Fanfic: Besame | Tema: Valecamil

      E lá estava eu de novo. Em frente a casa dele. Pronta para bater na porta. Eu estava me sentindo culpada, estava arrasada por dentro, mais o maldito desejo corria em minhas veias e queimava cada uma de minhas células. Ajeitei meu cabelo passando a mão por ele mesmo e dei duas batidinhas na porta a minha frente. Um breve minuto se passou e logo breves passos já podiam ser escutados vindo em direção onde eu me encontrava totalmente insegura e ansiosa. 

      A porta foi aberta bem devagar revelando aos poucos o homem que estava atrás dela. O mesmo deu um sorriso largo quando me viu. 

- Pensei que não iria vim. - Me deu espaço e eu entrei tirando o casaco quente em seguida. 

- Eu disse que viria. - Minha voz era baixa quase inaudível. 

- É. Você disse. - Ele chegou mais perto de mim. Eu queria recuar, juro. Mas como fugir do homem que te leva a loucura, que faz a sua sanidade ir para o espaço em um piscar de olhos?

        Senti suas mãos quentes e macias envolvendo minha cintura, fechei os olhos apenas apreciando aquele simples mais deliciosa toque. 

 - Eu já estava com saudades. - Ele susurrou em meu ouvido e eu me arrepiei instantaneamente quando sua respiração quente bateu contra o meu pescoço. Respirei fundo e tentei me concentrar no verdadeiro motivo de eu estar ali. ]

       Jaime, eu...

  - Shiiu. - Ele me interrompeu. Passou sua língua quente e molhada em torno da pele do meu pescoço e logo deu uma mordidinha. Gemi baixo com aquele ato exitante e prazeroso. Eu sei que eu tinha que me manter firme e resistir as provocações dele, mas isso era realmente difícil para mim, ainda mais quando uma de suas mãos largou a minha cintura e foi parar em minha coxa apertando sem muito delicadeza.

- Eu sei que o Jaime sabia o motivo da minha ida até ali e ele está ciente de que eu sei disso. Ele queria me provar muitas coisas atráves daqueles toques, ele queria deixar marcas pelo meu corpo, ele simplesmente queria que eu aceitasse o fato de que ele precisa de mim assim como eu também preciso dele. Mas eu não posso. Mesmo que eu quisesse eu não posso. Não posso viver uma vida com o Jaime porque eu simplesmente tenho a minha própria vida, sou casada e tenho uma filha. Não. Não posso. Não vou fazer isso. Mas no fundo eu acho que sou uma completa idiota e consigo estragar com tudo por causa de uma paixão paranoica. 

       Meu corpo foi empurrado para uma parede solída que havia naquela sala, minha respiração estava ofegante e alguns fios de cabelo estavam espalhados pelo meu rosto. 

       Foi impossível segurar um gemido quando as mãos grandes do Jaime seguraram os meus seios ainda cobertos pelo plano da blusa. Ele o estimulava de um jeito tão delicioso e possessivo que por um momento desejei já estar sem toda aquelas roupas de frio em meu corpo.  

      Meu casaco de lã foi tirado do meu corpo e foi parar a pouco metros de distancia de onde nós dois estávamos. Toda a extensão de meu pescoço foi explorada por Jaime e os braços do mesmo estavam sendo arranhados por minhas longas unhas. O incrível era que mesmo com um frio congelante fora, Jaime insistia em usar camisetas que deixavam os seus braços musculosos totalmente expostos. 

       Os olhos de Jaime agora fitavam intensamente, eu estava com medo de encara-lo mais acabei fazendo isso. Seus olhos estavam em chamas, o fofo, o puro fogo de prazer e da sedução reinava em suas íris que agora estavam perfeitamente escuras. Seus lábios eram presos por seus dentes brancos e alinhados e sua barba por fazer o deixava com o rosto de um homem sério e maduro. 

       Senti sua respiração descompassada se misturar com a minha que estava do mesmo jeito. Seus lábios se roçaram com os meus e um calor súbito tomou posse do meu corpo. Foi ai que eu esqueci do verdadeiro motivo de eu estar ali, foi ai que eu esqueci a minha insegura, foi ai que eu me esqueci que estava prestes a ir pra cama com o meu hermano, o compadre da minha filha, ou melhor, o melhor amigo do meu marido. 

