -- … nós somos um casal, nosso amor é forte, você mesmo já disse que nada pode destruir… -- Ela já estava de pé, mas a distância era a mesma. -- Ali a poucos minutos atrás, naquela cama é a prova do quanto somos fortes juntos. Essas coisas não são suficientes? -- Ele não respondeu, tampouco desviou os olhos dos dela -- Não basta eu considerar você o melhor para mim?

-- Eu confio em você, Anahí. No nosso amor e nas nossas juras de amor. Mas e você, por que não acreditou em mim quando falei que ele poderia aprontar de novo? Até quando eu vou ter que aguentar o seu ex-fudid*-namorado em cima de você, só porque você não dá um basta nisso? O que eu tenho que fazer, Anahí? Encher ele de porrada até morrer para tirar ele do nosso caminho?

Anahí balançou a cabeça para os lados sentindo seu coração começar a se contorcer.

-- Pelo amor de Deus, Poncho... -- Passou as mãos no cabelo. -- .. Não diz essas coisas. É claro que eu não quero você arruinando sua vida por causa daquele bastardo…

-- Então me diz Anahí, o que você quer? Porque viver feliz e plena com o seu namorado que te ama junto com o seu ex psicopata não vai dar certo! -- Ele franziu a testa com a expressão irritada.

-- Eu só quero paz, Alfonso! --  Ela não queria ficar com raiva, mas ela estava surgindo por vontade própria. -- Eu não preciso que você fique me julgando com os meus erros, porque a minha própria consciência me julga. -- Anahí respirou fundo e fechou os olhos, sentindo as lágrimas sendo formadas pelas palavras que ainda não tinham sido ditas. -- Nesse relacionamento você errou mais do que eu e sempre me pediu para entendê-lo, perdoá-lo… -- Anahí comprimiu os lábios, as lágrimas na borda. -- Eu pensava que já estávamos em um outro nível no nosso relacionamento, mas pelo visto só eu que tenho que ser compreensiva com você.

A expressão de Alfonso ficou alarmada e apavorada, seus olhos arregalados, mas quando abriu a boca pra dizer alguma coisa em sua defesa, ele não o fez.  Fechou a boca novamente, o medo e o alerta em sua expressão lentamente dando lugar à compreensão, irritação e raiva.

-- Você quer que eu a compreenda, mas toda vez que eu errei, você também me julgou. Só que você está se esquecendo que essa não é a primeira vez que eu “julgo” você quando algo não saiu como eu queria ou esperava. Só que você não quer que eu te questione sobre ELE. Você não quer que eu bata nele, não o quer presso e muito menos com uma ordem de restrição. Você quer ele rodeando nossa relação. -- Anahí ficou o olhando sem saber o que dizer, novas lágrimas escorrendo pelo seu rosto. Alfonso balançou a cabeça. -- Mas pra mim chega…

-- O que você quer dizer com isso?

A mandíbula de Alfonso ficou tensa, tanto quanto seu corpo.

-- Eu não vou aturar esse cara em cima de você a cada oportunidade que ele tiver e você não tomar as providências que devem ser tomadas Anahí. E antes que eu estrague a minha vida eu vou me afastar de você, porque eu te juro que acabo com a vida dele se ELE passar na minha frente.

Anahí levou um tempo pra entender suas palavras, e quando entendeu, parou de sentir o chão debaixo dos seus pés.

-- Você... está terminando comigo? -- Sua garganta se fechou.

Anahí, sabia o peso das palavras que disse. Ela não queria que ele só pensasse nos erros dela, mas nos dele também porque os erros de ambos os fortaleceram até aquele momento, e é claro que eles poderiam resolver mais aquele erro juntos.

Ela não estava falando sério quando disse que ela não precisava dele a julgando, ela só queria apenas que ele a entendesse do porque ela não denunciou Eduardo!

"Deus, faça-o me entender!"

Alfonso ficou olhando-a por um tempo.

Anahí estava esperando ele ir até ela e beijá-la sem dizer nada, mas para sua surpresa e completo desespero, Alfonso apenas balançou a cabeça que sim.

-- Estou. Annie, não cabe a mim dar um fim nessa sua história com ele. -- Foi ate o aparador e pegou suas chaves. -- Eu não quero estar em um relacionamento com a sombra de outro no meu caminho, assim como você também não gostaria.

Disse convicto e se encaminhou para a porta, saindo sem nem esperar pelas palavras de Anahí.