Fanfics Brasil - All For a Dream Addicted to Pleasure

Fanfic: Addicted to Pleasure | Tema: Os Instrumentos Mortais


Capítulo: All For a Dream

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Playboy: Homem ou rapaz que procura prazeres e diversões e tem uma vida social intensa, nomeadamente no que se relaciona com as conquistas amorosas, e ostenta geralmente riqueza.



Passei uma boa parte da hora do almoço na biblioteca da universidade procurando artigos e livros que falem sobre playboys, mas foi quase impossível. Também comecei a observar as pessoas, especialmente os meninos, mas praticamente todos aqui fazem faculdade por uma boa causa, não para terem dinheiro ou impressionar os pais.


Pensei em Sebastian, mas, apesar de sua família ter uma quantia boa de dinheiro, eu seria mais metida do que ele.


Depois de horas procurando alguma coisa resolvi desistir, afinal, não encontraria nada ali.


Resolvi então perguntar para meu professor. Expliquei à ele sobre minha ideia de escrever um livro – e ele me parabenizou por isso dizendo que poucas pessoas na metade do curso tem coragem de fazer isso – e disse que não tinha inspiração, mas ontem me deu na telha de escrever sobre um playboy, mas até agora só isso.


Ele me explicou melhor sobre esse tipo de homem e o que mais agrada as mulheres e também quais tipos de mulheres são atraídas, para ver se me vinha alguma inspiração para a protagonista.


No final na aula pedi uma carona para Simon para ir à livraria.


– Não quer mesmo que eu te espere? – Perguntou ele. – Só vou pegar a Izzy mais tarde.


– Não, tudo bem, posso pegar um ônibus. Obrigada.


– Ok. Amo você.


Simon arrancou com o carro antes mesmo de eu responder.


Nos tornamos melhores amigos na minha primeira semana na cidade e ele já conhecia meu irmão a mais ou menos uns 8 meses, e, por sorte, estávamos estudando na mesma universidade.


Simon sonhava em ser conhecido mundialmente por ter feito o melhor video-game do ano, e eu dava todo o meu apoio para que isso fosse possível. Ele namorava Isabelle – a garota que me falou seu sobrenome apenas uma vez e eu não lembro até hoje – mas nós pouco nos vemos pois ela mora do outro lado da cidade, mas faz faculdade na mesma universidade que o Seb.


Entrei na livraria já sentindo aquele cheiro do paraíso de livros novos. Já conhecia todas as vendedoras daqui, pois quando minha mesada chegava o primeiro lugar que vinha era aqui.


– Oi Clary, quanto tempo. – Disse Mônica.


– É, faz mesmo. Da última vez que passei por aqui você estava de folga.


A loira concordou e deu um sorriso.


– Posso te ajudar em alguma coisa?


– Ahn, acho que sim. Eu estou, pela milésima vez, tentando buscar inspiração


– As meninas daqui sabiam que eu gostaria de escrever um livro e me davam o maior apoio dizendo que fariam propaganda 12h por dia. – E ontem, por sorte, tive uma. Tem algum livro salvador de escritoras que fale sobre playboys? – Senti minhas bochechas corarem levemente.


Mônica foi até o balcão e pegou um papel onde havia todos os livros da livraria e as categoria em que eles se encaixavam. Corei mais ainda ao ver que ela parou os dedos na lista dos "Livros Adultos".


– Aqui, vem comigo.


Segui ela até o final da livraria, uma parte mais reservada, imagino. Entre as autoras reconheci E.L. James, Sylvia Day entre outras.


– Bom, não sei se você sabe mas 50 tons de cinza o personagem é um tremendo playboy, tendo tudo o que deseja no momento em que deseja. – Explicou ela.


– Sem sadomasoquismo, por favor. – Disse apavorada.


Meu irmão já havia lido todos os livros, mas isso não é pra mim.


– Tem também a série Crossfire, mas acho que Gideon Cross não se encaixa bem ao perfil playboy. – Mônica deu alguns passos para outro lado da prateleira e pegou um livro em suas mãos. – Acho que isso é o que você procura.


Ela me entregou um chamado Cretino Irressistível. Pensei por um momento e tentei ligar os pontos.


– Por acaso esse livro tem alguma continuação ou antecedência chamada Playboy Irresistível? – Perguntei.


– Sim. – Ela sorriu orgulhosa por ter achado alguma coisa do meu agrado. – Esse é o primeiro livro da série Irresistíveis. – Ela apontou para a parte de baixo da prateleira onde tinham vários parecidos.


– Vi meu irmão ler um deles ontem, foi o que me inspirou. – Comentei. – Posso pegar só para ler as sinopses?


– Claro, fique a vontade. – Ela sorriu gentilmente. – Se precisar de alguma coisa só me chamar.


– Obrigada.


Esperei ela sair de perto e peguei todos os livros e os levei para uma mesa ali perto. Tentei organizar pela sequência em que estavam na prateleira.


