Fanfics Brasil - Só depende de mim 30♡ Louca Por você e Só depende de mim Aya (PONNY)

Fanfic: Louca Por você e Só depende de mim Aya (PONNY) | Tema: Ponny AyA


Capítulo: Só depende de mim 30♡

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Alfonso

Estou de pé no estacionamento de um velho depósito abandonado numa parte de Atlanta, onde

qualquer pessoa diria: “Estou ferrado se for pego aqui depois que anoitecer.” Conforme as

instruções que recebi, eu deveria vir sozinho a este endereço após pegar os livros-razão no banco.

Foi o que eu fiz.

Antes, porém, fiz de tudo para mostrar que estava saindo do meu apartamento e indo a um

banco conhecido, do outro lado da cidade. Fui até o local onde ficam os cofres particulares. A

antessala não pode ser vista das outras partes do banco, portanto eu sabia que poderia levar a

cabo o meu ardil dali mesmo.

Havia um jovem muito prestativo na mesa, do lado de fora daquela sala. Falei com ele sobre

as tarifas de aluguel dos cofres e o valor dos seguros, coisas desse tipo, só para gastar tempo. Não

tenho a menor dúvida de que eles mandaram alguém me seguir, portanto caprichei na farsa. Saí

do banco depois de uns 15 minutos, ainda carregando a bolsa com a qual entrei. Quando cheguei

no carro, coloquei os livros-razão falsos no interior do veículo, para o caso de alguém ter a

brilhante ideia de me sequestrar no caminho. Mas isso não aconteceu, o que me faz pensar que

eles realmente podem estar dispostos a cooperar.

Agora, enquanto espero por... qualquer coisa que possa acontecer, minha mente está nos

Livros-razão em branco que estão no carro. Miguel  está com os verdadeiros. Ele está parado na

moto, atrás de um velho gerador, a alguns metros dali, observando.

Estou aqui há seis minutos e não vi uma alma. Há apenas uma porta enferrujada à direita dos

imensos portões de hangar do depósito, mas não a verifiquei. Não vou entrar naquele prédio. Eles

estão completamente loucos se acham que sou estúpido a ponto de fazer isso. Eles que tragam

Mia para o lado de fora.

Ouço o ruído de cascalho atrás de mim e, ao me virar, vejo uma van branca vindo na minha

direção.

Minha Nossa, não poderia ser mais clichê!

O veículo para perto do prédio, e um cara gordo, meio calvo, vestindo uma jaqueta e calça

esportiva, salta do banco do motorista.

Ao que parece, a resposta é sim, pode ser mais clichê.

Ele está de costas para mim, mas não tenho dúvida de que, sob a jaqueta preta que está

usando, há uma camiseta regata branca e pelo menos um cordão de ouro no pescoço.

Evidentemente, a aparência clássica de bandido não é mais reservada a adeptos de filmes como

O poderoso chefão e Os bons companheiros.

Observo-o atravessar o chão de cascalho na minha direção.

— Trouxe os livros? — pergunta ele quando para diante de mim. O sotaque russo é forte. Não

seria difícil para quem conhece o crime organizado perceber que ele é um Bratva. Máfia russa.

— Tenho certeza de que você sabe que eu os trouxe.

De perto, posso ver como este cara se diferencia dos gângsteres de filme. Não tem nada a ver

com o seu rosto, que é marcado por cicatrizes, mas não de forma muito grotesca. Não é a sua

altura. Seu tamanho intimida, mas não muito, já que tenho a mesma altura e, obviamente, estou

em melhor forma. Não são as suas palavras. Elas são diretas e inócuas o suficiente.

São seus olhos que fazem minha mão suar. Eles são frios e insensíveis. Se algum dia eu tivesse

de descrever a alguém como são os olhos de um assassino, eu descreveria estes. Não pela cor ou

pelo formato, mas pelo que eles expressam. Eles dizem que este homem não se importa em

fazer seu trabalho e que, provavelmente, nunca se importou. São os olhos de alguém que nunca

teve alma, alguém que provavelmente veio a este mundo imaginando fazer coisas horríveis a

pessoas inocentes, até ter idade suficiente para fazê-las de fato.

Peço a Deus que estes olhos nunca vejam Anahí . Nem à distância.

— Passe os livros e eu trago a garota.

— Me deixe vê-la primeiro. Não vou entregar nada até confirmar que ela está bem.

Aqueles olhos me observam pelos dez segundos mais longos da minha vida antes que o

homem volte a falar. Sem desviar totalmente seu olhar do meu, ele vira a cabeça e grita algo em

russo. Segundos depois, uma das portas da van se abre, e Mia é jogada para fora. As mãos e

os tornozelos dela estão amarrados, sua boca está amordaçada, e seus olhos, vendados. Ela cai de

lado, sem sentidos, no chão. Ouço seu gemido e vejo suas pernas subirem em direção ao peito,

em sinal de dor. Mesmo com a mordaça e a venda nos olhos, posso ver que seu rosto está

marcado por hematomas, assim como o seu ombro, que está desnudo pela camiseta que está

usando. Parece a parte de cima de um pijaminha que a vi usar antes. Espero que seja, e que eles

não tenham lhe feito nada pior do que apenas causado aqueles hematomas. Independentemente

do fato de eu gostar ou não de Mia, ou de respeitá-la como pessoa, eu não desejaria o que

aconteceu a ela — e certamente nada pior — nem ao meu maior inimigo.

— Agora, passe os livros.

— Mande seus amigos levarem a garota para o meu carro.

— Me mostre os livros primeiro.

