Fanfic: TalVez é Amor - Adaptada AyD | Tema: AyD, Portiñon, Anahi e Dulce, Rbd

Eu estava com uma saia de cintura alta azul bebê acompanhada por uma blusinha tomara que caia branca, um scarpin azul bebê e uma bolsa transversal branca também, meu cabelo estava solto e de lado - como sempre - e o meu lapis nos olhos estava forte, para realçar a cor dos meus olhos.

- Annie! Você tá perfeita... Melhor do que isso, impossível. - Gabi falou com impaciência.

- Tudo é possível... - respondi ainda me olhando no espelho - Não sei por quê, mas acho que tá faltando alguma coisa...

- Faltando o que? Você tá linda! Para com isso... Você no fundo sabe que tá perfeita...

- Ah gente... - tentei explicar o fato de eu querer ir ``perfeita`` - Vocês sabem que sempre é bom melhorar o look.

- Mas não tem o que melhorar aí! Tá maravilhoso. É sério! - Mih

No fundo eu sabia que estava maravilhosa - modestia a parte -, que melhor que aquilo realmente no momento era impossível... Mas aos meus olhos, naquele momento, eu estava apenas ``bonitinha``. Eu ainda estava pensando no quê mudar, sem nem ligar para as minhas duas lindas amigas quase me matando pela demora... Eu estava quase chegando em uma idéia, mas o Poncho abriu a porta sem bater nos enchendo o saco...

- Meninas vamos log... - ele me olhou e ficou de boca aberta - Uau! Anahi... Nossa... - ele se aproximou de mim e me abraçou por trás, falando no meu ouvido - Você tá muito linda...

- Não sei por quê, mas acho que falta alguma coisa... - continuei me olhando no espelho.

- Não falta nada... Já são 0:20, vamos linda...

- Finalmente você apareceu Poncho! - Gabi - Se não ficaríamos até 2 da manhã aqui com essa cabeça dura.

``Ei!``

- É... Acho que não tem o que mudar mesmo. - suspirei e me virei ao Poncho, dando um selinho nele - Já vamos descer...

- Ok, não se atrasem ein. Ele me largou - finalmente - e saiu do quarto...

- Não aguento mais ele! - falei terminando de passar o lapís de olho.

- Termina logo então. – Gabi

- É exatamente o que eu vou fazer. - terminei de passar o lapis de olho e o guardei na minha bolsa, me direcionei até a porta - Vamos?

- Finalmente! - as duas falaram em coro.

Nós três rimos... Descemos as escadas e demos de cara com o pessoal que estava lá na sala nos esperando. Meus olhos percorreram até a única pessoa que eu queria ver: Dulce. Ela estava maravilhosa e muito bem vestida, usando um vestido curtinho preto tomara-que-caia e um salto rosa choque que se destacou na sua roupa. Ela, diferente de mim agora - e igual a mim a umas horas atrás -, não soube disfarçar muito bem a reação ao me ver... Se remexeu no sofá e os olhos pareciam entrar em chamas.

- Finalmente vocês desceram! - Christopher -

- Que orgulho dessa menina ser minha... - Disse Poncho se aproximando.

- Eu sou sua? - perguntei baixo, só para ele ouvir.

- Foi uma brincadeira... - ele disse baixo também.

Resolvemos ir logo para a casa do Marquinhos... Todos nós fomos a pé e eu resolvi ir na frente da Dulce, conversando com as amigas e fingindo que a presença dela nem existia - tarefa dificil. - Chegamos na casa do Chris e já dava para ouvir um som alto de música eletronica tocando lá dentro... Ele veio nos receber já meio alto pela bebida.

- Demoraram ein! - disse com cara de bobo alegre, seu olhar se direcionou para mim - Nossa! Anahi! Parou o transito hoje?

Acabei rindo... Quando olhei para o lado, o pessoal todo já havia entrado na casa.

- Bela forma de me elogiar, Christian! - disse olhando para as pessoas envolta -

- Vamos entrar? - disse abrindo a porta de vidro para mim.

Entramos e eu reparei o lugar... Não tinha muita gente, era realmente uma socialzinha. Mas a maioria das pessoas - tanto homens quanto mulheres - eram bonitas. Não observei por muito tempo, pois a Michelle apareceu do meu lado me oferecendo uma bebida, peguei sem pensar duas vezes e dei um golão.

- Todos os meninos não param de te olhar... - ela comentou –

- Que bom! - disse com um sorriso malicioso - Quero me livrar da fossa do Poncho hoje.

- E a Dulce? - ela perguntou.

- Ela não conta... - falei tentando demonstrar indiferença- Falando nela, cadê ela?

