Fanfics Brasil - Capitulo1: Novas e excitantes aventuras Meus três namorados [Terminada]

Fanfic: Meus três namorados [Terminada]


Capítulo: Capitulo1: Novas e excitantes aventuras

613 visualizações Denunciar


Dei uma última examinada em meu quarto. Era o penúltimo sábado de junho, e eu estava pronta para partir


para o acampamento de Seneca Falls, no Vale Seneca, onde trabalharia como monitora de um bando de crianças


em férias de verão. Tudo parecia estar em seus devidos lugares. A mensagem na secretária eletrônica já fora


alterada. Antes era: "Deixe suas coordenadas. Telefono mais tarde". E a nova dizia: "Anahí está em suas férias de


verão, mas mesmo assim quer falar com você. Dê uma ligada para Seneca Falls, 304-555-8639".


Meus peixes tropicais tinham acabado de jantar e nadavam felizes em seu pequeno paraíso aquático dentro


de um cubo de vidro. Deixei grudado no aquário um bilhete para Marty, meu irmão menor, com instruções sobre


como alimentá-los. O aparelho de som estava desligado e minhas malas já estavam todas prontas. Mas eu ainda


tinha a nítida sensação de estar me esquecendo de algo.


- O que foi, Anahí? – perguntou Maite Knaus, minha melhor amiga em Washington.


Maite viera para me ajudar a arrumar tudo, mas na verdade o que mais fizera fora ficar passeando pelo


quarto com sua costumeira hiperatividade, bagunçando minhas coisas.


- Você parece um pouco aérea - comentou.


Peguei o CD que Maite rodopiava em minha mesa e o guardei na embalagem.


- Sinto como se estivesse me esquecendo de algo - respondi.


- Desencana - replicou Maite. - Não sobrou nada no seu


armário. Você está levando até o seu vestido de formatura do primário. E todos os seus livros, sabe-se lá


pra quê.


Ela tirou um livro da minha mala, folheou as páginas e o jogou pelos ares, errando a cama e


acertando a parede. Eu o resgatei e coloquei de volta na mala.


- Você vai trabalhar como monitora, Anahí. Não como professora.


Ela pegou outro CD.


- Sério, Maite, é alguma coisa importante de que não consigo me lembrar. Que raio será que estou


esquecendo?


Maite saltou por cima das malas e se jogou na minha cama.


- Que tal isto? - perguntou, segurando o porta-retratos dourado que ficava no meu criado-mudo.


Christian.


- Claro... - concordei, esticando a mão - Não posso esquecer a foto do meu namorado.


Maite jogou o porta-retratos, e eu o peguei no ar. Senti uma certa nostalgia do passado ao examinar a


foto. Era um retrato de Christian montado em sua bicicleta acompanhado por Doutor J, seu cachorro. Eu a tirara


antes de ir ao Acampamento Seneca Falls no verão anterior, poucos minutos antes de prometer a Christian que


pensaria nele todos os dias.


E falara a sério.


Só que não sabia que iria conhecer Christopher Uckermann.


Eu achara Christopher superatraente desde o primeiro instante em que o vira no café de Seneca Falls. Ele


não tinha o mesmo tipo de beleza de Christian - uma combinação de rebeldia, rudeza e falta de jeito. Mas era


intensamente, preocupantemente bonito e charmoso.


Christian tinha uma beleza natural e sem afetação, com seus cabelos longos e castanhos, pele bronzeada e


um grande e luminoso sorriso. Mais ou menos o protótipo de homem dos anos setenta: pacífico, relaxado,


sem encucações. Sua marca registrada eram suas calças largas de algodão e as camisetas de cores suaves.


Tinha uma presença marcante, e todos gostavam dele. Christian estaria totalmente em seu hábitat num festival de


Woodstock, por exemplo.


