Fanfic: O Homem

Dizem que
fantasmas não existem, que superstições são babaquices, e que muita coisa que a
gente vê no cinema não acontece na vida real, mas as pessoas que falam isso
param pra pensar que pode existir uma realidade tão cruel e assustadora que
ninguém nunca imaginou que pudesse existir? Um assassino em série, por exemplo,
você nunca imaginaria que naquela viagem, no meio daquele lugar ou naquele
exato momento, ele pode estar a sua espreita, esperando o momento exato do
suspense para que você tenha um susto digno de um Oscar antes de morrer. A
verdade é que as pessoas nunca pensam no pior e acreditam sempre nos que lhe é
conveniente e óbvio, só que nem sempre o que é mais conveniente e óbvio, é o
certo.

Em algum lugar afora, numa
mata escura e assustadora, um homem caminha. Suas botas pretas fazem barulho,
barulho quando pisam na lama. As árvores estão úmidas, choveu há pouco tempo. O
homem misterioso vai abrindo as folhagens enquanto passa, para caminhar mais livremente.
Ele anda até chega numa casa, estilo cabana. Ele olha para a casa durante um
bom tempo e depois entra na mesma. Dentro da casa, num canto iluminado apenas
pela luz de uma vela, estão um homem e uma mulher amarrados com os braços para
trás. O homem está ferido, está no colo da mulher que tenta gritar, só que não
consegue, pois tem um pano em sua boca. Ambos choram. Ao lado deles, uma corda
solta pelo chão. O homem vai até eles e pega a corda solta. Com raiva, o homem
pega uma cadeira que existe lá perto e quebra no chão. Os prisioneiros se
assustam, mas não conseguem demonstrar seu espanto com gritos. O homem pega um
machado ao lado de porta e sai floresta adentro. Não muito longe dali, uma
garota com cabelos longos e prestos corre pela mata sem rumo. Ela está correndo
o máximo que pode, se esforçando ao máximo, mesmo estando com a perna esquerda
ferida. O sangue de seu ferimento derrama pelo seu jeans. Sua blusa branca já
não é mais a mesma de tanto sangue que a enxágua. Na pressa, a garota acaba
perdendo uma das sandálias no tropeço. Ela continua correndo. Em uma
determinada parte, a garota para de correr. Ela se senta atrás de uma árvore e
tira um celular rosa de seu bolso. A garota disca um numero e espera resposta
da outra linha, mas o celular avisa que não tem sinal. A garota não desiste e
tenta de novo, mas outra vez não obtém bons resultados. De repente, um barulho
de passos é ouvido. A garota deixa o celular cair de sua mão e fica decide
prestar mais atenção, pois talvez o barulho não seja de sua imaginação. De
repente, o celular dela começa a tocar. O barulho de passos fica mais intenso.
Ela percebe que alguém está correndo em sua direção. A garota tenta
desesperadamente abafar o barulho do celular, mas não consegue, já é tarde
demais. Na hora em que o homem vai dar uma machadada na garota, ela sai
correndo e o machado fica preso na árvore. A garota aproveita pra correr o
máximo que pode enquanto o homem tenta tirar o machado da árvore. A garota
corre muito, até cair no chão, no meio da lama. Seu rosto fica sujo de lama,
igual ao resto do corpo. A garota, então, decide continuar no chão. Ela se
arrasta até a árvore mais próxima e fica lá encostada. Sua respiração está
ofegante, ela não para de suar. Suor que consegue se disfarçar em meio a tanta
lama. Seus lindos olhos verdes brilham no escuro. Ela não percebe que o homem
que a queria matar está atrás dela com seu machado nas mãos. A garota ouve de
novo o barulho de passos, mas dessa vez é tarde demais. Ela dá um ultimo grito
e o homem dá uma machadada em seu rosto. A garota nunca mais é vista.