Fanfic: Dê Uma Chance ao Amor – Miguel y Lupita | Tema: Herroni

Realmente senosurreal, o Miguel meio que já sentiu algo pelo Lupi *-* Gracias por sempre comentar em minhas fics, capítulos dedicados a vc =D

[...]

Despertei zonzo, via tudo embaçado. Meu corpo doía, eu definitivamente não estava bem. Quando terminei de abrir meus olhos por completo mirei o céu escuro, pois estava deitado no chão, constatei ao sentir a textura com os dedos. Levantei-me cambaleando um pouco, meu corpo estava totalmente leve... Isso estava estranho... Era uma sensação estranha...

Olhei ao redor e vi tumulto. Uma ambulância, um corpo sendo levado na maca, corpo de bombeiros apagando o fogo de uma carreta e quando olhei para trás vi o meu carro todo amassado e eu no chão... Mas como assim? Como eu poderia estar em dois lugares ao mesmo tempo?

Meus pulmões começaram a ficar sem ar... Tudo agora rodava, nada mais fazia sentido... Mirei novamente o meu corpo caído no asfalto, todo ensanguentado, retorcido... Olhei para os céus ofegante, com meu coração acelerado...

- Que merda está acontecendo aqui? – gritei desesperado.

E claro, não obtive resposta alguma. Em seguida o corpo de bombeiros pegaram o meu corpo desfalecido e o colocaram numa maca. Eu via aquela cena incrédulo, atônico... Sem saber o que fazer.

- Deus... – murmurei com os olhos umedecidos e me deixei cair de joelhos no asfalto. Totalmente confuso e sem rumo.

***

Despertei assustado com um barulho de despertador ecoando em minha mente. Por instinto desliguei o mesmo e sentei-me na minha cama, estava ofegante... Isso quer dizer que tudo não passou de um sonho? Ou melhor, de um pesadelo?  Meus pensamentos foram interrompidos quando olhei ao redor e notei que esse quarto... Bom, esse quarto não era o MEU. Que merda estava acontecendo aqui? O quarto na certa seria de um adolescente de 18 anos, era juvenil demais!

Olhei para mim mesmo. Estava vestido com uma calça moletom cinza e uma camiseta azul escura. Era um pijama, na verdade.

- Meu Deus... Onde estou? – indaguei choroso.

Gelei quando a porta do “meu” quarto foi aberta abruptamente e uma garota de cabelos ruivos gritou como uma louca: - Está esperando o que maninho?

Franzi o cenho. – Maninho?  - questionei.

Em resposta ela veio até a mim. – Anda! Vai ficar aí de boca aberta ou vai levantar para ir ao primeiro dia de aula? – quis saber ela.

- Mas... Mas quem é você? – perguntei atônico.

A garota me olhou como se eu fosse louco. – Como assim? – indagou. – Está de brincadeira com minha cara ou quê? – quis saber. – Roberta Pardo Rey meu filho, sua irmã mais nova! – em seguida me deu um pedala Robinho. – Dá para parar de fazer graçinha e vir tomar café, porque a mamãe Alma Rey já está louca! – se aproximou da porta.

- Mãe? – indaguei.

Ela rolou os olhos. – Anda logo! – e em seguida saiu do quarto fechando a porta com força fazendo um pôster do Gun’s Roses cair no chão.

Traguei a saliva me descobrindo, calcei os meus chinelos e com cautela andei pelo “meu” quarto. Abri a porta do banheiro, pois meu quarto na verdade era uma suíte, coloquei a cabeça dentro do cômodo primeiro, estava temeroso e quando vi que não havia perigo entrei no mesmo.

Surpreendi-me ao mirar-me no espelho. Esse era eu sim, mas eu há 20 anos atrás... Que porra está acontecendo aqui? Minhas mãos começaram a tremer, fiquei pálido como um papel. Peguei minha escova de dente e mal consegui colocar a pasta na mesma. Respirei fundo tentando me acalmar, na esperança de quando eu abrisse meus olhos tudo voltasse ao normal, mas quando abri isso não aconteceu. Pôs-me a escovar meus dentes, depois lavei meu rosto e fiquei um pouco mais calmo, mas não muito.