Fanfic: Na cama com o Diabo adaptada AyA Finalizada | Tema: AyA, Hot, Romance,Vingança

Sua filha se deteve e a olhou.
—Sim, mãe, é um bom marido.
Lady Catherine intuiu que lhe ocultava algo.
—Entretanto te manteve encerrada em sua propriedade em vez de te trazer para sua casa essa noite, e não nos convidou à festa de casamento em Manfred. OH, sim, soube que convidou a seus parentes amigos e todos comentaram nossa ausência acreditando que não tínhamos querido assistir. É obvio que isso era mentira.— agora lady Catherine se mostrava ressentida olhando a seu genro à distância, vendo correr como diabólico com outros cavalheiros.
—Mãe, o lamento… Mas ele estava aborrecido porque me tinha prometido ao reverendo e acreditou que vocês se oporiam.
—Bom, devo admitir que me preocupei, pois mal se prometeu com o reverendo te casasse depressa com esse lorde.
Sua mãe nunca o entenderia nem ela poderia lhe confessar o ocorrido, teria se horrorizado. Melhor que acreditasse que tinha sido “outra fuga romântica” dessa jovem insensata.
Alfonso retornou com o grupo para o almoço, seu olhar a buscou e a encontrou falando com um jovem a quem não conhecia. Seus olhos jogavam faíscas pelo ciúmes, não suportava que nenhum homem lhe aproximasse sequer para conversar com ela.
Anahi o viu e sorriu, mas Alfonso não sorria, olhava a esse jovem como se desejasse lhe matar.
A reunião perdeu seu encanto, seu marido só se animou quando partiram no meio da tarde.
—Bom, agora sua mãe estará agradada e seus parentes também lady Windsbrough — disse sombrio durante a viagem de volta.
—Não as convidou ao casamento, minha mãe se ofendeu e minhas irmãs perguntaram… O reverendo William foi me buscar, ou seja o ocorrido — explodiu Sophie.
—OH, sim seu pobre apaixonado pároco… Se teria divertido muito em sua companhia, não o duvido.
—Sir Alfonso, é minha família. Deve você convidá-los a Manfred.
—Fá-lo-ei mais adiante, em realidade não me agrada dar festas sabe? Desfrutei mais ao raptá-la e estar a sós com você que antes que tinha a casa cheia de convidados. 
Anahi nunca entenderia por que demônios não a deixava sair sozinha, por que devia contar com sua autorização. Todas as damas casadas tinham liberdade de sair sozinhas exceto ela.
Entretanto havia certos olhares intensos de Alfonso para ela que Anahi não percebia. O ódio que tanto tinha perdurado esses anos começava a esfriar-se, a desaparecer sem que se desse conta e agora que a tinha perto muito mais.
Não era uma jovem caprichosa nem soberba, estava acostumada a escutar mais que falar e suas maneiras eram deliciosas. Por momentos recordava a quão jovem o tinha cativado anos atrás e então podia recordar o amor ardente que tinha mantido tanto tempo, escondido em seu ódio e em sua sede de vingança.
Alfonso estava sentindo a esse amor, por mais que nunca o dissesse. E seus encontros seguiam sendo tão apaixonados como sempre. Só que agora a satisfação chegava muito mais rápido e já não devia lhe fazer amor tantas vezes na noite. Ao despertá-la, ao lhe ensinar os caminhos do gozo sensual e lhe explicar que devia mover sua púbis e seguir seu movimento tinha aumentado seu deleite e também intensificado seu prazer. Sentia-se orgulhoso de ter sido ele quem lhe arrancasse o primeiro gemido e a fizesse sentir seu primeiro orgasmo. Uma companheira apaixonada era o melhor que podia ter um homem, e era além disso, a mulher que amava…
Anahi se entregava a seus jogos sem resistir, ansiosa de aprender, de experimentar novas sensações.
Entretanto essa noite  não se sentia bem e parecia triste, e não quis que a tocasse.
—O que lhe ocorre lady Anahi? —perguntou beijando lentamente seu decote.
—OH, detenha-se, por favor, você não me ama e não entregarei a você esta noite.
Sua inesperada declaração lhe provocou surpresa.
—Sabe que não pode negar-se a mim…
—Bom, pode me forçar se quiser, será uma experiência diferente e lhe provocará o mesmo prazer me temo—continuou ela desafiante.
Que diabos ocorria a sua preciosa esposa? Acaso desejava lhe provocar a praticar um jogo novo?
—Não seja tola, nunca a machuquei nem o faria agora. Não se negue para mim, deseja-o tanto como eu… Se converteu em uma amante tenra e apaixonada.
—Mas esta noite será diferente, estou farta de que tome e me faça o que quer sempre, não me dá nem uma pausa — se queixou.
Tinha razão, todas as noites faziam amor e não a deixava dormir até entrada da madrugada.
Embora seus encontros sempre fossem distintos, apaixonados, intensos…
—E o que devo fazer para que ceda a meus desejos preciosa? — perguntou o cavalheiro a seu ouvido enquanto sustentava sua cintura contra seu peito forte.
Ela o olhou sorridente.
—Deve me dizer que me ama sir Alfonso, se o fizer, serei sua toda a noite.
Esse pedido era inesperado e ele demorou em lhe responder.
—Você me ama lady Anahi? — perguntou.
Essa pergunta a indignou.
—Você sabe a resposta sir Alfonso, claro que sabe.
—Mas nunca me disse.
—Sim, o amo Alfonso, amo-o com toda a alma e quero me entregar a você sabendo que ao menos me quer um pouco e não o faz para saciar seu desejo imperioso de me ter e me deixar grávida.
Suas palavras lhe provocaram uma emoção intensa. Agora entendia muitas coisas, o porquê respondia a suas carícias e o abraçava e beijava não só em seus momentos íntimos. Sabia, fazia tempo que sabia, mas o medo tinha impedido que meditasse no assunto com calma.
Atraiu-a devagar e a beijou uma e outra vez com ardor.
—Não me dirá isso, não me ama você nem um pouco?—perguntou.
Ele a levou a cama e começou a despi-la, a cobri-la de carícias sem que pudesse resistir mais tempo, sempre era assim. Só que esta vez a posse feroz foi mais rápida, como se temesse que ela se negasse. Não pôde escapar nem o tentou, seu membro entrou com ferocidade lhe arrancando um gemido, enchendo-a de novo, feroz, faminto, ansioso de possuí-la, de entrar em seu corpo e fundir-se nele, roçando-a uma e outra vez com um ritmo louco e violento sem deter-se até fazê-la estremecer de prazer, sem deter-se até obter sua satisfação.
Sua pele ardia, seu coração pulsava acelerado e no momento de êxtase a abraçou com ternura e beijou seus lábios  e a olhou. OH, ela o amava, o havia dito, e podia senti-lo em seus braços, na forma em que se rendia a ele.
Mas sua preciosa esposa chorava, e não derramava lágrimas de emoção, estava triste e logo explodiu em soluços pensando que ele não a amava e nunca o amaria. Que nunca lhe perdoaria seu abandono.
—Tranquila Anahi, o que tem preciosa? Por que chora?—perguntou Alfonso acariciando suas bochechas desconcertado.
Ela não respondeu e se estendeu na cama, ferida e furiosa, e ele a deixou nesse estado e pensou que devia ser uma manha de criança de sua mulher. Em algumas ocasiões se voltava muito infantil.
Cobriu-a com a manta e com seu corpo, OH, dormiria em seus braços como sempre o fazia, não aceitaria que fosse diferente. Anahi secou suas lágrimas e adormeceu pouco depois sentindo o calor desse peito forte e apaixonado.