        Sem esperar por nada mais unir nossos lábios que ficavam perfeitamente colados un aos outors. Nossos olhos se mantinham fechados e as línguas trabalhavam em perfeita sintonia. As mãos de Jaime foram parar na barra da minha calça jeans brincando lá por um tempo e logo depois abrindo o zíper e a puxando para baixo. Suas mãos agarram a minha coxa esquerda e levou até sua cintura onde acariciou e a apertou com força. Arranhei sem dó sua nuca e optei por tirar sua camiseta que sinceramente já estava me deixando agoniada. Passei as mãos pelo seu peitoral e suspirei enquanto ele distribuía beijos pelo meu pescoço. Arrastei minhas unhas pelo seu abdômen e sorri ao vê-lo abafar seu curto gemido na curva do meu pescoço. 

        Em um movimento rápido, Jaime me pegou em seu colo e me colocou em cima do braço do sofá, com certeza não conseguiria chegar até o quarto. O beijo de Jaime me pegou de surpresa, por mais incrível que pareça esse beijo não foi selvagem e bruto como os outros, esse foi calmo e intenso, relaxante até. Enquanto me beijava suas mãos subiram lentamente na minha coxa até minha blusa desabotoando toda ela bem devagar. Aquilo estava sendo torturoso para mim, pois eu queria rapidez, eu precisava da agilidade.  

         Quando finalmente estava livre de minha blusa puxei Jaime pra mais perto fazendo-o se curvar e distribui vária mordidinhas e beijos molhados em seu pescoço, minha cintura era agrrada com força, as vezes até arranhada, pois Jaime fincava as unhas curtas em minha cintura e as arrastavam por ali. 

          Jaime se separou de mim e deu um passo para trás me analisando por completo. Por um instante fiquei confusa, mas mandei a confusão para as profundezas quando Jaime se aproximou novamente e se inclinou beijando o topo dos meus seios. Fechei os olhos e puxei o ar entre os dentes. O homem a minha frente passava sua língua pela grande parte a mostra de meus seios que o meu sutiã deixava exposto, as vezes ele dava pequenas mordidinhas e vários chupões. Sem aguentar mais as provocações eu mesma levei minhas mãos até o feche de meu sutiã e o abri revelando os meus seios que quase pularam para fora pelo fato do sutiã ser um pouco apertado. Jaime os contemplou com um sorriso sapeca nos labios e logo os atacou como um caçador agarra suas presas. Jaime chupava com força os bicos de meus seios que estavam completamente rígidos, ele os apertavam com uma força extremamente gostosa que me fazia jogar a cabeça para trás e gemer loucamente implorando por mais. As mãos de Jaime deslizavam pelo meu corpo e pararam na barra de minha calcinha, quase tive um treco quando a mesma foi rasgada, era a minha favorita, presente de meu marido. Fiquei tensa ao lembrar daquilo e logo um aperto surgiu em meu coração, esse que foi obrigado a mandar o grande aperto para longe quando Jaime introduziu dois de seus longos dedos em minha intimidade. Um grito de prazer foi arrancado do fundo de minha garganta. Seus dedos se movimentavam freneticamente dentro de mim, eu já podia sentir que eu estava encharcada e o sorriso nos lábios do Jaime provava que eu estava certa. O polegar de Jaime entrou em contato com o clitóris e eu não contive o grito que queria sair, gritei em alto e bom som para quem quisesse ouvir.  

          Jaime se abaixou em minha frente e eu suspirei só de pensar no que viria a seguir. Mordi com força os meus lábios quando sentir sua língua brincar com os grandes lábios de minha intimidade. Ele mordia e os chupava, depois passava levemente sua língua em minha entrada fazendo pequenos movimentos em círculos. Quando eu ia abrir a boca para pedir que ele parasse com a tortura finalmente sentir sua língua me penetrar. Gemi com aquilo. Segurei nos cabelos de Jaime e o puxei para mais perto fazendo assim, ele penetrar ainda mais sua língua dentro de mim. Ele movimentava sua língua para cima e para baixo e as vezes chupava o meu clitóris. Meus gemigos eram altos e aumentaram ainda quando dois dedos foram levados até minha intimidade inchada e pulsante. Aquilo estava sendo demais para mim, espasmos já estava sendo espalhados por meu corpo e eu quase tive um ataque quando Jaime parou com tudo. Ele sorriu malicioso para mim e se levantou me dando a maravilhosa excitante visão de seu membro dentro daquela calça apertada. Sorri também maliciosa e levei minhas mãos até o zíper de sua calça, lentamente abri e a puxei para baixo, fiz isso todo olhando profundamente em seus olhos.  