Christopher, por outro lado, parecia ter acabado de sair de algum café de intelectuais existencialistas de


Paris. Era alto e magro, cabelos pretos ligeiramente compridos, maçãs do rosto salientes, pele branca e pálida


e penetrantes olhos castanho-escuros. Um nova-iorquino típico, um ano mais velho do que eu e mais sofisticado


que a maioria dos garotos da minha escola.


Christopher tinha sempre uma expressão torturada, como se estivesse tentando desvendar os mistérios da


existência. Ele fora o assistente do cozinheiro-chefe do acampamento no último verão. Preparara alguns pratos


incríveis para mim e me contara histórias fascinantes sobre suas viagens pela Europa e Ásia. Mesmo sabendo que


seu hábito de soltar eventuais frases em francês era um bocado pedante, eu não podia evitar um friozinho de


prazer no estômago cada vez que ele dizia: "Je t`aime, Anahí" - como diriam os garotos normais, "Eu te amo,


Anahí".


Christopher me perseguira insistentemente durante todo o verão.


Não se importava por eu ter um namorado em Washington, nem se preocupava com a perspectiva de não


nos vermos mais quando o verão acabasse. "A gente tem de aproveitar o presente, o aqui e agora", ele repetia


sempre. Apesar de toda aquela sua bajulação me agradar e afagar o meu ego, eu conseguira resistir à tentação.


Com exceção de uma vez...


Fechei os olhos, me lembrando da última vez em que ficara a sós com Christopher. Ele preparara um delicioso


piquenique para nós dois e me levara a um recanto escondido perto das cataratas. Comêramos baguetes com


queijo de cabra e tomate enquanto admirávamos as quedas d`água. E ele me contara sobre uma ocasião em que


tinha improvisado um recital de poesia num café em Paris.


Depois que termináramos de comer, Christopher lera para mim em francês. Um poema de Baudelaire. Não


importava que eu não entendesse uma palavra do que ele dizia, nem que ele com certeza já tivesse feito


exatamente a mesma coisa com uma centena de outras garotas, nem que eu houvesse prometido a Christian que nunca


o trairia. Tudo o que importava naquele instante era que Christopher estava ali, fazendo com que me sentisse uma


mulher madura e muito romântica.


Eu me atirara em seus braços quando ele acabara de ler o poema. Ele afastara meus cabelos para trás e


acariciara meus lábios com o dedo indicador. De repente o tempo parecia ter parado. Tudo ao redor, com exceção


das quedas d`água, silenciara ou parecera ter recuado para um plano muito distante. Christopher olhara no fundo dos


meus olhos, e eu erguera minha cabeça na direção da dele. Mas naquele momento a imagem de Christian explodira em


minha mente, e quando os lábios de Christopher tinham começado a tocar os meus, eu afastei minha cabeça.


- Christopher, não posso... não posso fazer isso... - eu disse, sem fôlego.


Ele apenas balançou a cabeça, decepcionado.


- Ah, Arma - ele balbuciou -, você ainda é muito nova. pra saber o que realmente importa na vida...


Nesse instante, tirando-me do devaneio e me fazendo retornar ao meu quarto, ouvi Christian gritar do andar de


baixo:


- Motorista às ordens, senhoritas! - Ele subiu as escadas de dois em dois degraus como sempre fazia.


Pisquei e despenquei novamente no presente. Uma forte onda de sentimento de culpa me invadiu quando


Christian entrou no quarto. Um ano inteiro passara, e mesmo assim eu ainda pensava em Christopher Uckermann, em como


teria sido ficar com ele, nas oportunidades que tinha perdido... Eu não me arrependera de ter permanecido fiel a


Christian- na verdade me sentia muito orgulhosa por ter resistido à tentação. Mas sempre continuaria imaginando...



Vestindo uma calça verde-oliva bem larga e uma camiseta azul clara, Christian parecia bonito e solto como


sempre. Seu cabelo estava preso num rabo-de-cavalo folgado, e alguns fios caíam sobre seu rosto.


