Fanfic: Tudo de Mim | Tema: Vondy, drama.
Transtorno bipolar. Tipo Um. – Esse foi definitivamente o pior dia da minha vida. Foi o dia em que eu perdi tudo o que ainda não havia conquistado. Todas as chances que eu tinha de ter uma vida feliz e normal. A partir daí eu virei “a louca”. Anna disse que eu não poderia mais sair de casa para não correr riscos. Mas, o que ela realmente queria dizer era “não vou te deixar sair mais porque você vai manchar a minha imagem, louca”. Como era proibido que eu saísse de casa, meu pai pagou professores – que aliás, tinham medo de mim – Para me darem aulas particulares. Ou seja, eu não vejo a luz do sol faz quatro anos. Quatro anos presa aqui dentro. Quatro anos sem nada para fazer. Mas finalmente, alguém acreditou em mim e quer me dar uma chance. O novo psicólogo da cidade, Sr. Martin, resolveu me ajudar. Ele acredita em mim, acredita que eu posso viver como a pessoa normal e feliz que eu sempre sonhei. E então ele está se responsabilizando por mim. Não que Anna tenha concordado com isso, mas com jeitinho e uma ameaça de ser jogada na justiça, ela aceitou. Me sinto tão radiante que aquela tristeza e aquela culpa tão grande que me tomavam, quase desapareceu. Eu disse quase. Quando eu tinha seis anos, minha mãe teve uma crise. Ela ficou completamente fora de si. Naquele dia, eu tive a certeza de que a mulher louca que estava ali não era a mesma que a minha mãe. Aquela que quando ia me pôr pra dormir cantava “Somewhere over the rainbow”. Que me contava a história da Bela e a Fera todos os dias. Que me levava na escola e quando eu tinha medo de algo me abraçava e dizia “vai ficar tudo bem”. Não era ela. Era outro alguém que estava lá. Mas eu não podia traze-la de volta. Ela tinha que vir sozinha. Eu não podia fazer nada. Só que, o problema é que ela não conseguiu voltar. Ela caiu naquele abismo. Ela não conseguiu voltar. E quando ela tento voltar, era tarde demais. Naquela noite quando eu fui dormir, minha mãe me contou a história da Bela e a Fera. Sua voz estava cheia de tristeza, e depois, chorando, ela cantou “Somewhere over the rainbow”. Eu percebi que ela não estava bem. Eu sabia que ela estava pensando em fazer alguma coisa. Eu sentia isso. Mas eu não fiz nada. Eu agi como qualquer outra pessoa. Eu deixei pra lá. E naquela madrugada, eu acordei sentindo um cheiro forte de fumaça, quando eu fui até a sala. Presenciei a cena mais horrenda da minha vida. Minha mãe com o corpo todo em chamas. Ela já estava morta. Não havia mais nada a se fazer, só que, pra uma criança de seis anos, isso não tem lógica. Eu não sabia que ela tinha morrido. Eu queria entrar lá e tira-la daquele sofrimento. Eu queria cantar para ela até ela dormir e contar história. Mas, isso já não era mais possível. E até hoje eu me culpo por não ter chamado papai, por ter deixado pra lá. Por não ter tentado fazer nada. Ela morreu por culpa minha. Porque a culpa é toda minha.
Eu costumo ler “Dançando Sobre Cacos de Vidro”. É meu livro favorito. Eu gosto do Mickey. Da maneira como ela luta pra consegui ficar mais tempo sem ter crises. Amo a maneira como ele ama a Lucy. Como ele cuida dela. Eu imagino um dia alguém me amando assim. Puramente, sem preconceitos, me amando, cuidando e protegendo como sou. Mas eu não acredito que um dia isso possa acontecer. No mundo real, ninguém quer alguém bipolar, que tem crises de hipomania e de depressão para amar. Ou seja, vou viver sozinha. Há outra coisa que eu admiro mais que o amor do Mickey pela Lucy, é o amor que meu pai tinha pela minha mãe. Mesmo com sua doença, ele a amava. E ele renunciou tudo para ficar com ela. Ele foi contra seus pais, foi contra tudo e todos apenas para permanecer ao lado dela. Porque ele a amava, e não permitiu que ninguém interferisse nesse amor. Por mais que dissessem que eles nunca conseguiriam ter uma vida boa, porque ela era louca. Ele foi em frente. Ele se arriscou. E viveu lindos doze anos com ela. Meu pai me contou, que depois que eles se casaram, ela prometeu tentar não pular no abismo. Prometeu tentar ficar sã por quanto tempo conseguisse. E ela cumpriu sua promessa. Ela tentava com todas as suas forças. Ela tentava não ter crises. E as vezes ela conseguia, outras vezes, seu esforço não era o bastante. E eu tento ser como ela para o meu pai. Quero que ele sinta orgulho de mim assim como sentia da mamãe. Já estou a seis meses sem nenhuma crise e me sinto bem por isso. Porque meu pai tá orgulhoso da minha força de vontade. E por isso ele concordou tão fácil com o Sr. Martin. Finalmente, vou voltar pra escola!
Oie. Meu nome é Kaori Wendy. Tenho 16 aninhos e minhas paixões são ler e escrever. Meu nome é estranho eu sei, mas meu avô e meu pai são japoneses e vovô pediu que meu pai colocasse meu nome de Kaori que significa "Perfumada como uma linda flor". O nome é estranho, mas o significado dele é bonito rs`. Já o Wendy, é porque minha mãe é apaixonada por Peter Pan *-*. Tenho um irmão de dois anos chamado Kaleo. Esse já é havaiano e foi escolhido pela minha avó, que assim como eu, adora nomes esquisitos. Sou do EUA, mas atualmente moro no Brasil e confesso que até gosto daqui. É bem legal. Espero que curtam a fic!
PS: Essa fanfic não é de minha total autoria. Mas tenho permissão para postar. Obrigado :)
Autor(a): кασri♥
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
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Autor(a) ainda não publicou o próximo capítulo