          Toco seu membro por cima da broxer e pude ouvi-lo respirar fundo, fiz movimentos circularem com a ponta do meu polegar e o apertei com força ouvindo um grito reprimido sair da garganta de Jaime. Tentei disfarçar um sorriso mais a satisfação falou mais alto e eu deixei um sorriso galante surgir em meus lábios.   

          Tirei sua boxer sem pressa e envolvi cuidadosamente o seu membro pulsante. Comecei com movimentos lentos e calmos e fui aumentando conforme os seus gemidos iam ficando mais altos. Sem aviso prévio enfiei minha boca em seu membro arrancando um grito de prazer da boca de Jaime. Chipei com um pouco de força e passei a língua em sua glandes. Jaime segurou minha cabeça e movimentou a mesma do jeito que queria e só para provocar eu dei uma mordidinha na cabeça do seu pênis, o que quase provocou o seu orgasmo, pois as mãos dele se afrouxaram de me cabelo e uma pequena gota de líquido branco escorreu por entre seu membro. 

 - Oh meu Deus - Apertou os olhos com força e depois os abriu rapidamente - Você quer me matar é? - Não respondi, apenas sorri sapeca e mordi os lábios para provoca-lo ainda mais. Jaime balançou a cabeça negativamente e me beijou ferozmente, suas mmãos agarram os meus seios novamente e os apertaram com força sem se preocupar se iria me machucar ou não. Gemi quando os bicos foram amassados por seus dedos e puxados logo depois.  

- Acaba logo com isso Jaime - Choraminguei

- Fique quieta e apenas gema quando for necessário - Me arrepiei ao perceber que Jaime tinha se tornado um dominador sexual  - Seja uma submissa obediente Angie. 

           Seus dedo brincaram novamente com a minha entrada e logo me penetraram profundamente, segurei um gemido quando percebi que aquilo foi só para me provocar, pois logo os seus dedos saíram de dentro de mim e foram parar em sua boca. 

- Gostosa - Passou a mão sobre o vale de meus seios.    - Você está completamente praparada para me receber.  

            Jaime segurou seu membro com uma de suas mãos e fez movimentos como se estivesse se masturbando, separou ainda mais minhas pernas e se aproximou de mim me penetrando logo em seguida. Os gemidos foram abafados por um beijo que Jaime me deu, ele se movimentava rapidamente, em movimento de vai e vem frenético. Eu segurava em sua nuca e ele segurava em minha cintura e quando percebemos que aquela posição já estava ficando desconfortável, Jaime me tirou de cima do braço do sofá, me virou e me colocar de frente para o mesmo fazendo eu me empinar quase que espontaneamente. Ambos gritamos quando Jaime penetrou ráopida e profundamente em mim atingindo com facilidade o meu ponto G. Uma mão de Jaime segurava fortemente minha cintura e a outra o braço do sofá para ganhar impulso. As vezes ele variava entre colocar as mãos em minha cintura, seis, ou em minha intimidade. Quando Jaime conseguiu me penetrar mais profundamente deixei o meu corpo cair por cima do sofá e me permiti gozar. Jaime segurou minha cintura com as duas mão e empinou minha bunda para que ele pudesse continuar estocando. Seu membro estava mais escorregadio por causa do meu orgasmo e isso facilitava a entrada mais profunda de seu membro em minha intimidade agora sensível. Depois de várias estocadas Jaime caiu sobre mim.

             Ficamos por um tempo assim sem falar nada, apenas ouvindo a respiração uns dos outros. Não falávamos uma palavra, para quê falar? Tudo o que tínhamos para falar foi falado e expressado no sexo que acabara de acontecer. Pena que eu estava errada. Respirei fundo quando Jaime saiu de cima de mim e colocou sua boxer preta. Peguei minha blusa que estava perto do sofá e a coloquei abotoando botão por botão e deixando dos dois primeiros desbotoados. Olhei para Jaime e o mesmo estava me observando. Terminei de vestir o resto da minha roupa e sentei no sofá o olhando novamente.