- Ao seu dispor, mademoiselle.


Eu sorri, mas aquela palavra francesa me fez pensar em Christopher e me produziu um arrepio.


- Oi, Christian - falei, ficando na ponta dos pés para beijá-lo. Não sou baixinha, mas Christian é alto. Muito alto. Eu


sempre dizia que ele tinha um e oitenta e nove, mas ele garantia que era um e oitenta e três. Era um constante tema


de discussão entre nós. Christian achava que eu queria fazê-lo mais alto para também parecer mais alta.


Christian bateu palmas, todo seu corpo exalando energia.


- Tudo pronto, tia Anahí? - perguntou. - Pronta pra pegar a estrada e se encontrar com aquele bando de


fedelhos em Seneca Falls?


Balancei a cabeça dizendo que sim. Com a energia de Christian e Maite reunidas daria para explodir o teto de


uma casa.


- Ela está pronta - confirmou Maite, se debruçando sobre a minha mochila. - Só não consegue decidir


se você vai ou não com ela.


Maite se levantou e pegou um boné azul de beisebol em cima da escrivaninha, rodopiando-o no ar.


- O quê? - perguntei, confusa. - Ah, claro... Eu ainda estava segurando a foto de Christian.


- Claro que ele vem comigo - continuei irritada, jogando o porta-retratos na mochila.


- Então vamos lá - disse Christian, pegando minha abarrotada sacola de viagem.


Ele a levantou do chão e logo a deixou cair de novo, com um ruído surdo.


- Caramba! O que é que tem aqui dentro? Cimento?


- Vamos dar uma olhada - disse Maite. - Um dicionário,


alguns livros de biologia, todos os cadernos de inglês dos últimos três anos...


- Tá bem, tá bem, chega! - interrompi, pegando a alça da sacola e sorrindo para Christian. - Motorista, por


gentileza?


- O homem foi feito para servir às mulheres - respondeu ele suspirando, pegando a sacola e abrindo a


porta.


Coloquei minha mochila nas costas e pulei algumas vezes para distribuir o peso. Depois ajustei as


alças dos ombros e a correia em volta da cintura.


- Pé na estrada, Jack - falei com um sorriso safado para Maite, parodiando uma música do Ray


Charles.


- Muito engraçadinha - replicou ela, fazendo uma careta e descendo atrás de mim.


- Você se despediu dos seus pais? - Maite perguntou enquanto descíamos as escadas.


Fiz um gesto negativo com a cabeça.


- Minha mãe não queria ir ao trabalho só pra ficar aqui e me ajudar, mas consegui convencê-la de que


sou capaz de me virar sozinha.


- A nossa garotinha está crescendo rápido demais - gozou Maite, torcendo o nariz numa expressão


zombeteira.


Ela abriu a porta da frente.


Uma onda de calor me envolveu quando dei o primeiro passo para fora de casa. Apesar de ainda ser muito


cedo, o sol já estava bem quente. Com certeza seria um dia sufocante. A luz solar se refletia na enferrujada lataria


cor-de-laranja da velha camionete de Christian.


- O Doutor J não vai dirigindo, vai? - perguntou Maite enquanto colocávamos minhas coisas na parte de


trás da camionete.


O bobalhão do cachorro estava pendurado na direção, babando no painel.


- Não, ele ainda não conseguiu tirar a carteira. Continua errando na hora de fazer a baliza - brincou Christian,


jogando as chaves para Maite. - Por que você não dirige? Assim eu e a Anahí podemos ficar nos agarrando até a


rodoviária.


Ele sorriu e piscou para mim. Em seguida abriu a porta do carro para que Doutor J saísse.


- Vamos lá, Doutor J, chega de palhaçada por hoje.


O cachorro latiu duas vezes e pulou para a traseira da camionete. Ficou saltando excitado, farejando o ar.


Depois rodou um pouco em círculos e por fim se acomodou em cima das minhas malas.


