Fanfics Brasil - Capitulo12: Nuvens negras no horizonte Meus três namorados [Terminada]

Fanfic: Meus três namorados [Terminada]


Capítulo: Capitulo12: Nuvens negras no horizonte

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Christian e eu estamos sozinhos, dançando uma música lenta
na praia. Seus braços me apertam com força


contra seu corpo, e ele começa a sussurrar algo em meu
ouvido. Mas não consigo ouvir
o que
ele diz. Coloco
o


ouvido mais perto de sua boca, tentando entender-lhe as
palavras. Mas a música subitamente se transforma num


rap barulhento,
e todo
o acampamento se aglomera na areia para dançar. A batida da
música vai crescendo e se


tomando cada vez mais alta e obsessiva, acompanhando o som das ondas que quebram na praia.


Uma onda gigantesca e violenta como um maremoto se levanta
de repente horizonte, vem correndo a uma


velocidade espantosa, varre a praia e arrasta Christian para o mar.


- Christian! - eu
grito.


Mas nenhum som sai da minha garganta.


- Christian! Christian! Christian! - continuo a
gritar, sem som.


A multidão forma um círculo fechado ao meu redor, cada vez
mais fechado, e
o rap continua a
soar cada


vez mais alto.


Tum, tum, tum...


Saltei
abruptamente da cama, meu coração rebatendo contra o tórax. Olhei ao redor como
uma louca,


tentando
entender onde estava. Fechei os olhos e dei um suspiro de alívio. Estava na
minha cabana. Fora só um


sonho.
Christian estava em Washington, são e salvo.


Olhei
para o meu despertador na penteadeira. Os dígitos vermelhos brilhavam na
escuridão: quarta-feira,


cinco
da manhã.


Então
ouvi um som suave, uma leve pancada que parecia vir da janela, e entrei em
pânico. Minha mão


tremia
enquanto eu abria a cortina e olhava para fora. Era Alfonso, acenando para que
eu saísse.


Suspirei
fundo e fiz um sinal de silêncio com o dedo indicador.


-
Espere um pouco - sussurrei.


Esfreguei
meus olhos com as costas das mãos, ainda confusa por causa do sonho. Parecera
tão real... Por


que
uma onda gigantesca arrastara Christian para o mar? Será que eu queria
empurrá-lo para longe de mim? E por que


Alfonso
estava lá fora me chamando antes de o sol nascer?


Me
levantei da cama e peguei minhas calças jeans e uma camiseta. Me vesti o mais
silenciosamente


possível,
agarrei minhas sandálias pelas alças e saí andando descalça a passos de gato
pelo chão de madeira da


cabana.


Uma
tábua do chão rangeu e Sam se agitou na cama, murmurando algo em seu sono.
Parei congelada no


meio
de um passo, prendendo a respiração. Mas então ela se virou para o outro lado e
o ritmo de sua respiração


voltou
ao normal. Abri a porta com o máximo cuidado e me esgueirei para fora.


-
Bom dia - sussurrou Alfonso, sorrindo.


-
Você ficou louco? - perguntei, jogando minhas sandálias no chão e enfiando meus
pés nelas.


Ia
ser uma manhã quente, e o sol já começara a nascer. Os olhos de Alfonso estavam
brilhando.


-
Venha, quero mostrar uma coisa a você - ele disse.


- E
isso não podia ter esperado até mais tarde? - gemi.


Estiquei
meus braços por trás da cabeça e me espreguicei.


Alfonso
riu.


-
Não, não podia. Você vai ficar feliz de ter vindo. Prometo. Ele pegou na minha
mão e me guiou para o


bosque.


A
mata estava completamente quieta, exceto pelo farfalhar das folhas com a brisa
cálida. Alfonso e eu


também
caminhávamos em silêncio, prestando atenção na vida da floresta acordando para
um novo dia. Aos


poucos
os passarinhos começaram a piar nas árvores e os grilos a cantar. O mato ainda
estava escuro, e sentíamos


sob
os nossos pés a umidade do chão molhado pelo orvalho fresco da manhã.


Caminhamos
até o lago, descemos até a praia e nos sentamos na areia. O que estou fazendo
aqui?, eu


perguntava
a mim mesma uma e outra vez. E Christian? Será que eu poderia estar realmente
sentindo algo de


verdadeiro
por Alfonso quando ainda amava Christian?


Alfonso
me puxou para perto de seu corpo. Me rendi à magia do momento, colocando meus
pensamentos


sobre
Christian de lado ao mesmo tempo que me reclinava contra o peito de Alfonso.


Ele
passou seu braço ao redor da minha cintura.


-
Chegamos na hora certa - falou.


O
lago já estava de um azul plácido, embora o dia ainda mal tivesse começado a
raiar no horizonte. Faixas


de
rosa e amarelo-dourado rasgavam o céu turquesa. Olhei maravilhada para o grande
disco vermelho do sol, que


criava
uma trilha de fogo pela superfície do lago. A água cintilava pura e límpida
como uma lágrima de cristal.


-
Era isto que eu queria mostrar a você - sussurrou Alfonso no meu ouvido.


