Fanfic: Você é o meu destino AyA | Tema: AyA,

Tisha ficou no quarto com eles, queria ficar por perto caso Anahí precisasse, viu os primeiros sinais de dores aparecer e com a experiencia que tinha conseguia acalmar a filha. Marta demorou mais que esperado para chegar e quando entrou no quarto Anahí já tinha contrações fortes, choramingava enquanto apertava a mão do marido que não saiu do lado dela desde que chegaram ali. Marta examinou-a constatando que a dilatação ainda era pouca, mas sabia que pelo andar das contrações não levaria muito tempo até ter a dilatação completa.

Longas seis horas se passaram, já era mais de uma hora da madruga e Anahí ainda sofria no quarto, faltava pouco mas para ela parecia que aquilo nunca teria fim, chorava baixinho, se agarrando ao lençol a cada contração que vinha, agonizando. Alfonso se sentia impotente, estava sofrendo com ela, a cada gemido de dor ele gemia com ela, agoniado, se sentindo culpado. Dava pena olhar para ela, o rosto e os lábios não tinham cor, o cabelo estava um pouco despenteado de tanto que ela se contorcia na cama, e as lágrima se misturavam com o suor, Tisha secava o suor da testa da filha com uma toalha.

Anahí: Eu quero água. – pediu assim que a contração passou. A enfermeira que verificava o andamento das contracções olhou para ela sensibilizada.

Enfermeira: Você não pode beber água agora querida.

Anahí: Mas eu tenho sede. – choramingou, sentia a garganta tão seca que chegava a doer. Alfonso olhava pra ela quieto, era sofrimento demais pra uma única pessoa aguentar. Tisha já experiente buscou um copo com água e molhou um pedaço de algodão levando até aos lábios da filha humedecendo-os, seria o mais próximo que ela chegaria da água nas próximas horas. Alfonso agoniado de ver a mulher naquele estado saiu do quarto. Os olhos transbordavam de lágrimas, se sentia um inútil vendo a mulher naquele sofrimento todo e ele nada podia fazer. Ficou encostado na parede, ao lado da porta, escutando os gemidos dela. Teve que sair de lá por um tempo, já não estava aguentando ver todo aquele processo, todo aquele sofrimento, pensou que seria mais fácil.

Ruth que havia saído da sala de espera para tomar café, viu o filho de longe quando estava voltando para perto dos outros. Ainda não o tinha visto desde havia chego ao hospital, aliás não o via já há alguns dias, desde a discussão eles pouco se falaram, apenas quando ela passava na joalheria, nem mesmo almoçar com ela e o pai o filho ia mais, se negava a ficar no mesmo local que a mãe, estava cansado de brigar e sabia que ela iria falar demais e ele iria revidar dando ainda mais confusão. Resolveu ir até o filho, queria saber da nora.

Ruth: Filho. – chamou baixo e ele levantou o rosto olhando para mãe, o rosto molhado pelas lágrimas que teimavam em cair. – Porque está chorando Alfonso? Está tudo bem com Anahí? – se preocupou ao ver o filho abatido daquela forma.

Alfonso: Ela está sofrendo tanto mãe. – desabafou com a voz tremula, Ruth sentiu pena, se aproximou dele e o abraçou, tendo como ‘música’ de fundo os gemidos de dor da nora que chegavam facilmente ao corredor. Alfonso deixou-se ser abraçado, precisava de apoio, por mais que estivesse com raiva jamais renegaria um abraço da mãe.

Ruth: Oh meu filho. – se separou o encarando. – É mesmo assim. – levou a mão ao rosto dele, secando as lágrimas. – Mas já já vai acabar você vai ver… vem. – o puxou para sentar em uns bancos que estavam no fim do corredor, próximo a sala de espera. – Parto normal é assim mesmo, ainda mais sendo dois bebês… mas ela é forte. – sorriu passando força pra ele.