- Vocês não vão me deixar segurando vela, né? - perguntou Maite, enquanto se acomodava no banco da


frente.


- Vamos tentar manter o controle - respondi sorrindo. Na verdade era só uma brincadeirinha entre mim e


Christian. Ele nunca gostara muito das MPAs - Manifestações Públicas de Afeto -, e de alguma forma o nosso


relacionamento amadurecera com o decorrer dos anos. Não sentíamos nenhuma necessidade de nos agarrarmos


na frente dos outros.


Me sentei ao lado de Christian e peguei na sua mão. Ele apertou a minha, e senti uma pontada no coração. Christian


era meu companheiro constante, e sua presença sempre me reconfortava. Seria difícil me afastar dele mais uma


vez durante todo o verão.


Fiquei sentada de pernas cruzadas observando os monumentos da cidade de Washington que passavam por


nós, e percebendo apenas vagamente as constantes brincadeiras entre Maite e Christian. Continuei em silêncio durante


todo o caminho, absorta em meus pensamentos sobre o verão que me aguardava em Seneca Falls.


Eu me divertira muito no acampamento do ano anterior. No início não quisera ir, pois não suportava a idéia


de passar todo o verão bancando a babá de um monte de crianças. E o Seneca Falls, um acampamento de férias


com seis semanas de duração para crianças entre nove e treze anos de idade, estava absolutamente repleto delas.


Durante aquela primavera eu planejara ficar em Washington durante o verão. Pretendia escrever um pouco,


talvez organizar um grupo de redação. Então recebera um telefonema de Dulce Maria, minha amiga mais


antiga e mais querida. Ela tinha sido minha vizinha, e nós crescêramos juntas. "Vocês duas parecem irmãs


siamesas", minha mãe costumava dizer. Mas no início do colegial a mãe de Dulce recebera uma ótima oferta de


emprego de uma empresa do Maine, e a família toda se mudara para lá. Eu ficara arrasada.


- Você já tem planos pro verão? - perguntara a voz calorosa de Dulce do outro lado da linha.


Nós nos falávamos pelo menos uma vez por semana, e sempre que ela ligava nem sequer dizia "alô": ia


direto ao assunto. Eu gostava daquilo, era como se nunca houvesse existido distância alguma entre nós.


- Não exatamente. Por quê? - eu perguntara, com uma certa apreensão.


O tom de voz de Dulce parecia querer dizer "tive uma idéia", e suas idéias tendiam a ser inaceitáveis.


- Anahí, vamos a um acampamento como monitoras! exclamara ela.


- Acampamento? Sem essa, Dulce! Não tenho a mínima intenção de passar todo o verão cuidando de um


monte de crianças.


- Um acampamento não é feito só de crianças - ela explicara. - Tem também os outros monitores, fogueiras


à noite, muita diversão... e liberdade. Você vai ver. Vai ser demais. E ainda por cima vamos passar seis semanas


juntas.


Aquele fora o argumento decisivo: a possibilidade de passar o verão com Dulce.


E ela estava certa. O acampamento foi maravilhoso. Meus deveres de monitora naquele verão não foram


chatos, e trabalhar com as crianças foi até mesmo muito divertido. No fim da temporada eu me apegara


bastante ao grupo de meninas de dez anos de idade com as quais dividira uma cabana. Eu era a monitora


responsável pelas atividades artísticas e trabalhos manuais, e levara um monte de projetos para desenvolver


com os campistas. Tínhamos pintado camisetas e criado um enorme mural cheio de cenas do acampamento.


E as noites também tinham sido ótimas: fazíamos churrascos, jantares ao ar livre e jogos de vôlei noturnos.


Aquele meu segundo verão no Acampamento Seneca Falls tinha tudo para ser ainda melhor. Como


monitora sênior, eu teria mais privilégios e mais independência. Havia oito monitores júnior e oito monitores


sênior no acampamento, e os sênior ficavam em cabanas independentes. Os monitores júnior, além de dormir


com os campistas na mesma cabana, eram responsáveis pela coordenação de todas as atividades e por tomar


conta deles à noite.


