Fanfic: Duas faces | Tema: Herroni

- Não é isso. – começou a dizer ela mirando-me nos olhos. – Há muitas coisas, entre elas o meu emprego que é à noite. E este horário é o único que eu poderia, pois pela manhã e a tarde estou na Universidade. – explicou.

- Trabalha no sábado, então?

- Sim, com certeza.

- Mas e o Domingo? – questionei incrédulo. – Domingo é dia de família, de descanso. Trabalha também?

Ela deu um sorriso, lindo como eu havia imaginado. – Pode acreditar Sr. Herrera. Dia de domingo também.

Arregalei meus olhos espantado. – Meu Deus! Onde você trabalha?

- Ah... – Maite hesitou. – Em um Hospital.

- Está falando serio? – fitei-a desconfiado. – Já disse que não quer sair comigo é só dar o fora na lata.

- Estou falando serio. E para provar isso me dê seu telefone, posso falar com meu chefe e talvez arranjar um dia livre.

Sorri. – Ah sim entendi... – murmurei compreendendo, na verdade ela queria meu telefone. No bolso de meu terno peguei o meu cartão. – Aqui está. – entreguei-a. – Aí se encontra o telefone da minha sala na empresa, da minha secretária, da minha casa e o meu celular. Não tem como não me achar.

- Certo. – Maite sorriu timidamente.

- Ficarei esperando sua ligação ansiosamente, fique sabendo. – sorri.

Ela desviou o olhar do meu, estava corando.

- Tchau Sr. Herrera. – despediu-se.

Ri. – Até qualquer dia Srta. Perroni.

E assim ela saiu pela porta da cafeteria.

Pov Maite

O tempo passou. Mais precisamente um mês e hoje era o primeiro dia meu e de Christian na Universidade. Finalmente tínhamos conseguido o nosso objetivo.

- Como está indo sua primeira aula aqui morena? – perguntou ele enquanto íamos em direção à saída, pois era hora do nosso intervalo. O único tempo que tínhamos para descansar, conversar e comer algo.

Sorri encantada. – Muito bem, melhor impossível. E a sua?

- Bem também. Na minha sala tem cada bofe, mas não sei se eles gostam da mesma fruta que eu. – suspirou tristonho.

Ri. – Só você mesmo Chris!

- Fazer o que? Eu sou assim! – ele deu de ombros rindo.

- Escuta, vou ver se compro pelo menos um café ali na cafeteria. Você vem?

- Não estou muito afim não. Na verdade acho que vou tirar uma soneca debaixo naquela arvore ali. – disse mostrando-me a mesma.

Rolei os olhos. – Ok então.

Então comecei a caminhar. A cafeteria a qual eu tinha falado era logo ali na esquina.  Andei alguns metros e já estava entrando na mesma. Fui ao balcão pedi o meu café e um para o ingrato do Christian e os paguei.

Sentei-me a espera e logo o garçom trouxe os dois pedidos. Enquanto bebia meu café expresso fitava ao lado de fora, o movimento da rua – já que o lugar era revestido por vidro – o movimento era constante. Terminei, e quando estava saindo sem querer acabei trombando em alguém – na verdade não sei quem trombou em quem – só sei que derramei o café de Christian na camisa do tal cara, que nem pude ver o rosto, estava muito nervosa, além de muito envergonhada. Odiava quando isso acontecia comigo.

- Ai meu Deus, me desculpe... – comecei a me desculpar, minha voz estava tremula. Carregada por tensão. Quando levantei as minhas vistas parei de falar. Surpreendi e o medo tomou conta de meu ser ao ver que o tal cara era na verdade Alfonso Herrera Rodríguez! O mesmo ricaço escroto da boate. Ele me fitava de uma maneira intensa que na verdade me incomodou muito. 

E aí meninas, o que acharam do encontro Herroni?