Fanfics Brasil - um amor infernal{dyc}

Fanfic: um amor infernal{dyc}


Capítulo: 2? Capítulo

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Prólogo

 O demônio, chamado Ucker, se mexia agitado na confortável cadeira acolchoada de couro preto, na biblioteca do Vircolac, e se esforçava para não deixar transparecer a impaciência que estava sentindo.
 - Creia em mim, - disse o Felix, balançando uma taça de conhaque em sua mão elegante - quando digo que simpatizo com sua situação. Porque simpatizo. Plenamente. È só que, depois de seis semanas, é reconfortante ouvir sobre os problemas de outra pessoa, só para variar.
 - Vocês são os únicos responsáveis por seus problemas atuais. Se realmente quisessem continuar escondidos dos humanos, tenho certeza de que achariam um jeito - disse Ucker.
Ucker sabia que sua acusação era injusta, mas ele não estava com disposição de ser justo, não naquele momento. Não depois de passar uma hora relatando os fatos para seu hóspede no plano mortal.
Uma coisa era travar uma guerra quando sua concentração estava em sobreviver de um dia para o outro, fazer o que tinha de ser feito. Outra bastante diferente era ter de contar tudo em escabrosos detalhes para um estranho. E Ucker nunca tinha sido do tipo comunicativo, de qualquer jeito.
Ele tinha gasto quase um ano para conseguir um informante confiável, que o mantivesse a par das ações do diabo Isaac. Cinco dias atrás, esse informante desapareceu, levando com ele a melhor chance que Ucker jamais tivera de descobrir como dito diabo pretendia lançar uma campanha total contra Abaixo e a Guarda, a força policial dos demônios que mantinha os diabos sob controle. Ucker se sentia justificado em seu mau humor.
Alfonso De Santos, o Felix,  balançou a cabeça. - Gostaria que as coisas fossem tão simples. Mas o progresso é inevitável, meu amigo. Especialmente do tipo que mais queremos evitar.
- Você é muito encorajador - murmurou Ucker.
- Ah, mas você não me procurou em busca de encorajamento, não é mesmo? - como líder do Conselho dos Outros, De Santos era particularmente perceptivo. Aquela era uma qualidade que Ucker sabia reconhecer e respeitar, ainda que com relutância. - Já faz algum tempo que não o vemos aqui Acima, desde o ano passado, na verdade, apesar de nossas reiteradas declarações de que sempre será bem vindo entre nós. Sua ajuda naquele problema com o Dionnu e seus lacaios não foi esquecida, e tão cedo não será.
Ucker ignorou o agradecimento. Ele não os tinha ajudado a derrotar o Rei das Fadas por altruísmo, então não se sentia a vontade em receber agradecimentos por tal feito. Tinha sido apenas trabalho para ele. - Eu tenho andado ocupado com os problemas Abaixo. Você e os Lupinos parecem ter a situação sob controle.
- Então, o que o trouxe de volta para nós?
 Bebendo seu conhaque de um só gole, Ucker ficou pensando na melhor maneira de contar as tristes novidades sem causar alarme indevido. Infelizmente, não havia nenhuma.
 - Eu... perdi um diabo.
 Diferente de muitos Outros, que costumavam ter um temperamento esquentado - metamorfos em especial - De Santos tinha conquistado a reputação de sempre manter-se calmo, mesmo nas circunstâncias mais estressantes. Só por isso ele não se levantou de um salto e começou a gritar exigindo explicações, por mais que essa fosse sua intenção, pelo que Ucker podia imaginar. Ao invés disso, ele calmamente cruzou as pernas e ergueu uma sobrancelha. - Perdão?

O aço por debaixo da pergunta cortês tornou impossível para Ucker confundir sua calma com desinteresse. O Felix não estava nada feliz com a notícia, como Ucker sabia que não ficaria. Da última vez que um diabo tinha ficado à solta em Manhattan, pessoas morreram, humanos e Outros. Com certeza, aquilo não fazia do líder do Conselho um balam satisfeito.
 - Não é ninguém com quem vocês precisem ficar preocupados - Ucker esclareceu, antes que as coisas ficassem mais tensas. - É um diabo menor, com pouco poder e ainda menos cérebro. Nem terrivelmente maligno, nem ambicioso. Só me preocupa pelo fato de que era um informante que me passava informações sobre as atividades dos diabos que realmente me preocupam. Temos razões para acreditar que uma facção de diabos está planejando algum tipo de ataque em Dis, por isso não posso me dar ao luxo de perder nem um informante menor como esse.
 De Santos não pareceu muito aliviado, não que ele se importasse muito com o destino da maior cidade e capital de Abaixo. - E você acredita que esse diabo veio para Acima? Eu pensei que vocês iam tomar precauções para evitar que isso acontecesse de novo, depois do que aconteceu da última vez.
 O demônio olhou para seu anfitrião impassível. - E como vai a segurança de suas próprias fronteiras, mundanas e mágicas?
 - Touché. Mesmo assim, não sei o que posso fazer para te ajudar a encontrar esse diabo. Manhattan é um lugar grande, e se a criatura tiver meio cérebro, vai se manter discreto e longe de lugares onde pode encontrar com algum de nós.
 - Como eu disse, ele não é lá muito esperto.
 De Santos sorriu. - Ah, sim. Bem, vou manter meus olhos e ouvidos atentos, e o avisarei se descobrir alguma coisa. Mas se fosse você, não ficaria sentado esperando.
 - Nem eu pretendo fazer isso - Ucker disse, deixando sua taça agora vazia sobre a mesa e se levantando. - Minha principal intenção era fazer uma visita de cortesia, uma vez que entrei em seu território sem ser convidado, mas decidi que não faria mal algum deixá-lo a par da situação, só para uma eventualidade.
 O Felix levantou-se também e estendeu a mão. - Você será o primeiro a saber se descobrirmos algo, meu amigo. Enquanto isso, o que pretende fazer?
 Ucker deu de ombros e deixou a mão cair sobre o punho da espada que deixara ao lado da cadeira durante o encontro. - Vou fazer o que um soldado da Guarda é treinado para fazer. Encontrar o diabo e elimina-lo, antes que ele tenha chance de fazer o mesmo com outro alguém.

 Fim do prólogo.



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Autor(a): silksgt

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