Os sênior tinham muito mais liberdade. Como não nos ocuparíamos dos campistas todas as noites,


poderíamos usar o tempo livre para as nossas próprias atividades. Naquele ano eu ficaria encarregada de dar


aulas diárias de natação e workshops de artes duas vezes por semana. Mal podia esperar para encontrar meus


amigos do verão anterior, e estava louca para ser instrutora de natação. No ano anterior eu não tivera


condições para assumir o posto. Todas as atividades no Seneca Falls - com exceção da natação - eram


orientadas por um monitor sênior e um júnior. Mas como as aulas de natação eram no lago, e potencialmente


perigosas, a diretora do acampamento confiava apenas nos sênior que tivessem experiência como salvavidas.


Eu tentara convencer Christian e Maite a irem ao acampamento comigo e Dulce naquela segunda


temporada. Mas Christian tirara três notas vermelhas - quatro, contando Educação Física - e tinha ficado de


recuperação no verão. Maite também não poderia ir. Jogava no time de futebol feminino e queria participar


do campeonato de verão. Com seu cabelo espetado, curto e preto e um espírito constantemente irrequieto, ela


sempre tivera um jeito de menino, mas mesmo assim conseguia ser atraente de uma maneira só sua.


Sentada ao lado de Christian na camionete, com um irracional sentimento de abandono, suspirei e abracei


minhas pernas. A palavra "vôlei" invadiu meus pensamentos, e voltei minha atenção para a conversa entre


Christian e Maite.


- Este vai ser o melhor torneio de vôlei que Washington já teve - dizia Christian.


Ele estava sentado na beirada do banco, tocando um tambor imaginário.


Christian e Maite haviam se inscrito para serem capitães dos times masculino e feminino de vôlei de Sara


toga, a nossa escola, no torneio estadual daquele verão. Tinham tentado me convencer a participar, mas eu


queria voltar ao acampamento.


- Sem dúvida - concordou Maite. - A Saratoga vai tomar conta de Washington neste verão.


Maite estava excitada como sempre. Mesmo quando dirigia não conseguia parar de se mexer. Batia


no volante com a mão direita e balançava a cabeça. Era como se ela e Christian estivessem seguindo um mesmo


ritmo inaudível para os meus ouvidos.


Christian me abraçou e me puxou para perto de si.


- Tem certeza de que não quer mudar de idéia, Anahí?


- É, Anahí! - arremedou Maite. - Por que você não desiste


dessa história de acampamento e se junta a nós no caminho da fama?


Eu ri.


- Não, o vôlei não é pra mim. Além do mais, os atletas aqui são vocês.


Na verdade eu também era bastante esportiva. Fazia parte do time de natação da escola e já trabalhara


como salva-vidas num clube alguns verões antes. Mas não era do tipo que gostava de aparecer. Gostava


mais de usar a minha cabeça, de observar as pessoas e escrever textos sobre minhas experiências. Meu


sonho era escrever romances e algum dia ter um pequeno café - um café do tipo que os artistas freqüentam.


Maite riu.


- É, provavelmente você ia querer ensinar a filosofia do vôlei em vez de liderar o time.


- "O zen e a arte de jogar vôlei", de Anahí Puente - completou Christian em tom gozador.


Todos rimos, mas o humor se esfumou quando Maite estacionou na rodoviária. Os olhos de Christian


foram ficando tristes enquanto ele me acompanhava até o ônibus. Mesmo que não dissesse nada, eu sabia


que sentiria muito a minha falta. E eu, a dele.


Depois de Christian ter colocado minhas malas no bagageiro do ônibus, nós três ficamos parados perto da


camionete dele, meio sem saber o que fazer. Observávamos os outros passageiros chegando e saindo, e


não tínhamos muito o que dizer.


