Fanfic: Eu amo só você! - Ponny - 1ª/2ª/3ª Temporada | Tema: A&A; Rebelde

Anahí

O que?!

Não... não! Ele não podia estar falando sério, ele me ama! Eu o amo! Ele não estava falando sério...

Fiquei parada, congelada em meu lugar, olhando a porta por onde ele tinha saído o esperando voltar.

Se ele fizesse isso, se voltasse pra mim, nada mais precisaria ser dito. Iríamos enfrentar isso juntos... mas ele não voltou.

Encostei minhas costas na parede, no canto, lutando contra as lágrimas.

Eu queria me enterrar. Queria que a parede me sugasse. Queria que ele voltasse.

Escorreguei pra baixo até estar sentada no chão. Abracei as pernas contra o peito. Apoiei minha testa nos joelhos... e chorei.

Chorei até minha cabeça doer. Chorei até não aguentar mais chorar.

Quando me acalmei depois de vários minutos, eu apenas fiquei sentada olhando para a porta, deixando minha mente completamente desprovida de pensamentos.

Permaneci ali sentada no cantinho da sala até meu celular começar a tocar na bolsa. Me levantei num pulo correndo até ele, e quando o fisguei no fundo da bolsa, meu coração acelerou ao ler o nome "Pâm" na tela.

Será que aconteceu alguma coisa com ele?

-- Oi Pâm. -- Digo usando todas as minhas forças pra fazer minha voz sair firme.

-- Annie querida... -- Pâmela estava chorando desesperada, e instantaneamente, todos os meus sentidos entraram em estado de alerta. - É a sua mãe...

*~*~*~*

-- O que aconteceu? -- Perguntei entrando como um furacão na sala de espera do hospital da família Herrera.

-- Annie... -- Pâm correu até mim aos prantos, me abraçando apertado. -- Eu não sabia o que fazer. Ela estava... conversando. Ela disse que não conseguia respirar... Eu... ah, meu Deus! Me desculpe, me desculpe. Ela desmaiou nos meus braços.

Meu coração parecia ter sido arrancado do peito.

-- Onde ela está, Pâm?

-- Está dormindo, mas Marcelo pediu para você ir no consultório dele. Ele precisa falar com você.

Antes mesmo dela terminar de falar, eu já estava correndo pra fora da sala de espera. Não precisei perguntar a ninguém onde ficava o consultório dele, já sabia de có e salteado, e quando cheguei até ele, abri a porta antes mesmo de bater.

Marcelo levantou seus olhos pra mim, e levou dois segundos até encontrar a voz.

-- Annie... oi, querida. Entre. --  Entrei já sentindo minhas pernas bambas, fechando a porta atrás de mim. -- Sente-se, por favor. -- Obedeci, sem desviar meus olhos dos dele.

-- O que minha mãe tem, Marcelo?

Ele respirou profundamente.

-- Bem, Annie... isso não costuma fazer parte do meu jeito de trabalhar, mas como eu sou amigo dela e você minha nora, mandei fazer logo os exames pra nos adiantar. Achei necessário, ok? -- Balancei a cabeça que sim e Marcelo se mexeu desconfortavelmente na cadeira, pegando alguns papéis sobre sua mesa. --  Os exames que eu pedi devia levar dias pra ficarem prontos, mas graças aos novos equipamentos que conseguimos comprar do Japão, eles tiveram resultados em poucas horas.

-- Por favor, Marcelo... vá direto ao ponto. O que minha mãe tem?

Ele engoliu seco, e pegou os papéis de um envelope, e abriu um outro envelope e tirou de dentro um raio-x, creio que do cérebro da minha mãe, pelo formato do desenho.

Marcelo comprimiu os lábios antes e desviar os olhos do exame e deixá-lo sobre a mesa, olhando pra mim.

-- Annie, eu já tinha uma suspeita quando ela chegou aqui desmaiada por não conseguir respirar, ela apenas acabou de ser confirmada. - Ele respirou fundo. - Surgiu um glioma no organismo da sua mãe, do tipo astrocitoma. Não sei ao certo há quanto tempo ele está lá, mas já está bem avançado, e esse foi o motivo do desmaio.

Balancei a cabeça para os lados.

-- Eu não estou entendendo. -- Franzi a testa, sentindo meu coração aos pulos desesperados. - Isso é algum tipo de doença? Eu... não sei o que significa.

Ouvi a porta atrás de mim se abrir, mas não me virei.

Marcelo olhou pra pessoa que tinha acabado de entrar as minha costas, então olhou pra mim de novo. Respirou fundo e se inclinou sobre a mesa.

-- Glioma astrocitoma... significa tumor maligno cerebral, Annie. No caso de sua mãe, o astrocitoma está no grau 4, é o nível mais avançado, pois ele já está disseminado por todo o cérebro e se misturou ao tecido normal do órgão muito rapidamente, tornando quase que impossível uma operação.