Fanfics Brasil - Capitulo10: Intimidade violada Meus três namorados [Terminada]

Fanfic: Meus três namorados [Terminada]


Capítulo: Capitulo10: Intimidade violada

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Domingo de manhã decidi visitar Alfonso antes que Sam o raptasse pelo resto do dia. Os monitores


sênior tinham o dia livre, e meu plano era passar a tarde inteira sozinha, escrevendo. Meu diário é uma


válvula de escape constante em minha vida. Sempre que me sinto angustiada ou triste, me sento e escrevo


algo sobre esses sentimentos. Nove em cada dez vezes, quando termino de escrever já me esqueci do que


estava me incomodando.


Vestindo um short de moletom e uma camiseta folgada, me dirigi para a cabana dos garotos. Queria


agradecer a Alfonso por ele ter nos salvado a pele no lago na noite anterior.


O dia raiou luminoso e límpido. Os passarinhos trinavam nas árvores e os grilos cricrilavam no mato.


Eu assobiava enquanto contornava o lago, sentindo-me aliviada de toda a ansiedade do dia anterior. Aquela


nadada ao luar fora libertadora. Já não importava tanto se Christian tinha algo com Maite ou se Alfonso tinha algo


com Sam. Me sentia simplesmente feliz por ser eu mesma.


Segui a trilha através do bosque até o outro lado do lago e desci a colina na direção da cabana dos


meninos. Mochila ao ombro, bati na porta.


- Entre! - uma grave voz masculina gritou lá de dentro. Abri uma fresta e enfiei a cabeça para dentro.


Alfonso estava lendo esparramado em sua cama, vestido apenas com uma cueca roxa. Coloquei a mão na


boca.


- Aaahh! Desculpe! - exclamei, sem jeito. Mas Alfonso acenou para eu entrar.


- Não se preocupe - disse ele, sentando-se na cama na maior tranqüilidade.


Esticou o braço para pegar um par de jeans que estavam jogados por cima de uma arca de madeira e os


vestiu.


- Acho que vocês me devem uma por ontem à noite comentou, enquanto pegava uma camiseta lilás e à


vestia.


Eu apenas olhava em silêncio, levemente hipnotizada por seu peito nu e musculoso. Mesmo tendo visto


Alfonso todos os dias de maiô na praia, aquilo de alguma forma parecia um pouco mais... íntimo.


Mordi meu lábio e olhei para o lado.


- Ah, claro... - repliquei por fim. - Na verdade foi por isso mesmo que vim até aqui. Queria agradecer a


você por...


- De nada! - Alfonso interrompeu, pegando um par de meias e calçando-as. - Da próxima vez que você for


quebrar as regras do acampamento, me avise antes, pra que eu possa montar guarda.


Balancei a cabeça sorrindo e me sentei na cama em frente à dele, largando minha mochila no chão.


- Bom, a questão agora é saber se a Susanna nos viu ou não - falei. - Porque se viu, tenho um


pressentimento de que Dulce e eu vamos lavar pratos pelo resto do verão.


Mas Alfonso sacudiu a cabeça.


- Não, ela não viu absolutamente nada - garantiu, dando um sorriso malicioso. - Eu a despistei pra dentro da


casa de barcos com a desculpa de que algumas canoas estavam em péssimas condições e precisavam de reparos.


Vamos ter de consertar várias delas.


- Muito esperto - elogiei, empurrando para o lado uma pilha de roupas que estavam em cima da cama e


reconhecendo as extravagantes camisetas coloridas de Jojo.


- Ah, desculpe pela zona - disse Alfonso. - Faz vários dias que a gente não dá uma geral na cabana.


- É, tô vendo que vocês a decoraram com a roupa suja.


- Eu ia mesmo fazer uma faxinazinha hoje ... - desculpou-se Alfonso, levantando-se de um salto.


Ele apanhou a pilha de roupas e a jogou num grande cesto de roupa suja.


- Se eu soubesse que você viria teria limpado a cabana inteira com uma escova de dentes - brincou, com um


sorriso matreiro que revelou uma covinha em sua bochecha esquerda que eu nunca havia notado antes.


Fazia calor na cabana, e me abanei com a mão.


- Cadê o resto dos garotos? - perguntei.


Me ajoelheina cama e abri a janela. Uma brisa quente invadiu o quarto.


- Estão jogando beisebol com alguns monitores júnior e seus campistas. Vamos nos reunir mais tarde pra


dar um passeio na cidade, com autorização do Sargento Susanna. Quer vir com a gente? - perguntou Alfonso,


enquanto percorria toda a cabana e ia recolhendo camisetas e shorts de todos os beliches.


- Não, obrigada. Vou ficar por aí tentando escrever um pouco - respondi.


Estiquei meu cabelo para trás e o prendi com um nó atrás da cabeça.


Alfonso largou as roupas no cesto.