- Bem, vou deixar vocês se despedirem - disse Maite, me abraçando. - Cuide-se.


- Tá bom. Você também - respondi. - E me faça um favorzinho: fique de olho em Christian.


- Combinado - garantiu Maite, pegando Doutor J pela correia e levando-o para dar uma volta pelo


estacionamento. Christian me abraçou e me olhou nos olhos. Os dele brilhavam com o sol da manhã.


- Vou escrever pra você todos os dias - disse sorrindo, seus olhos se fechando um pouco e formando


rugas nos cantos.


- Eu também.


Eu sabia que provavelmente Christian me mandaria apenas dois ou três cartões-postais durante todo o


verão, mas achava que ele realmente pensava que ia me escrever todos os dias. Fazia parte de seu charme:


Christian sempre desejava do fundo do coração que as coisas que dizia se realizassem, só que não conseguia se


concentrar pelo tempo necessário para que elas de fato acontecessem.


Fiquei na ponta dos pés para lhe dar um beijo de despedida. Um belo beijo. Como todos os nossos


beijos.


Mas eu não conseguia deixar de pensar no promissor verão que me aguardava, cheio de novas e


excitantes aventuras.


 



 



Compartilhe este capítulo:

Autor(a): theangelanni

Este autor(a) escreve mais 24 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?

+ Fanfics do autor(a)
- Links Patrocinados -
Prévia do próximo capítulo

O ônibus estava quase vazio quando entrei. Só uns poucos passageiros: um homem de terno e gravata, uma mulher com três crianças histéricas, e duas garotas que pareciam ter mais ou menos a minha idade. Escolhi uma poltrona no fundo e me afundei nela. Observei Christian e Maite fazendo uma pequena bagunça no estacionamento enquanto o ...


  |  

Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 136



Para comentar, você deve estar logado no site.

  • jl Postado em 26/10/2011 - 15:59:09

    Haaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaain acabei de ler essa web *--* Geeeeeeeeeeeeeeent eu amei */--*

  • jl Postado em 26/10/2011 - 15:59:09

    Haaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaain acabei de ler essa web *--* Geeeeeeeeeeeeeeent eu amei */--*

  • jl Postado em 26/10/2011 - 15:59:08

    Haaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaain acabei de ler essa web *--* Geeeeeeeeeeeeeeent eu amei */--*

  • jl Postado em 26/10/2011 - 15:59:07

    Haaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaain acabei de ler essa web *--* Geeeeeeeeeeeeeeent eu amei */--*

  • jl Postado em 26/10/2011 - 15:59:07

    Haaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaain acabei de ler essa web *--* Geeeeeeeeeeeeeeent eu amei */--*

  • jl Postado em 26/10/2011 - 15:59:06

    Haaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaain acabei de ler essa web *--* Geeeeeeeeeeeeeeent eu amei */--*

  • jl Postado em 26/10/2011 - 15:59:05

    Haaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaain acabei de ler essa web *--* Geeeeeeeeeeeeeeent eu amei */--*

  • jl Postado em 26/10/2011 - 15:59:04

    Haaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaain acabei de ler essa web *--* Geeeeeeeeeeeeeeent eu amei */--*

  • jl Postado em 26/10/2011 - 15:59:04

    Haaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaain acabei de ler essa web *--* Geeeeeeeeeeeeeeent eu amei */--*

  • jl Postado em 26/10/2011 - 15:59:03

    Haaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaain acabei de ler essa web *--* Geeeeeeeeeeeeeeent eu amei */--*


ATENÇÃO

O ERRO DE NÃO ENVIAR EMAIL NA CONFIRMAÇÃO DO CADASTRO FOI SOLUCIONADO. QUEM NÃO RECEBEU O EMAIL, BASTA SOLICITAR NOVA SENHA NA ÁREA DE LOGIN.


- Links Patrocinados -

Nossas redes sociais