Depois de uns 10 minutos, de ler e reler todas as contra-capas, resolvi que talvez seria uma boa. Nem todos os livros falam sobre o mesmo casal protagonista, mas o do primeiro livro é milionário e tem tudo o que quer.


Peguei o celular e liguei para Jonathan. Quase no último toque ele atendeu.


– Oi baixinha, o que foi? Estou trabalhando, você sabe... – Disse ele demonstrando nervosismo.


– Eu sei, não ligaria se não fosse muito importante, não vai demorar mais do que um segundo. Aquele livro que você estava lendo ontem, você já leu o primeiro? – Perguntei meio apressada, atropelando um pouco as palavras.


– Sim. Por que isso é importante? – A curiosidade era visível em sua voz.


– Aonde conseguiu ele? Depois te explico o porque.


– A Erin tem a saga toda.


– Ok. Obrigada maninho.


Desliguei antes que ele pudesse responder.


Peguei os livros novamente e guardei-os cuidadosamente em seu devido lugar.


Sai o mais disfarçadamente possível da seção adulta e fui agradecer à Mônica.


Ela me olhava com uma expressão curiosa por não estar com nenhum livro em mãos.


– Obrigada pela ajuda, foi muito importante. – Abracei-a gentilmente.


Com um sorriso ela retribuiu.


– Magina. Só não se esqueça de colocar meu nome nos agradecimentos do seu livro. – Brincou.


– Pode deixar. – Sorri animadamente. – Tchau garotas.


Elas responderam com um tchau uníssono e a porta se fechou atrás de mim.


Ainda com o celular na mão, disquei o número de Erin na esperança de que não estivesse trabalhando.


– Alô? – Atendeu ela no terceiro toque.


– Erin? Oi, é a Clary.


– Ah, oi Clary. Desculpa por não ter reconhecido seu número.


– Sem problemas. Atrapalho alguma coisa? – Meus dedos estavam quase se cruzando para a resposta ser não.


 Não. Estou na minha pausa para o café.


Suspirei de alívio.


– Não sei se o Jon te contou algo sobre eu estar tentando escrever um livro...


 É, ele comentou sim. – Interrompeu-me ela. – Achei bem legal.


– É, até seria se eu não estivesse sem inspiração nenhuma. – Reclamei.


Escurei Erin rindo do outro lado da linha.


– Me lembro de quando você era adolescente e inventava todo dia uma história nova para um livro, mas sempre abandonava por preguiça.


Erin me conhecia desde que eu tinha 13 anos, ou seja, desde que essa coisa de livros começou e realmente eu tinha uma ideia por dia. Pena que todas eram sobre lobisomem amando humana, ou vampiro amando humana, ou lobisomem amando filha de humana com vampiro.


– É, queria eu ter a imaginação fértil igual naquela época. – Ri. – Enfim, meu irmão me disse que você tem a série Irresistíveis e eu acabei de sair da livraria e a sinopse dele me, entre aspas, inspirou bastante. Poderia me emprestar?


– Claro, claro que posso.


– Obrigada cunhadinha. – Estava quase dando pulinhos no meio da calçada.


– De nada. Te levo ele hoje a noite. Agora tenho que desligar porque minha mãe está me ligando na outra linha.


– Ok.


Bloqueei e o celular e o coloquei na bolsa. Já que Erin iria lá pra casa hoje, imaginei que fosse para o jantar, então resolvi passar no mercado antes de ir embora.


[...]


Assim que cheguei em casa tomei um banho e fui fazer o jantar enquanto assistia à um filme que estava passando na TV.


Sabia que a comida favorita de Erin era lasanha, e era uma das minhas também, então à fiz. Eu não era uma das melhores cozinheiras, mas meu padrasto Luke me ensinou algumas coisas e conseguia me virar.


Quando acabei de montá-la e colocá-la no forno fui deitar no sofá para terminar de ver o filme. Peguei o celular em cima da mesinha e mandei uma mensagem para Sebastian.


Jantar hoje? – Perguntei. Alguns minutos depois ele respondeu;


Não vai dar


Vou sair com uma garota...


Dentro de mim, em um lugar bem fundo e obscuro, se incomodou com isso, mas sei que é bobagem. Não era ciúmes, era só incômodo mesmo.


Tudo bem. – Respondi e deixei o celular de lado.


Tentei prestar atenção no filme, mas não conseguia parar de imaginar o "meu" Seb beijando outra garota. Ou até pior... Eu gostava de ficar com ele e já era costume chamar ele para vir aqui em casa toda vez que Jonathan e Erin dormiam – sabe lá Deus onde – fora de casa, e sempre acabava rolando alguma coisa. Me da um embrulho no estômago só de pensar que ele poderia ir pra cama com outra mulher além de mim.


Voltei minha atenção para o filme novamente até meu irmão chegar cheio de sacolas com Erin logo atrás de si.


– Oi baixinha.


– Oi Clary. – Erin veio em minha direção e me deu um beijo no rosto. – Aqui...