Meu
corpo inteiro se arrepiou ao sentir o calor de seu hálito na minha orelha.
Suspirei fundo.


-
Ah, Alfonso, é lindo demais... - falei baixinho, quase chorando de emoção.


-
Mas não tanto quanto você - ele disse.


Me
virei para olhá-lo, sorrindo. Ele se inclinou para mais perto de meu rosto e me
beijou com seus lábios


quentes
e doces. Em seguida me puxou contra seu corpo e me abraçou forte, justamente
quando os primeiros raios


do
sol batiam na praia.


Quando
a hora do almoço chegou, eu me sentia física e emocionalmente acabada. Dera uma
aula de artes


de
manhã cedo, e havíamos tingido quase cem camisetas para a grande gincana do
acampamento. Eu mal


conseguira
manter meus olhos abertos durante toda a manhã. Não só isso: não conseguia
acreditar que tinha


beijado
Alfonso - duas vezes. Primeiro à noite, logo após o churrasco, e depois de novo
ao amanhecer.


-
Ficou acordada até muito tarde ontem à noite? - perguntou Dulce, dobrando um
pedaço de pizza em dois


e
dando uma mordida.


Eu
descansava apoiando o cotovelo na mesa e o queixo na palma da mão.


-
Não, mas acordei muito cedo. Alfonso foi me chamar às cinco da manhã pra
assistir ao nascer do sol no


lago.


Dulce
gemeu.


-
Argh! Isso é tão romântico que dá até enjôo.


Ela
pegou um guardanapo na mesa e limpou suas mãos. Eu sorri.


- E é romântico, não é?


Dulce
me encarou com um sorriso cínico.


-
Você vai ficar linda de cabelo roxo, Anahí.


A
aposta! Eu tinha me esquecido completamente.


- Um
simples nascer do sol não pode ser classificado como envolvimento amoroso -
refutei rapidamente. -


Além
do mais, eu tenho namorado.


Dulce
encolheu os ombros e sorriu de novo, agora com um ar de esperta.


-
Tem, mas fora do seu campo de visão, fora do seu aqui e agora emocional... Você
não vai poder resistir


pra
sempre, Anahí - disse ela, tomando um gole de refrigerante. - Encare os fatos:
o seu cabelo vai ficar roxo.


Olhei
para cima, bufando.


-
Você é impossível, Dulce.


Fiquei
alheia ao que acontecia à minha volta durante o resto da refeição. Os campistas
estavam se


mostrando
especialmente bagunceiros, mas eu os ignorei. Simplesmente deixei Dulce cuidar
deles. Olhava para o


espaço
vazio, indiferente ao tumulto que tomava conta do refeitório. Tudo em que
conseguia pensar era no meu


aconchegante
beliche na cabana e no quanto queria estar lá - sozinha.


Depois
do almoço passei pela secretaria. Enfiei a mão na minha caixa de
correspondência, por puro hábito,


crente
de que ela estaria vazia. Mas para a minha surpresa havia uma carta. Olhei com
curiosidade para o


envelope.
Mais uma carta via aérea sem endereço de remetente. Mas dessa vez não senti
nenhuma excitação por


receber
correspondência de Christopher. A última coisa de que eu precisava àquela
altura era das atenções de mais um


garoto.


Li a
carta enquanto caminhava para o lago. Tinha duas páginas, nas quais Christopher
me contava sua viagem


pela
África. Ele estava na pior. A temperatura era insuportavelmente alta, não havia
água corrente e ele não


entendia
uma palavra da língua local.


-
Ah, não! Não pode ser verdade! - gritei quando cheguei ao fim da carta.


Pisquei
algumas vezes e li de novo, na esperança de que os meus olhos tivessem me
enganado. Mas não, eu


lera
corretamente: Christopher estava a caminho de Seneca Falls, uma visita
surpresa. E chegaria justamente no dia


Quatro
de Julho!


"Sinto
tanto a sua falta, Anahí", escrevera Christopher. "E tenho uma
surpresa pra você. Em poucos dias estaremos


um
nos braços do outro de novo. Talvez possamos retomar tudo de onde paramos no
verão passado. Você se


lembra
do nosso piquenique particular na cachoeira? O meu avião chega na sexta-feira
bem cedo. Vejo você aí por


volta
das dez da manhã!"


Me
sentei numa pedra e olhei para a carta em estado de choque. "Em poucos
dias estaremos um nos braços


do
outro de novo." Christopher estava vindo me visitar. E agora?


Revistei
freneticamente todo o envelope, na esperança de que ele tivesse deixado algum
endereço em que


eu
pudesse encontrá-lo a tempo. Mas ele escrevera apenas "Christopher,
África". Olhei para o céu, bufando de irritação.


Típico
de Christopher.




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Autor(a): theangelanni

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  De todo jeito, dava na mesma. Me dei conta ao olhar para o carimbo do correio de que a data de chegada da carta nos Estados Unidos era de dois dias antes. Onde quer que Christopher estivesse quando me escrevera, já tinha ido embora havia tempo. Na verdade ele provavelmente já estava nos Estados Unidos e a caminho de Seneca Falls. A sit ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 136



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  • jl Postado em 26/10/2011 - 15:59:09

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