Fanfic: Dê Uma Chance ao Amor – Miguel y Lupita | Tema: Herroni

Verdade sueno surreal, nem existe mais frio kkkkk e como sempre capitulo dedicados a vc, flor *-*

Não sabíamos como terminar esse “momento” e nem sabíamos o que dizer um para o outro.

- Bom... – começou ele limpando a garganta em seguida, pois sua voz saiu estranha. Carregada de sentimentos ou diria desejo?

Afastei esses pensamentos de minha cabeça.

- Vou pegar minhas coisas – ele se aproximou de mim.

As outras pessoas ainda saiam de ônibus, por isso não éramos o centro das atenções.

Miguel se aproximou de mim, mas ao contrario do que disse que iria fazer, que era pegar suas coisas ele ficou frente a frente de mim. Fitava-me tão intensamente que me fez estremecer dos pés à cabeça. Vi ele engolir em seco e em seguida passou suas mãos ao redor de minha cintura.

- Eu... – tentei dizer, mas minha voz não saia.

Miguel me fitava com muita intensidade, seus olhos esverdeados brilhavam de uma maneira indescritível. Seus lábios estavam curvados em um sorriso, lindo e sincero, genuíno. Totalmente paralisada observei ele acariciar meus cabelos e coloca-los de trás de minha orelha, de uma maneira tão delicada que fez meu coração saltar, palpitar fortemente. Ofeguei, e mantive meus olhos ligados aos seus. Era como um frenesi, eu não podia evitar. Meu rosto queimou, de novo e de novo.

- Eu... Não estou entendendo... – murmurei quase sem ar dando alguns passos para trás. Dando-nos algum espaço, para que não fizesse besteira.

- Acredite; Nem eu – disse ele, sua voz saiu estranha.

O fitei novamente e agora seu sorriso havia desaparecido. Dando lugar apenas ao seu semblante preocupado.

Mordi meu lábio inferior. Se eu continuasse a fazer isso, sabia muito bem que acabaria o arrancando logo, logo.

Miguel desviou o olhar do meu e tragou a saliva.

- Me desculpe por agir assim... – disse ele com hesitação. – Me desculpe se... Se te desrespeitei... Eu não sei o que está acontecendo comigo... – em seguida ele pegou suas coisas e saiu sem olhar para trás.

Fiquei parada ali, sem saber o que fazer, pois nem ao menos tinha compreendido o que tinha acontecido ali.

- Lupita, - escutei a voz de Santos soar. Virei-me e me deparei com ele a milímetros de mim. – O que tanto conversava com o Miguel? – questionou ele contrariado.

Engoli em seco. – Nada... Por quê?

- Vocês... Vocês estavam muito juntos... Muito estranhos, não paravam de se olhar... Pode me explicar? – sua expressão ficou mais dura.

Desviei o meu olhar de seus olhos verdes, que pareciam tanto com os de Miguel. – Isso é impressão sua Santos... – peguei minhas coisas, queria sair dali o mais rápido possível.

Em seguida ele segurou meu braço de uma maneira que não me machucou, mas transmitiu toda a sua fúria.

- Lupita... – Santos murmurou mais calmo. Em seus olhos haviam angustia. – Me desculpe. Não é minha intenção agir assim, como um tolo, mas tente me entender... Eu te amo, e cada vez parece que está mais distante de mim... – suspirou. – Tem muitas coisas contra nos... Primeiramente a volta do Nico, você não sabem quem escolher e já tem quase ou mais de um mês que você pediu tempo para pensar Lupita! E agora chega esse garoto, vocês não desgrudam mais!

- Santos para! – alterei-me. – O Miguel é só um amigo. Ele é irmão da Roberta, é natural que estejamos perto um do outro sempre, ainda mais por ele ser novo aqui. Enquanto a escolha, eu pedi tempo e tempo é tempo! Eu quem sei se está bom ou não! E eu digo que não estou preparada ainda, não sei minha escolha. Droga! – bufei.

Ele suspirou. – Ok, me desculpe. Não quero te pressionar... Já disse... – pausou. – Te darei o tempo que precisar – sorriu de canto e beijou minha testa.

Abracei-o e quando fiz isso vi pela janela do ônibus ao lado de fora Miguel, ele estava com sua mochila nas costas e me olhava ao longe. Quando nossos olhares se encontraram ele logo desviou e se foi apressado.

Meu Deus... O que está acontecendo comigo? Por que me sinto assim com Miguel? E cada vez que ele me olha com aquela cara meu coração dispara de uma maneira que não sei explicar.

Soltei-me de Santos que sorriu, fiz o mesmo gesto, só que de uma maneira não tão natural.

- Então... Vamos? – ele sugeriu.

Assenti. – Sim... Vamos sim... – coloquei minha bagagem de rodinhas no chão e entrelaçamos nossas mãos e juntos saímos do ônibus.