Fanfic: Pretty - Do ódio ao amor (Emison) | Tema: Pretty Little Liars, Emison

A popularidade de Alison aumentou, depois dela várias pessoas saíram do armário, as garotas davam em cima dela, e Noel era amigo quase íntimo, era absurdo o que acontecia, ela era mesmo a “celebridade” do colégio, que as garotas queriam, ou queriam ser como ela, não existia rejeição além da minha, tudo girava ao redor da Alison.

-Em, fiquei sabendo que o Noel vai dar uma festa para nossa equipe depois das quartas-de-finais no sábado.

Falou Hanna.

-E dai?

Falei desanimada.

-Em, é o Noel quem vai dar a festa!

-Hanna, eu praticamente não faço mais parte da equipe, e o Noel nem me olha mais.

-Você tem que reconquistar ele Em... Aliás, você tem que reconquistar sua posição aqui nesse colégio! Emily, é o nosso último ano aqui e você falo que ia deixar sua marca!

Peguei Hanna pelo braço e a trouxe para perto.

-Ta vendo isso aqui?

Mostrei a tala em meu pulso, e ela assentiu.

-Isso aqui é a minha ruína, não posso jogar nada enquanto estiver com a mão machucada.

-Mas Emily, já faz meses que você se machucou!

-Acho que a minha mãe sabe de alguma coisa e não quer me contar.

-Será?

-Ela está muito estranha... Eu vou descobrir.

-Então me deixa sabendo de tudo ok? Ah, e, por favor, vamos à festa?! Não vai ser a mesma coisa sem você lá.

-Eu não prometo nada.

-Ta, mas pensa... Eu vou ao treino agora, você não vai?

Sorri irônica.

-Hanna, não deixa tudo pior.

-Mas Emily, talvez seja bom pra você...

-Vai Hanna, vai...

Ela saiu. Hanna era a única pessoa que tentava me animar, só não sabia como fazê-lo. Eu não tinha aula, aquele era o dia de treino e era o que eu costumava fazer. Ir embora não podia, ir em outras aulas também não. Muitas vezes eu ficava apenas no vestiário, outras vezes ia ao antigo campo de futebol que estava abandonado nos fundos, mas nada me animava. Decidi naquele dia ir ao treino apenas como telespectadora.

-Meninas, a equipe que enfrentaremos no sábado joga em uma formação diferente das outras com quem já competimos, então eu vou fazer modificações na distribuição da equipe.

Falou Tanner.

-Mas isso não vai afetar nossas jogadas?

Perguntou Paige.

-Não, porque vamos reformulá-las.

Distribuiu as garotas pela quadra e treinou cada uma para jogar em posições diferentes. Eu ria dos erros, mas não elogiava os acertos. Aquilo me doía profundamente.

-Treinadora, estou um pouco tonta, posso descansar um pouco?

Perguntou Alison saindo da quadra e aproximando-se dela.

-Está tudo bem com você?

-Sim, é só um mal estar, logo passa.

-Tudo bem, sente-se e quando estiver melhor me avisa. Se não melhorar vá à enfermaria.

Alison assentiu e a vi indo em minha direção, sentando-se ao meu lado na arquibancada.

-Esses treinos são cansativos.

Falou ela. Eu continuava olhando as garotas na quadra.

-Como está sua mão?

Olhei para ela e mostrei a tala.

-Como acha que está?

Perguntei.

-Talvez não esteja tão mal.

Franzi o cenho ainda olhando-a.

-Você está brincando, não é?

-Emily, às vezes temos medo, e o medo nos faz acreditar em coisas que não existem! Eu sei que você se machucou de verdade, mas talvez esteja na hora de voltar e reassumir seu lugar na equipe.

-Caramba, eu ainda sinto dores na mão! E eu não tenho medo de nada!

Alison apenas assentiu.

-Tudo bem... Eu pensei que você fosse forte, no primeiro treino eu vi que era você quem comandava a equipe depois da treinadora, todos falavam coisas boas a seu respeito... E agora está ai entregando o jogo.

Eu não sabia o que responder. Era fato que as dores ainda existiam, mas eu não saberia se estava apta para voltar aos treinos se não tentasse outra vez. Mas era Alison que estava falando comigo, a maior rival que tive desde sempre.

-Quando eu sentir que estou pronta, eu volto.

Falei ríspida.

-Quando acabar o campeonato.

Falou ela e senti um pequeno calafrio. O campeonato era a minha maior chance de conseguir alguma bolsa em uma universidade renomada. Olhei-a novamente.

-Você sabe que eu tenho razão.

Ela falou novamente e eu não soube mais o que falar. De repente Alison levantou-se e foi até Tanner com a mão no estômago, e logo em seguida saiu da quadra. Eu não entendi o que estava acontecendo, quando Tanner me chamou.

-Emily, você consegue treinar?

Olhei para a minha mão e em seguida para Tanner.

-Eu não sei?

-Preciso de uma líder aqui na equipe, Alison não se sente bem e ninguém melhor que você para ajudar as garotas.

-Acha que eu consigo?

-Você é quem me diz. Trouxe o uniforme?

-Sim.

-Então?

Suspirei e decidi me dar uma chance.

-Eu vou.

-Então coloque o seu uniforme e venha.

Assenti e fui ao vestiário, coloquei o uniforme rapidamente e voltei para a quadra. Não treinei como de costume, era mais leve, eu consegui jogar sem sentir muitas dores. Ao fim Hanna me abraçou.

-Eu não disse que você está melhor?!

-Eu sei, mas acho que Tanner não vai me colocar de volta num jogo.

-Vai, você vai ver.

Um pouco de confiança surgiu em mim, eu que me sentia um caos completo depois de tanto tempo longe da equipe. O que me deixou surpresa foi o fato de Tanner ter me escalado para o jogo do sábado, mas eu ficaria na reserva e era pouco provável que jogasse. Minha mãe não queria me deixar ir, mas fui mesmo assim.

-Treinadora, acho que não conseguirei jogar hoje.

Tanner cruzou os braços e olhou para Alison.

-O jogo começa em cinco minutos, você vai ter que jogar.

-Não posso, não estou bem! Por favor, coloca outra pessoa em meu lugar.

-Olha, se eu descobrir que está mentindo...

-Não estou, eu juro!

Tanner respirou fundo e com certo grau de irritabilidade, e em seguida virou-se para mim.

-Você entra.

Arqueei as sobrancelhas.

-Eu?

-Sim.

Levantei-me do banco e tirei a tala. No cara ou coroa eu venci e escolhi a bola, as adversárias escolheram um lado da quadra e nós nos distribuímos no outro.