Fanfic: Addicted to Pleasure | Tema: Os Instrumentos Mortais
"Sempre acreditei que temos duas escolhas na vida; a de fazer o certo e o errado. Sempre tento fazer o certo pois também acredito que colhemos o que plantamos, e sempre anseio por colher o melhor.
Em uma época da minha vida desejei fazer o caminho errado, tive medo, fui insegura, mas segui em frente e busquei todas as coisas erradas que me agradavam. Nada encontrei. Só nunca pensei que oerrado me encontraria. "
Lá estava eu novamente, sentada em frente ao notebook em uma Starbucks. Costumava vir aqui 3 dias na semana para observar as pessoas e imaginar como seria a vida delas. Algumas até dava certo, mas outras eram tão enigmáticas que servem para um filme de suspense daqueles que os espectadores só ficam sabendo do segredo da pessoa no final.
Estou no segundo de três anos da faculdade de literatura inglesa. Todos que me conhecem desde pequena e conhecem minha mãe como a pintora que tudo faz achavam que eu iria seguir a mesma carreira, até meus 13 anos também achava isso, mas foi com essa idade que ganhei meu primeiro livro juvenil e a partir dai não parei mais de ler um livro atrás do outro e a imaginar estórias que nunca foram inventadas. Até cheguei, com 16 anos, a escrever meu primeiro "livro". Era sobre vampiros e lobisomens porque naquela época Crepúsculo era o auge do mundo adolescente e eu me qualificava fã.
Desde que entrei na faculdade venho tentando procurar uma inspiração para meu primeiro livro sério. Desejava um romance, mas não aqueles melosos, queria uma coisa mais séria, com muito drama. Talvez um amor proibido, com dificuldades, mas que no final tudo fica bem e todos tem o seu "felizes para sempre".
– Olá senhorita, me daria a honra de poder sentar ao seu lado? – Uma voz conhecida sussurrou em meu ouvido.
Olhei para o lado já com um sorriso nos lábios e lá estava Sebastian com sua melhor pose de cavalheiro.
– Oh, mas é claro meu jovem. – Entrei na brincadeira. Seb se sentou ao meu lado com a mesma postura que um príncipe teria. – Estacionou seu cavalo branco aonde?
Sebastian relaxou e sorriu. Aquele mesmo sorriso que tirava o folego de qualquer garota da faculdade.
– Ao lado do seu pônei.
– Deixa meu irmão ouvir você falando isso do carro dele que você apanha!
Sebastian riu ironicamente e colocou os braços ao meu redor, relaxando.
– Deixa que com o meu cunhadinho eu me entendo. – Disse debochado.
– Sebastian... – Alertei.
Nós dois tínhamos uma "relação" desde meus 17 anos. Sebastian sempre me encantou, desde que eu conheci a família Verlac na festa de 6 meses de namoro do meu irmão com Erin, irmã de Sebastian. Uma semana antes de completar 17 anos ele me beijou e desde então vem me beijando com frequência, mas nunca escondeu que queria algo sério comigo e eu sempre recusei, pois nunca senti nada além de atração por ele. E foi por essa atração que ano passado fomos pra cama pela primeira vez. Literalmente minha primeira vez.
– Tudo bem, me desculpa.
Eu sabia que esse assunto incomodava ele, mas Sebastian nunca tinha chegado em mim realmente e falado que me amava ou que estava apaixonado, então eu me sentia livre para dar foras nele sem me importar se machucaria ou não.
– Ei, não era pra você estar em uma seção de fotos para o trabalho da faculdade? – Perguntei em tom de advertência.
– É por isso que estou aqui. O tema esse mês é baseado em romance na cidade. Pensei em fotografar a Erin e o Jon mas então pensei no seu livro e queria te fotografar nos lugares que você mais gosta de escrever.
– Mas, como você pode ver – Apontei para a tela quase em branca do notebook – Não ando tendo muitas inspirações.
– Clary, não vou fotografar seu texto, apenas você e essa pequena belezura branca com uma maçã.
Ele sempre se referia ao notebook como belezura branca com uma maçã. O por quê? Nem o próprio Sebastian Verlac sabe.
Suspirei pesadamente sabendo que isso seria mais uma batalha na qual eu não iria ganhar.
– Ok. – Concordei tentando ficar animada.
Sebastian deu um sorriso animado e beijou minha bochecha antes de se levantar e pegar a câmera que estava na bolsa.
– Tudo bem, agora faça de conta que está escrevendo alguma coisa.
Respirei fundo e tentei me concentrar o máximo possível. As vezes ele me mandava fazer cara de concentrada ou de quem acabara de ter uma brilhante ideia e quando terminou veio me mostrar as fotos. Algumas ficaram boas, outras minha cara ficou completamente estranha, mas todas ficaram como se fosse um book de um fotógrafo profissional.
Meu celular começou a vibrar em cima da mesa com o nome de Jonathan aparecendo.
– Fala maninho.
– Pode vir me buscar? Descobri só agora que os táxis estão em greve. Vê se pode, em pleno século 21 e ainda tem greve em Nova Iorque, ainda mais de táxis. – Reclamou ele.
– Tudo bem, já estou indo.
– Obrigado. – Escutei o telefone desligar do outro lado da linha.