- Não sei, deve tá lá fora com a Gabriela.

- E o Christopher vai deixar a namoradinha sozinha? - ri ironica -

- Ele não parece estar marcando o território muito bem. - ela disse piscando, nós duas rimos -

- E não está mesmo...

- Rolou alguma coisa entre vocês na piscina? - ela foi direta -

- Rolou. - fui direta também -

Ela deu um berrinho.

- O quê rolou? Avançaram algo?

Acabei rindo.

- Não vou ficar detalhando...

- Ah! Você sempre me detalhou todas suas ficadas... E agora, a da Dulce, você não vai detalhar? - falou desconfiada.

- Não to muito afim Mih... - resolvi mudar de assunto - Aonde tem mais bebida? - já havia esvaziado meu copo -

- Lá naquele quarto ali - ela apontou.

- Ok, vou lá e já volto. Me espera lá fora...

- Quer que eu vá com você?

- Não precisa, vou pegar rapidinho.

Fui em direção a cozinha e eu senti uma mão me puxando... Era um amigo do Christian que devia estar mais do que bebado, por que nem abrir os olhos abria direito. Ele tentou chegar em mim, mas acabei ficando com nojo dele e dei toco na hora. Fui rapidamente em direção a esse quarto... Entrei e fechei a porta, acabei trancando para o bebado não me encher o saco. O quarto era bem bonitinho, era todo rosa, todo feminino, com uma enorme cama de casal...

``Deve ser o quarto da irmã do Christian. Por quê ele foi guardar as bebidas aqui?``

Reparei que não tinha nenhuma bebida envolta... Tentei procurar e ver se estavam no banheiro, e eu acabei dando de cara com a Dulce que estava retocando a maquiagem - como sempre -.

- Que que você tá fazendo aqui? - perguntei.

- A Michelle disse que... - ela olhou para mim e começou a gaguejar - que... o... Reparei o seu olhar descendo para o meu corpo sempre.

- O...? - perguntei ironica.

- O outro banheiro tava interditado, aí eu vim para esse... - falou rápido.

Acabei rindo da situação.

``Então foi uma armação da Michelle...``

- Qual é a graça? - ela cruzou os braços.

- Nada não... - segurei o riso.

Ficamos um tempo em silêncio, eu procurando em algum lugar para ver se tinha bebida, fingindo que ela nem existia, e ela se maqueando... Até que ela no meio do nada ela quebra o silêncio.

- Qual é a sua, Anahi? - ela perguntou cruzando os braços -

- Como assim qual é a minha? - falei com um sorriso ironico -

- Você tá me confundindo! Vive me agarrando... Depois se faz de indiferente... E.. E... - guaguejou - Aí depois fica provocando vestida assim e...

A interrompi.

- Está se sentindo provocada? Perguntei com voz sensual e eu pude ver seus olhos faíscando de novo... Era assim que eu gostava de vê-la, totalmente entregue...

- Eu... Eu... - começou a guaguejar.

- Você? - me aproximei dela.

- Não faz isso, Anahi... - ela falou em um susurro, parecia estar falando com isso com muito sacrificio.
- Por quê? Você não resiste? - aproximei minha boca da dela.

Ela não respondeu nada, parecia estar em completo transe... Mas eu, por íncrivel que pareça, fiz questão de manter o meu auto-controle toda hora... Eu precisava dar o troco a ela, mostrar quem mandava. Me aproximei um pouco mais, o bastante para ela encostar a boca na minha, num convite irresistivel de um beijo. Mesmo cheia de arrepios no corto, rapidamente me afastei dela, sorrindo provocante e andando para trás...

- Acho que seu namoradinho não iria gostar disso. - eu disse rindo - É melhor eu ir embora... Me virei para a porta sem nem olhar para trás...

Quando coloquei a mão na fechadura, senti suas duas mãos na minha cintura, e sem que eu pudesse ter tempo para raciocionar, ela me virou de frente, me encostando na porta e me beijando com tesão! Cadê meu auto-controle anterior? Não sabia... Foi tão rápido e inesperado que eu acabei correspondendo na mesma intensidade que ela... Apertei a sua bunda com força, fazendo o seu corpo se juntar o meu... Ela agora parecia outra pessoa, me beijava com tal desejo que eu nunca havia experimentado... Tudo bem, que todas as vezes que ficávamos, era uma loucura, mas essa vez, estava com um gosto diferente, seu beijo era mais ardente, suas mãos mais ousadas e ela me apertava, me esfregava na parede! Era puro tesão! Nos separamos por um tempo depois por falta de ar, e ficamos com as testas coladas - e os corpos também -, apenas recuperando a recuperação... Quando eu abri os olhos, a vi me olhando, com um sorriso que eu achei uma graça! Acabei sorrindo também e os nossos olhos, passaram a transportar mais do que tesão... Era um misto de desejo, entrega, carinho...

