Fanfics Brasil - um amor infernal{dyc}

Fanfic: um amor infernal{dyc}


Capítulo: 6? Capítulo

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Capítulo 1 - 4ª parte

Foi só quando cinzas quentes queimaram a pele de Dulce que ela admitiu para si mesma que a coisa toda não era um sonho e que podia acabar a noite numa cela de delegacia com os protestantes Anti-Outros se não mexesse logo seu traseiro e corresse para o furgão nos próximos noventa segundos.
 Murmurando uma "ave-maria", Dulce reuniu os restos de sua coragem e engatinhou até a frente de seu esconderijo e deu uma última espiada na situação.
 O grupo principal dos protestantes ainda estava na quadra dois quarteirões à frente de sua posição, mas desde que as coisa tinham saído do controle duas horas antes, a turba vinha se aproximando cada vez mais de seu esconderijo. Dul podia ouvir algumas pessoas gritando frases que envergonhariam militantes neonazistas, o que era precisamente que a podia passar o clima de tenso para definitivamente violento. E ela já sentia a mudança, tão claramente como se alguém tivesse desligado a luz e mergulhado a vizinhança na escuridão.
 Não havia momento melhor para fazer sua fuga.
 - Ei, aberração! Onde você pensa que vai?
 A pergunta, feita num grito furioso, era tão desagradável quanto a mudança de atmosfera do protesto, mas o que mais preocupava Dulce era que parecia ter vindo logo do lado dela.
 Sussurrando outra prece, e desejando ter levado seu rosário para o trabalho naquela manhã, Dulce se apoiou nas mãos sobre o asfalto da rua, e deu uma outra espiada.
 Ela esticou o pescoço, até conseguir ver os tênis de grife e o jeans surrado do rapaz que acabara de falar. Seu olhar subiu pelas pernas dele até os braços musculosos braços cobertos de tatuagens, que pareciam ter sido desenhadas por uma criança de três anos de idade, hiper-ativa e com uma imaginação extremamente mórbida. O garoto usava um colete pelo menos três números maior, e se ela não tivesse visto a penugem cobrindo seu rosto coberto de espinhas, acharia que ele nem tinha idade suficiente para crescer uma barba. Avaliando sua idade cronológica alguns anos a mais, e a emocional alguns anos a menos, decidiu que era velho bastante para distinguir certo do errado, mas claramente burro demais para se importar.
 Ele havia estado encostado no carro à esquerda de Dul, mas logo se afastou dele, juntamente com seus dois amigos, igualmente agressivos e cabeças-ocas. Como uma muralha de músculos e ameaça, eles cercaram um adolescente magro com grandes olhos castanhos e um par de pequenos chifres se projetando de sua testa.
 Jesus!
 O estômago de Dul revirou de apreensão. O garoto não era humano. Alguém poderia pensar que um Outro seria suficientemente sensato para não sair andando pela rua numa noite daquelas. Só porque Gastão não havia tido a oportunidade de cobrir o protesto antes de sair correndo de medo diante da turba, não significava que outros jornalistas com mais coragem do que bom-senso não tinham conseguido transmitir a notícia. E andar direto no meio de um daqueles protestos sem nem sequer tentar se disfarçar era simplesmente suicídio. O garoto não tinha um boné, por acaso?
 - De-desculpe? - o Outro gaguejou, parecendo confuso.
 - É, peça desculpas - disse o Valentão nº 1, enquanto seus amigos riam do comentário. - Uma aberração não-natural como você deve mesmo se desculpar por respirar o mesmo ar que nós seres humanos de verdade.
 Os três valentões se aproximaram mais do garoto, ameaçadoramente, e Dul estremeceu. O Outro só ficou lá parado, de olhos arregalados e vulnerável, como uma gazela com dano cerebral cercada por hienas. Por que ele não corria, ou mudava de forma, ou lançava um feitiço, ou sei lá, fazia alguma coisa? Se ele não podia ser humano, não devia pelo menos saber se defender deles? Ou, assim, de qualquer outra coisa? Dul nunca sairia para dar um passeio no meio de um bando de lobisomens sem uma ou duas balas de prata!
 - Perdão?
 - É, pede perdão - disse o líder, flexionando os músculos e mostrando os dentes. Ele olhou para os amigos e disse: - Acho que o menino-bode ´tá começando a pegar a idéia.
 Os outros dois patetas se posicionaram de modo a bloquear toda as rotas de fuga do Outro.

comentem por favor c ñ eu ñ posto mais



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Autor(a): silksgt

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