- Ah, vai escrever outro conto?


- Outro conto? - perguntei, surpresa, me sentando de novo no beliche.


Meu cabelo se soltou do nó, e o joguei de volta para trás dos ombros.


Alfonso pareceu subitamente atrapalhado.


- Bom, você deve se lembrar que quando eu encontrei o seu diário na praia...


Fiquei de pé.


- Me lembro muito bem. E quanto dele você viu? - perguntei com voz dura.


- Ah... Hã... foi só um pouquinho - disse Alfonso, sentando em cima da arca e passando os dedos por entre os


cabelos.


- Você leu o meu diário? - indaguei, lançando-lhe um olhar furioso.


Pude sentir meu sangue começar a ferver.


- Veja, Anahí, eu não sabia que era o seu diário - explicou Alfonso, virando as palmas das mãos para cima. -


Simplesmente abri o caderno e dei de cara com uma história. E a achei tão interessante que não consegui parar de


ler. Eu...


Mas não o deixei terminar. Não me importava a explicação dele. Não podia existir nenhuma justificativa


aceitável para aquele comportamento.


- Não consigo acreditar que você foi capaz de fazer uma coisa dessas! - gritei com raiva.


E dizendo isso agarrei minha mochila e saí tempestuosamente da cabana, batendo a porta com força.


Contornei o lago, furiosa, com passadas grandes e pesadas.


Se minha vida fosse um desenho animado, haveria fumaça saindo dos meus ouvidos. Já era ruim de sobra


que Alfonso tivesse se imiscuído nos meus sonhos naquela primeira vez no ônibus, se bem que aquilo não fora


exatamente culpa dele. Mas ler o meu diário! Isso já era intencional, e totalmente imperdoável.


O meu diário era o meu paraíso privado, o único lugar no mundo em que eu nunca me censurava. Era lá


onde eu deixava os meus pensamentos surgirem livremente e tomarem qualquer forma, onde eu liberava as


minhas tensões e expressava as minhas emoções mais íntimas e profundas. Me senti completamente violada.


Chutei um montinho de terra no caminho. Meu diário continha a verdadeira Anahí. Muitas das minhas


histórias eram altamente pessoais, e várias delas eram péssimas. Eu freqüentemente me aventurava em textos


experimentais, o que nem sempre dava certo. E não era só isso: no meu diário eu falava amplamente dos meus


sentimentos mais íntimos por Christian. E por Christopher.


E por Alfonso!


Parei petrificada sem dar mais um passo, horrorizada ante aquela constatação. Repassei mentalmente as


últimas páginas que acrescentara ao diário na semana anterior. Primeiro dissera que Alfonso era um panaca, depois


que éramos amigos, e finalmente que achava que estava gostando dele...


Me sentei no chão, praticamente no meio do mato, e enterrei a cabeça nas mãos. Me sentia como se


acabasse de ser esfolada viva.


Me levantei e decidi ir até a cabana de teatro, torcendo desesperadamente para encontrar Dulce por lá. Ela


era a única pessoa com quem eu poderia falar sobre aquilo. A única que me entenderia.


Dulce estava ocupada ajudando a equipe técnica a fazer o cenário da peça do acampamento. Era uma peça


sobre piratas dos dias de hoje, desses que assaltam iates de milionários. Fora um dos monitores júnior quem


escrevera o texto, e Dulce dissera que era engraçadíssimo. Assim que entrei na cabana vi um monte de moleques


no palco fingindo remar um barco no meio de enormes ondas de papelão. Amir estava de pé nas coxias analisando


o texto com Nádia Barnes, a diretora-assistente.


- Alto! Perigo a estibordo! - gritou um garoto que obviamente fazia o papel de capitão.


Vi outro menino engatinhar pelo chão, e uma barbatana surgiu por entre as ondas de cartão.



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Autor(a): theangelanni

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Vi outro menino engatinhar pelo chão, e uma barbatana surgiu por entre as ondas de cartão. Encontrei Dulce nos bastidores, ajoelhada no chão com uma enorme prancha de compensado à sua frente. Dei uns passos para trás para olhar. Havia uma casa pintada na prancha de madeira, em estilo moderno, com grossas linhas pretas e ângulos agu ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 136



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  • jl Postado em 26/10/2011 - 15:59:09

    Haaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaain acabei de ler essa web *--* Geeeeeeeeeeeeeeent eu amei */--*

  • jl Postado em 26/10/2011 - 15:59:09

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  • jl Postado em 26/10/2011 - 15:59:08

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  • jl Postado em 26/10/2011 - 15:59:07

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  • jl Postado em 26/10/2011 - 15:59:06

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  • jl Postado em 26/10/2011 - 15:59:05

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  • jl Postado em 26/10/2011 - 15:59:04

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  • jl Postado em 26/10/2011 - 15:59:03

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