Eu tinha meio que imaginado que as coisas poderiam acabar dessa forma, portanto me sinto

preparado ao me virar e caminhar até o carro para pegar os livros-razão em branco. Deixo a

porta do motorista aberta, na esperança de economizar segundos valiosos, caso eu tenha de

escapar rapidamente. Levo os livros até o cara grandão e evito ficar onde eu estava antes.

Quanto maior a distância entre nós, melhor.

Levanto os livros rapidamente, em seguida volto a abaixá-los.

— Agora, mande seus amigos colocarem a garota no meu carro.

O homem abre o sorriso mais frio que já vi. Seu gesto faz com que eu me pergunte se estou

fazendo exatamente o que ele espera que eu faça. Não sei se é o caso, mas sou esperto o bastante

para saber que subestimar uma pessoa dessas é um erro fatal.

Portanto evito dar bobeira. Faço o possível para não subestimá-lo.

Ele grita para alguém atrás dele novamente, para alguém que está na van.

— Duffy , coloque-a no carro.

Vejo um cara mais baixo, uma versão mais americana que a do homem diante de mim, sair

da van, pegar Mia no colo, jogá-la de qualquer maneira sobre o ombro e carregá-la até o

BMW. Ele abre a porta traseira do carro e arremessa-a sobre o banco. Pela porta do motorista

ainda aberta, posso ouvir os soluços abafados dela. Não sei se são soluços de dor ou de alívio.

— Agora, passe os livros — repete ele, como se eu fosse uma criança teimosa com a qual ele

está perdendo a paciência.

Meu coração tenta bater num ritmo normal no momento em que entrego a ele os livros-razão

em branco. Como eu suspeitava, ele os folheia. Quando levanta os olhos frios, eles estão ainda

mais sinistros, se é que isso é possível.

— Pensei que você fosse mais inteligente. Seu pai não foi muito inteligente. Veja o que

aconteceu com ele. — O homem faz uma pausa significativa. — E com a sua família.

O fogo percorre as minhas veias quando ele se refere à minha mãe e à sua morte horrível.

— As coisas vão ser diferentes desta vez. Você vai nos deixar sair daqui com os livros e vai

me garantir, tanto da sua parte quanto da do seu chefe e de todos os seus comparsas, que

ninguém nunca chegará perto de mim, da minha família ou dos meus amigos novamente.

Porque se isso acontecer, os livros serão o menor dos seus problemas.

— O que o faz pensar que vou fazer isso?

— Porque nós temos o vídeo. Um vídeo muito incriminador do assassino, nas docas, naquele

dia, há sete anos. Um homem que pode ser diretamente ligado a Slava. — Slava é a célula líder

d a Bratva no sul. — Agora, eu posso prometer que, enquanto todo mundo que eu conheço

permanecer seguro, este vídeo nunca virá à tona. Mas se...

O celular toca no meu bolso. Meu coração dá um salto. Deve haver algum problema. Um

bem grande. Todo mundo sabia claramente quando este número poderia ser usado: apenas em

último caso.

Meu estômago se contrai em um nó apertado.

Anahí .


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Autor(a): Erika Herrera

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Prévia do próximo capítulo

— Espere um pouco. Deve ser o meu contato para te mostrar uma prévia do vídeo. É um blefe. Só Miguel  viu o vídeo, que está gravado no telefone dele, não no meu. Ele fez uma cópia em um pen drive, que está em um lugar seguro, segundo ele. Mas isso me faz ganhar alguns minutos, que, pelo visto, eu pr ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 112



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  • franmarmentini♥ Postado em 30/04/2016 - 17:18:10

    cade vc???????

  • dessa_ponny Postado em 13/12/2015 - 17:50:02

    N vai postar mais não ? :(

  • franmarmentini♥ Postado em 10/09/2015 - 16:47:10

    OLÁAAAAAAAAAAAA AMORE ESTOU POSTANDO UMA FIC* TE ESPERO LÁ BJUS http://fanfics.com.br/fanfic/49177/em-nome-do-amor-anahi-e-alfonso

  • franmarmentini♥ Postado em 17/07/2015 - 11:11:12

    dios miooooooooooooooooooo ele disse que a ama :)

  • franmarmentini♥ Postado em 17/07/2015 - 09:48:28

    oq aconteceu com ela ;(

  • Mila Puente Herrera Postado em 19/06/2015 - 22:09:01

    Scrrrrrrrrrrrrr pftoooooooooos *-* Ixi Miguel tá quebrado :$ Postaaaaaaaaaaaaaaaaaaa <3

  • Mila Puente Herrera Postado em 18/06/2015 - 19:14:47

    Fuegoooooooooooooo adoroooooooo Postaaaaaaaaa <3

  • Mila Puente Herrera Postado em 16/06/2015 - 20:21:46

    Ixiiiiiiiii os dois quase matando o cara :$ , Affffffff a mãe da Anny é ridiculaaaaaaaa :@@@@@@ , Ainnnnn ela falou q ama ele ALFONSO DIZ Q AMA ELA LOGO :@@@@@@@ , quero só ver MyM Kkkkkkk Postaaaaaaaaaa <3

  • Mila Puente Herrera Postado em 15/06/2015 - 14:59:16

    Eita lascou :$ Dia de visitas? KKKKKKKKKKKKKKKKKKK Postaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa <3

  • Mila Puente Herrera Postado em 14/06/2015 - 23:38:57

    AINNNNNNNNNNNNN Ainda bem q pelo menos resgatou a Anny :/ Ainnnnnnnnnnnnn e a Mia cm o Miguel? O.o Postaaaaaaaaaaaaaaaaaaa <3


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