Fanfic: Pretty - Do ódio ao amor (Emison) | Tema: Pretty Little Liars, Emison

(Capítulo bônus, comentem!)

O jogo foi um espetáculo, três sets a zero e muitos pontos marcados com a minha mão esquerda, já que a direita doía. Também havia mudado minha conduta, aprendi a deixar as outras marcarem também, precisava melhorar, mas ainda assim Tanner aprovou.

-Bebida de graça para todo mundo!

Gritou Noel em sua casa durante a festa. Todos que estavam ali sequer poderiam sentir cheiro de álcool, mas era a festa do time, nenhum adulto estava presente, ninguém denunciaria se o volume do som não estivesse muito alto.

-Cerveja ou vodka?

Perguntou Hanna.

-Nenhum!

-Emily, é a nossa festa! Você arrasou hoje e tem que encher a cara!

Eu ri dela, não tínhamos o costume de ingerir bebidas alcoólicas, então ela já estava tonta em apenas dez minutos de festa. A todo momento alguém ia falar comigo para me parabenizar, eu estava feliz e deixava isso transparecer. Não sabia se Alison estava lá, a última vez que a vi foi quando me abraçou ao fim do jogo, ela parecia estar mesmo doente então imaginei que já estivesse em casa. Já havia passado mais de uma hora desde que a festa havia começado e vi que Noel me olhava de longe.

-Em, o Noel não para de te olhar.

Falou Hanna bêbada. Estávamos sentadas em um sofá.

-Já percebi Hanna.

-Vem ca, me da um beijinho.

Me puxou e eu ri dela.

-Para Hanna, quê que tem nessa sua bebida ai hein?

-Não sei, eu nem sinto mais o gosto disso.

Resolvi experimentar e quase cuspi.

-Hanna, isso é vodka pura!

-É?

Falou fechando os olhos.

-É, louca!

Tomei o copo dela e coloquei um pouco afastado.

-Me dá.

-Não.

Ela tentou passar por cima de mim para pegá-lo, mas acabou caindo no meu colo e adormecendo. Logo vi que Noel se aproximava.

-Nocaute.

Gargalhou, e eu também.

-Ela não sabe beber.

Falei.

-É melhor levar ela pra casa.

-Não, Ashley a mataria se chegasse assim.

-Então vou coloca-la no meu quarto.

Pegou Hanna no colo, que ficou resmungando de olhos fechados. Ele a levou para o quarto e eu os acompanhei, deitou-a na cama e pôs um balde ao lado, caso vomitasse.

-A porta vai ficar assim aberta?

-Não, eu vou trancar. Vai que algum abusado resolva vir aqui, não é? Avisa a Spencer e a Aria.

Saímos do quarto e Noel o trancou.

-Eu aviso.

Caminhei, mas Noel me puxou pelo braço, fazendo me virar e me aproximar dele.

-Espera, pra que tanta pressa?

Passou os braços e volta da minha cintura, mas eu me libertei, olhando-o.

-Pensei que não fosse mais afim de mim.

-Qual é gatinha, eu sempre fui afim de você.

Levou a mão à minha nuca, tentando me beijar, mas me desvencilhei.

-Hoje não Noel, só quero me divertir.

-Eu também gatinha, só que quero com você.

Puxou-me mais uma vez, tentando me beijar novamente.

-Não resiste.

Falou ele e eu não vi outra saída, e quando Noel aproximou sua boca da minha fingi que iria vomitar. Rapidamente ele me soltou e eu saí correndo, desci as escadas e me misturei entre os outros. Avistei Aria e me aproximei dela.

-Aria, Hanna se embriagou e está no quarto do Noel dormindo. Avisa a Spencer e vamos ficar de olho nela, tá?

Aria, que mal me olhava nos corredores do colégio, tocou-me no braço.

-Pode contar comigo... E parabéns pelo jogo de hoje.

Sorriu para mim, e sorri de volta.

-Obrigada.

E me afastei. Hanna, Aria, Spencer e Emily... Sentia tanta falta desse grupo unido. Uma completava a outra. O nível de responsabilidade da Spencer se igualava ao de infantilidade da Hanna, o de carisma da Aria se igualava ao meu de antipatia, éramos o equilíbrio, e ver minhas amigas tão distantes de mim me doía muito. Bebi dois, três goles de vodka pura.

-Seja forte Emily, seja forte.

Falei enquanto caminhava entre as pessoas. E então vi Alison conversando com algumas garotas. Eu estava tonta, não deveria beber tão rápido uma bebida tão forte. Fui em sua direção, mas não me aproximei muito, não saberia nem o que falar para ela. E então Alison se aproximou de mim.

-Emily!

Percebi que ela também estava mais “alegre”.

-Oi, pensei que não estivesse se sentindo bem.

Ela riu e segurou minha mão.

-Vem.

E me guiou até a cozinha, e em seguida entramos em algum lugar que não me recordo muito bem, mas parecia ser uma bodega. Ela fechou a porta e ficamos a uma certa distancia uma da outra.

-Gostou de ter jogado?

Ela me perguntou sorrindo.

- Sim.

-Tanner ficou uma fera comigo.

Falou e riu, e eu ri do estado dela.

-Você não estava se sentindo mal, estava?

-Não! Só queria ver você jogar hoje... Você estava tão tristinha e ó, eu fiquei com dó de você.

Eu me irritei.

-Dó?

-É... Com vontade de cuidar de você.

Pegou no meu queixo e eu afastei sua mão, fazendo-a rir.

-Você está bêbada, não sabe o que está dizendo.

Ela riu novamente.

-Você deveria me agradecer.

-Por?

-Por ter jogado hoje.

Eu ia reclamar, mas ela me olhou cruzando os braços. Suspirei.

-Tá, obrigada pela força que me deu no treino aquele dia, e por hoje também.

Falei revirando os olhos e ela bateu palmas.

-Aê, não foi difícil, tá vendo?

-Para com essa palhaçada.

Ela sorriu e tomou um gole da bebida.

-Vem cá, vem.

Segurou minha mão e me puxou levemente para perto dela.

-Me dá um abraço.

Me enlaçou pela cintura.

-Não, você cheira a cerveja.

-Você também.

Pegou meus braços e os colocou em volta do seu pescoço, colocando a sua cabeça em meu ombro em seguida. Fiz o mesmo, e então ela passou a se mover, parecia tentar me conduzir a uma dança sem música. Acabei entrando no seu jogo, logo um cheiro bom vindo dos seus cabelos me envolveu, deixando-me entorpecida. Senti Alison apertar mais o abraço quando percebi seu hálito quente em meu pescoço, arrepiei-me de leve e em seguida ela ergueu a cabeça, me olhando nos olhos. Alison olhou para os meus lábios com desejo, e os seus, tão vermelhos e atraentes, me convidavam para o beijo iminente. Aproximou seu rosto lentamente ao meu, e eu recebi seu beijo com a mesma vontade. Parecia mágico, eu não sei dizer como me sentia, era como se mais nada fizesse sentido. O ódio que eu sentia de Alison se esvaía naquele momento, o calor do seu corpo em contato com o meu, mesmo que por sob as roupas me incendiava, o gosto da bebida misturado ao gosto da sua boca me enfeitiçava. Alison me beijava com ternura, e eu estava totalmente envolvida, tanto que me assustei.