 - Se quer falar alguma coisa esse é o momento - Cruzou os braços

- Não banque uma de durão Jaime, porque nós dois sabemos que você não é - Falei tranquilamente e vi a expressão madura dele murchar. Jaime olhou ternamente para mim e se sentou ao meu lado.    - Jaime eu tenho que te contar uma coisa e... 

 - Antes que você fale pense bem. Nós podemos fugir e você sabe disso, eu sempre te propus isso e você nunca aceitou, então...   - Ele segurou minhas mãos e mesmo sem querer fui obrigada a escarar seus olhos que pareciam estar desesperados. - Por favor, pense bem... Por favor 

- Eu não posso Jaime - Larguei suas mãos e me levantei. Lágrimas já escorriam pelo meu rosto.

- E porque você não pode Angie? - Ele praticamente gritou e e também se levantou. 

- Porque... - Engoli em seco e encarei o chão. Me esforcei para minha voz não sair baixa - Porque eu estou grávida. 

         Não tive coragem de levantar a cabeça para olha-lo, mais tirei forças do além e realizei esse ato. 

 - Vo-Você o que? - Seus olhos estavam arregalados e uma lágrima escorreu de seu olho esquerdo. Ele balançou a cabeça em forma de negação.  - Isso é mentira! Pelo amor de Deus diga para mim que isso é mentira, que você só está de broma com a minha cara. 

          Meus olhos ardiam em ver ele se aproximar de mim. Fez um medo congelante tomar posse do meu corpo. Recuei para trás.

 - Eu queria poder te dizer isso Jaime - Solucei - Mais não posso. 

           Jaime me empresou na parece e socou a mesma me fazendo pular de susto. Ele me encarou e eu vi que lágrimas inundavam sua face. 

- Por favor - Ele sussurrou colando nossas testas. - Por favor, diga que é mentira - Ele roçou nossos lábios - Por favor... 

           Meu coração estava doendo, eu sentia que a qualquer momento eu poderia cair morta naquele chão. Jaime percebeu a minha inquietação e respirou fundo se afastando de mim e passando as mãos no cabelo os bagunçando. 

 - Ele já sabe? - Olhei para ele confusa - Seu marido já sabe sobre a gravidez? - Balancei a cabeça negativamente. 

 - Você foi o primeiro - Falei baixo e ele soltou um risinho nasalar. Estava de deboche. 

 - Nossa eu me sinto lisonjeado - Por um instante Jaime mordeu os lábios e pareceu pensar em algo. - Eu posso cuidar do seu filho.

- Meu coração disparou naquele momento e juro que desejei nunca ter existido. - Vamos Angie, eu posso cuidar de você e do seu filho, eu posso criar ele como se fosse meu - Ele se aproximou novamente e tomou os meus lábios em um beijo demorado, quente, intenso, saboroso, calmo e com o gosto de despedida.

- Acho que isso é um adeus Jaime - Falei quando nos separamos. Jaime respirou fundo e assentiu com a cabeça.

- Eu desejo toda a sorte do mundo para você e para o meu amigo e principalmente para essa criança que vai nascer.  - Ele olha brevemente para a minha barriga.  

- Obrigada - Sussurei.  - Por tudo...  - O olhei pela última vez e me virei abrindo a porta e obrigando o meu corpo passar pela mesma. 

        Assim que a porta foi fechada eu me enconstei nela e me permiti escorregar até cair sentada no chão. Eu sabia que ele também estava ali atrás do mesmo jeito que eu e a maior vontade era voltar para dentro daquela casa, abraça-lo fortemente e dizer que nós poderíamos ficar juntos porque o filho que eu estou esperando é dele.  Sim, a criança que eu estou carregando em meu ventre é do Jaime. Mais eu sinto que tudo isso que eu fiz foi o certo. Eu posso até perder o Jaime, mais eu sei que eu sempre vou ter um pedacinho dele comigo para onde quer que eu for, e instantaneamente minhas mãos foram parar em minha barriga. 

         .... 

As vezes temos que abrir a mão do que nos é mais precioso para podemos seguir em frente. Pense nas pessoas importantes que já passaram por sua vida e hoje não estão mais nela. Hoje para você isso pode ser irrelevante mais se ele um dia fez parte da sua vida é porque ela tem algum valor para você. Olhe para si mesmo e perceba que em algum lugar de seu ser tem um pedacinho especial de uma pessoa essencial.