Fanfic: Na cama com o Diabo adaptada AyA Finalizada | Tema: AyA, Hot, Romance,Vingança

Anahi estava assustada. 

Tinha notado que alguém a seguia cada vez que saía de sua casa. Nunca saía sozinha é obvio, exceto quando ia à casa de seu amiga Meg mas começou a espaçar suas visitas.
Era como se intuísse que algo mal ia acontecer e sabia que tinha que ver com esse cavalheiro a quem tinha abandonado para fugir com George.
E em meio de sua angústia sua mãe convidou ao reverendo para almoçar e não deixou de lhe dizer que vantajoso seria seu casamento.
—Se tão só fosse mais amável com ele querida…—lhe advertiu antes do jantar.
—OH, mãe não sei se seja boa ideia—disse.
Sua mãe perdeu a paciência.
—Deixa de procurar problemas filha, aceita ao reverendo ou ficará para vestir Santos. A juventude passará e logo, não terá a nenhum cavalheiro ansioso de casar-se contigo. É jovem e bonita, e seu casamento foi anulado. É como se não tivesse casado.
Anahi tragou saliva, em ocasiões pensava no George, como teria sido sua vida logo depois dessa experiência tão funesta? Porque ele sim estava triste por sua partida, seu abandono. E tinha tentado consumar seu casamento e apanhá-la com seu pau...
Ruborizou-se ao recordar as vezes que se aproximou e tentou convertê-la em sua esposa. Era tão jovem e atordoada. Não estava preparada então mas agora… Talvez o reverendo fosse uma boa ideia.
—Mãe, ele não me tem feito nenhuma insinuação ainda. —disse ao fim.
Entretanto esse homem bom e pormenorizado a estava conquistando lentamente e quando dias depois lhe falou de seus sentimentos tomando suas mãos se sentiu muito mal ao ter que lhe recusar lhe dizendo que necessitava tempo porque estava confundida.
O reverendo em vez de ofender entendeu e até teve certa esperança a respeito, pensando que se insistia essa encantadora dama o aceitaria.  Tanto tempo a tinha amado em silêncio e logo depois de sua fuga romântica, foi o único que a defendeu em vez de criticá-la sem piedade. E agora que tinha retornado sabia que todos se referiam a ela como a ovelha negra de Hampshire.
Anahi ficou pensando na proposta do reverendo.  Necessitava um marido, se algo ocorria a sua mãe ficaria sozinha, suas irmãs se casaram e nunca  lhe tinham perdoado sua fuga amalucada de juventude.  Apesar de ter feito muito bons casamentos, guardavam-lhe rancor e sabia que se sua mãe morria não teria a ninguém.
Seus tios e primos tampouco sentiam afeto por essa jovem desencaminhada.
Devia casar-se, e esse jovem a amava, com um amor apaixonado, mas tranquilo, tinha um temperamento amável e com o tempo poderia chegar a lhe querer. E já não temeria entregar-se a ele nem temia que fora doloroso.
Estavam acostumados a conversar animadamente e reconhecia no jovem um homem íntegro, cortês e agradável, era muito querido no condado. Seu pai tinha sido reverendo e todos o recordavam com afeto e gratidão.
Devia lhe aceitar, ou terminaria casando-se com um homem comum, ou com um lorde frio e cruel. Ou talvez terminasse como respeitável senhorita, de dama de companhia de uma anciã de mau caráter.
Entretanto não o fez, por uma razão incompreensível decidiu demorar o assunto.
E um dia de frio e chuva o mordomo lhe avisou que tinha uma carta.
Acreditou que seria de seu amiga Meg, era a única que lhe escrevia, mas se equivocava. Não era Meg, era uma carta anônima e maligna que dizia:
“Chegou uma carta a minhas mãos de sua irmã Theresa dirigida a um jovem oficial chamado Wallace. A missiva é simplesmente sentimental e romântica e muito recente. Pergunto-me o que pensaria seu cunhado se esta carta chegasse a suas mãos.
Bom, ao parecer em sua família escasseiam as mulheres sensatas, senhorita Bradley.”
Não dizia mais que isso.
Theresa, Wallace… Tinha estado ausente tanto tempo que desconhecia por completo esse deslize de sua irmã. Seria capaz de trair a seu marido com um oficial? Existia alguém tão tola, mais tola que ela nessa família?
Teria gostado de perguntar a sua mãe, mas sabia que isso era impossível. Então…
Seria uma brincadeira? Quem lhe escreveria essa carta e por quê?
Não podia ser alguém próximo a sua irmã, nem ao oficial.
Contemplou a carta e decidiu interrogar ao mordomo.
—Sabe você quem enviou esta carta Adams?
O homem tossiu nervoso.
—Não sei lady Anahi, aguarde irei averiguar.
Ninguém sabia com certeza se foi um mensageiro quem a trouxe ou o servo de algum cavalheiro. A carta chegou a sua casa e a suas mãos, por desgraça. Teria preferido não recebê-la.
Alguém desejava fazer dano a sua irmã e esperaria ter algum benefício com a chantagem. Algum oficial pobre?
Melhor seria desfazer-se dessa carta rapidamente e o fez.
Tratar-se-ia de uma brincadeira funesta?
Não o era.
Recebeu mais duas anônimos a semana entrante, muito mais ameaçador que o anterior, citando-a para Greenston Park Abey, uma abadia abandonada.
Devia ir sozinha e não mencionar a ninguém aonde ia. Isso dizia o último anônimo.
Não dizia que levasse joias ou dinheiro, só que fosse só sem criados nem servos.
Esperava esse sujo chantagista que fosse tão tola de ir a esse lugar abandonado sem criados?
Esse assunto não lhe caia bem. Não tinha com quem conversar a respeito. Sua irmã Theresa vivia longe e não estavam acostumadas a ver-se. Seu amiga Meg… Não podia mencionar esse deslize, temia que fosse verdade e além disso…
Tinha medo. Intuía a maldade através dessas linhas, e o anseia de fazer dano a sua família e a ela.