Fechei o notebook e o coloquei cuidadosamente dentro da bolsa.
– Algum problema? – Perguntou Seb.
– Parece que os taxistas estão de greve e vou ter que buscar o Jon na Herondale`s Company. – Peguei o copinho de café e balancei para ver se tinha algo mais. – Pode pegar mais dois cafés pra mim, por favor? – Pedi.
– Claro.
Procurei a chave do carro na bolsa e coloquei o celular dentro. Em menos de 5 minutos Seb estava voltando com dois cafés grandes.
– Obrigada. – Ele me entregou os cafés com um sorriso. – Você já vai ir embora?
– Não, tenho que passar em um outro lugar primeiro.
– Ah ta.
Ele abriu a porta da cafeteria para mim, me acompanhou até o carro e abriu a porta do mesmo. Isso eram coisas que Seb costumava fazer. Gentileza deveria ser seu segundo nome.
Coloquei o notebook no banco de trás e os cafés no porta copos, depois me voltei para ele novamente e o beijei. Um beijo calmo e normal, como sempre costumava ser. No início costumava me dar as tais borboletas no estômago, mas com o tempo se tornou uma coisa que é natural mas não excitante.
– Tchau. – Murmurei.
– Até mais. – Sebastian nunca gostava de dizer tchau pois costumava dizer que soa como uma despedida longa, e ele odeia despedidas.
Entrei no carro e ele fez o favor de fechar a porta. Eu amava aquele carro. Franny, como eu costumava chamar, era maravilhoso pelo fato de ser silencioso e quase impossível de escutar qualquer barulho vindo dele ou fora dele.
Até a Herondale`s Company daria uns 35 minutos mais ou menos e eu adorava dirigir ouvindo músicas calmas, por isso Christina Perri, Sia e Birdy nunca saiam do porta luvas. Coloquei o CD da Christina no aparelho e deixei um volume agradável.
Sem os costumeiros carros amarelo nas ruas pareceu até mais rápido o percurso. Logo cheguei na empresa e meu irmão estava esperando na porta conversando com algum amigo, talvez, bonito até. Estacionei o carro e sai do mesmo. Jonathan nunca gostava de ir no banco do carona em seu próprio carro, mas quando eu pedia com uma certa insistência ele não negava. Com um aperto de mão se despediu do moreno de olhos claros e veio ao meu encontro.
– Oi baixinha
Jon me abraçou e me entregou sua pasta com uma revista. Entrei no carro novamente e coloquei a pasta junto com minha bolsa, deixando a revista em meu colo. Assim que meu irmão entrou no carro fui logo matando minha curiosidade.
– Quem era aquele homem conversando com você?
– Alec Lightwood. Ele veio junto com o namorado que está planejando a festa de 23 anos da empresa.
– Que desperdício. – Me referi ao fato de um homem tão lindo ser gay.
Jonathan riu e deu partida no carro. A revista que estava em meu colo era da empresa, mas resolvi ver mesmo assim. Logo na primeira matéria estavam o dono da empresa e seu filho.
Completando 23 anos, The Herondale`s Company não poderia estar em mãos melhores. – Dizia o enunciado.
– Trouxe café, mas deve estar morno a esta altura. – Disse à Jonathan.
Ele pegou o copo e tomou um gole.
– Temperatura certa.
Com isso, também peguei meu copo e comecei a ler o artigo enquanto tomava o liquido.
Fundada em 1992 por Stephen Herondale, naquela época ainda jovem e recém chegado no ramo, a empresa completa nesse mês 23 anos de vida.
Não poderia estar mais feliz por mais um ano de conquistas. Devo isso a todos que trabalham aqui e principalmente ao meu filho que me ajuda mais do que qualquer um. – Comentou Sr. Herondale.
Jace Herondale com 26 anos é um dos empresários jovens mais promissores dos últimos anos.
Cheguei até aqui porque me esforcei muito no que faço. Sempre dou 120% de mim mesmo e nunca desisto até ter o que desejo. – Disse em uma entrevista exclusiva para nossa revista.
– Esse tal Jace parece se achar muito. – Comentei.
– Ele pode baixinha, afinal é o filho do dono e se garante por si próprio. Além de que tem tudo o que quer, na hora que quer.
– Deve ser um mimadinho filhinho de papai.
Jonathan riu mas não respondeu. Coloquei a revista de lado e comecei a prestar atenção nas músicas enquanto tomava o café.
Quando chegamos em casa peguei o notebook mais uma vez, mas, como da outra vez, deixei ele de lado para ver um filme. Depois que Jonathan tomou banho pegou um livro titulado Playboy Irresistível e começou a ler, e pela primeira vez em um bom tempo tive uma ideia. O personagem masculino do meu romance vai ser um playboy. Agora só preciso arrumar alguém que seja um e me inspire.
Autor(a): littleblackangel
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
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Playboy: Homem ou rapaz que procura prazeres e diversões e tem uma vida social intensa, nomeadamente no que se relaciona com as conquistas amorosas, e ostenta geralmente riqueza. Passei uma boa parte da hora do almoço na biblioteca da universidade procurando artigos e livros que falem sobre playboys, mas foi quase impossível. Também comecei a ...
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