``Entrega? Carinho?``

Subi a minha mão até a sua cintura de novo, continuavamos nos olhando com o mesmo olhar de variados sentimentos... Reparei em cada detalhe do seu rosto pela primeira vez... Ela era maravilhosa! Mais do isso, totalmente linda... Um tipo de beleza diferente, não chamativa, mas simples, delicada... Até que ela lentamente foi colando a boca na minha de novo, chamando para um beijo a qual imediatamente foi correspondida... Esse beijo foi diferente de todos que havíamos trocado... Foi lento, terno, carinhoso... Na verdade, fazia muito tempo que eu não troco um beijo assim com ninguém, tinha até esquecido como era a sensação... Portando, resolvi aproveitar o beijo... E era até no minimo estranho para mim que não sempre não me contetei em ficar só no beijo... Mas esse beijo tinha algo diferente, algo que me prendeu a ele... Tanto que eu perdi completamente a noção do tempo que ficamos nos beijando, nos tocando carinhosamente... Não ousamos em nenhuma hora... Estava bom demais! Uma sensação nova que nunca havia sentido... Só nos separamos por falta de ar, e ela, provavelmente sem querer, deixou escapar...

- Nossa... - falou em um susurro.

- O que foi? - disse colocando uma mecha do cabelo do seu cabelo que estava
insistindo em cair no rosto atrás da orelha dela, estranhei essa minha atitude um tanto... carinhosa, e percebi que ela também.

- Eu... E você... Isso tá tão irreal...

- Por quê irreal?

- Não sei, parece que nada disso tá acontecendo e...

Coloquei o dedo indicador delicadamente na sua boca, para que ela parasse de falar.

- Shhhh... Não tá acontecendo! - ela me olhou estranhando minha resposta - Faça acontecer, Dul...

Nos beijamos mais uma vez... Agora, comecei a pensar no que eu estava realmente sentindo por ela e se havia alguma definição...

``Será que to apaixonada? O sentimento mais forte que senti por alguém...``

Ela me apertou mais a ela, me desencostando na parede e colando meu corpo no seu, amoleci nos braços dela... Até que alguns pensamentos vieram a minha cabeça...

``Peraí? Apaixonada? Que palhaçada é essa? Desde quando acredito nisso?``

Me separei do beijo quase como um susto... Ela me olhou estranhando a minha atitude, me afastei dela...

- Eu tenho que ir, a Michelle deve estar me esperando.

Disse automaticamente, passando por uma Dulce incrédula na porta. Saí daquele quarto sem rumo nenhum, apenas andava e ignorava as pessoas que falavam comigo... E quando menos percebi, já estava na casa do Poncho... Subi rapidamente para o meu quarto e deitei na cama, enfiando minha cabeça dentro do travesseiro e o apertando com força... E inevitavelmente, senti lágrimas rolando sobre minha face... Droga! Odiava chorar, odiava demonstrar fraqueza! Mas não dava, era a única forma de extravasar toda a confusão que estava na minha cabeça. Eu, que sempre tive tanto controle sobre mim mesma, estava pega chorando por causa de uma menininha qualquer do meu colégio que eu detestava e de quebra, era quase namorada do meu amigo. Resolvi ficar deitada e ouvindo música para aliviar o estresse, e até que adiantou um pouco, por que sem perceber, acabei cochilando um pouco...

É, um pouco! Por quê não demorou muito e eu ouço o barulho da porta se abrir... Abri um pouco - quase nada - os olhos e vi a Dulce, que estava com os sapatos na mão e uma aparencia cansada... Seu rosto não tinha uma das melhores expressões... Fechei os olhos e continuei fingir que estava dormindo, e me surpreendi quando senti um peso vindo na cama...

- Anahi! Acorda...

Fingi ter acordado.

- Que foi? - disse demonstrando mal humor.

- Quero conversar com você...

- Conversar? - estranhei - Amanhã... Agora to com sono...

- Não, mas eu quero falar com você agora. - ela disse firme.

- Ok então, fale... - disse indiferente e me sentei na cama.

- Não vai trocar de roupa não? - ela me olhou da cabeça aos pés.

- Era isso que você queria falar comigo? - falei ironica.

- Não... Mas pode fazer mal você dormir de maquiagem e...

A interrompi fingindo mal humor, mas no fundo havia gostado da preocupação dela.