– Ela tirou o livro de dentro da bolsa e me entregou. Senti que meus olhos brilharam de entusiasmo.


– Obrigada. – Dei-lhe um abraço.


– Uau! – Exclamou Jonathan – Achei que chegaria em casa e teria que cozinhar, mas estou vendo que Clarissa Fray presta pra alguma coisa.


– Ah muito obrigada – Respondi ironicamente.


– Comprei algumas coisas pro final de semana. Também comprei as coisas pra você fazer aquele seu brigadeiro delicioso mais tarde.


– Hum... – Erin suspirou.


– Oh, até que enfim serviu para alguma coisa, né maninho?! – Disse me levantando do sofá para dar um beijo em seu rosto. – Se vocês me dão licença, tenho um livro para ler. Me avisem quando a comida estiver pronta.


Segui em direção ao quarto e me joguei na cama da maneira mais confortável possível para ler.


[...]


Quando Jonathan me chamou para ir jantar já estava no capítulo 3 e completamente apaixonada por Bennett Ryan. Sai do quarto sem nenhuma vontade mas logo quando cheguei na cozinha fui dominada pelo cheiro maravilhoso da lasanha.


– Olha, se fosse por essa lasanha eu casava comigo mesma. – Brinquei.


Os dois riram e começamos a nos servir.


O gosto estava melhor do que o cheiro e no final já havia comido 2 pedaços. Meu Deus, como aquilo é maravilhoso!


– Clary me lembra de te levar pra morar com a gente depois do casamento. – Comentou Erin.


– Nem pensar. Adoro nossa privacidade, mas com essa baixinha não da pra ter isso.


– Nunca impedi vocês de fazerem barulho algum, é só me avisarem antes pra que eu coloque meus fones de ouvido.


Eles caíram na gargalhada, mas vi Erin corar levemente. Ela não era dessas garota tímidas igual eu. Se fosse comigo estaria mais vermelha do que esse molho de tomate da lasanha.


– Então Clary, já se interessou pelo livro? – Perguntou ela.


– Hum, é mesmo! Me explica essa história agora. – Disse Jonathan.


Expliquei sobre como olhar para a capa do livro dele me deu inspiração pra escrever. Disse também sobre minha conversa com o professor e a ida à livraria.


– Achei uma boa ideia. – Comentou ele. – Lá na empresa está cheio de Bennett`s Ryan.


– Acho que empresas famosas que pegam estagiários é onde mais tem esse tipo de homem. – Disse Erin.


– É sério? – Perguntei.


– Uhum.


Pensei por um momento e comecei a imaginar como seria, mas nunca entrei em uma empresa então não faço a mínima ideia de como seja.


– Posso ir lá amanhã para ver? – Perguntei esperançosa à Jonathan.


– Não sei, teria que falar com o Stephen primeiro.


– Liga agora – Pedi.


– Clary não posso incomodar meu chefe à essa hora da noite...


– Por favor. Por favorzinho. – Levantei da minha cadeira e fui até seu lado para lhe dar vários beijos na bochecha. – Você sabe que é o melhor irmão do mundo, não sabe? Isso iria ajudar no futuro da sua única irmã. Por favor Jon... – Fiz minha melhor carinha de cachorro abandonado e um biquinho.


– Ok – Jonathan revirou os olhos.


Ele se levantou da cadeira, pegou o celular e foi para o quarto. Enquanto isso Erin foi lavar a louça e eu fazer o brigadeiro. Uns 15 minutos depois ele estava de volta se segurando para não sorrir.


– E então? – Perguntei impaciente.


– Ele disse que sim. – Soltei um gritinho animado mas vi que ele ainda não havia acabado de falar. – Não só deixou como te elogiou pela força de vontade e disse que pode passar o dia todo na empresa para absorver o espírito.


Aí que não contive o grito. Larguei até o brigadeiro na panela e corri em sua direção pulando em seu colo de tanta animação.


– Obrigada, obrigada, obrigada. – Disse enquanto beijava seu rosto novamente. – Você é perfeito. Eu amo você.


– Eu sei baixinha.


– Vou ligar pra mamãe pra contar a novidade.


Me soltei do colo dele e fui correndo para o quarto.


Agora sim a coisa vai começar. Sinto que a partir de amanhã minha vida toda vai mudar e eu vou conseguir encontrar o que estava procurando. A partir de amanhã tudo vai fazer mais sentido. Vai ser o começo de uma coisa nova.



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Autor(a): littleblackangel

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

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Não tenha medo de conhecer novos lugares. Não tenha medo de conhecer novas pessoas. Não tenha medo de fazer algo novo. Tudo o que é novo é bom, e se não for, você arruma uma maneira de deixar. Jonathan estava quase 5 minutos atrasado e isso já estava me deixando louca. Combinamos de almoçar em um restaurante ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 1



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  • Ju Franco Postado em 09/09/2016 - 22:37:03

    Sensacional sua fanfic, uma pena você ter desistido..


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