- Tá bom, não precisa encher mais. Eu vou colocar o pijama no banheiro e aí você fala o que tem falar.

Levantei da cama, pegando o meu pijama na minha mala e fui direto ao banheiro... Me arrumei meio apressada, ansiosa para o que ela queria conversar comigo...

``Com certeza é algo sobre o ocorrido de hoje... Será que ela percebeu alguma coisa diferente da minha parte? Tomara que não. Aliás, e se percebeu, é só eu colocar ela no lugar dela de novo que ela muda de idéia rapidinho.``

Terminei de me trocar e entrei no quarto... Ela não disfarçou o olhar cobiça quando olhou para o pijama que eu usava - um short curtissimo de malha e uma baby look -. Mas eu disfarcei o arrepio que percorreu o meu corpo quando senti esse seu olhar sobre mim. Andei lentamente até a cama e me sentei do outro lado, mas de frente a ela...

- Pode falar, sou toda a ouvidos. Ela respirou fundo antes de começar... Ela enrolou tanto que a apressei.

- Não vai falar? - perguntei ironica - Tá nervosa por quê?

- Não to nervosa! Só não sei por onde começar!

- Fala logo e para de enrolar! - disse impaciente

- Ok... - ela respirou fundo -

- Hm... - continuei impaciente, mas ao mesmo tempo ansiosa.

- Sabe, Anahi... Eu... - começou a guaguejar - Eu... - suspirou - Eu sei que nós estamos nessa enrolação a um tempinho, e eu não sou menina que sai ficando com qualquer um por aí, muito menos mulher... Aliás, não sou lésbica e não entendo o que eu faço com você e... - gaguejou de novo - E...

``Que diabos ela tá falando?``

A interrompi, impaciente com a enrolação dela. Afinal, por que que as pessoas enrolam? Acham que melhoram alguma coisa?

- Seja direta, Dulce.

- Ok... Quero saber o que você tá querendo com essa aventura toda! Por que não quero ser objeto de curiosidade de uma patricinha que não leva nada a sério com a vida. Pareceu irritada consigo mesma ao falar isso, como se estivesse dando uma bronca nela e não em mim, acabei rindo.

- Nem eu sei o que eu to querendo com isso tudo, quanto mais você vai saber.

- Mas eu não te entendo Anahi! Eu to aqui, toda apa... - ela travou -

- Toda o que? Não ouvi...

- Toda confusa! E você parece não se importar... Você não se importa com os outros não? - ela continuou desabafando - Sempre olhando com esse olhar indiferente que tanto me irrita! Sabia que beleza vai e passa?

A interrompi.

- Que bom que eu sou bonita pelo menos. - ri - Ela bufou. Ela bufou.

- Não tem como eu conversar com você! É algo sem saída... Não vou dormir aqui hoje, é o que melhor faço.

Ela já estava saindo do quarto, quando eu me toquei que...

Outro quarto = Christopher.

Fui até em sua direção e a segurei pelo braço...

- Você vai ficar aqui! - falei firme, segurando seu braço com força.

- Sua unha tá machucando... A larguei.

- Não precisa dormir em outro quarto...

- Por quê? - ela falou, agora era a vez dela de ficar com um sorriso ironico - Não aceita o fato de eu dormir no quarto do Christopher? É ciúme isso? Acabei dando um riso bem forçado.

- Ciúme de você? - disfarcei - Me poupe, Dulce... Tá sonhando demais.

- Então o que a gente passou a poucas horas atrás foi só um sonho?

- Não passamos nada... Você que está alimentando esperanças...

- Alimentando esperanças, Anahi? - ela veio se aproximar de mim - Não sou burra, sei que você esconde uma menina frágil por trás dessa sua mascára de durona, de fria, sem sentimento. - foi se aproximando mais ainda - E eu to começando a perceber que nesse jogo que você tá fazendo quem irá perder no final será você mesma. Acabei ficando com essa frase na cabeça...

``Quem irá perder no final será você``

... E sem perceber, ela me fez ter uma reação que ao muito tempo eu não tinha.

- Jogo? Você tá doida? - elevei meu tom de voz - Eu não tenho nada a perder! Você não percebeu isso? Nós não temos nada! Você só serve para matar a minha curiosidade, ouviu bem? - nossos corpos estavam próximos, minha testa colada na sua - Você não é nada para mim... - falei quase em um susurro, ela estava parada, com a boca entreaberta, um convite silencioso para eu beija-la - Eu te odeio! E contradizendo tudo que eu disse, puxei o seu corpo com urgencia e a beijei com força, fúria... Uma sensação de extravasar toda a confusão do meu corpo nesse beijo!!