Fanfics Brasil - Meus três namorados [Terminada]

Fanfic: Meus três namorados [Terminada]


Capítulo: 26? Capítulo

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Sentada
na beirada da minha cama, me forcei a respirar fundo várias vezes. Tentei me
manter calma, mas


quando
o chuveiro foi desligado e escutei Christian assobiando alegremente, um súbito
pânico tomou conta de mim.


Sabendo
que ele tentaria abrir a porta a qualquer momento, fechei os olhos e comecei a
contar até dez bem


devagar.


Quando
cheguei no cinco, ouvi uma batida na porta da cabana. Meus olhos se abriram
estatelados. Christopher. O


pesadelo
estava ficando pior a cada minuto. Pulei e corri até a porta, na esperança de
poder me livrar de Christopher


antes
que Christian suspeitasse de qualquer coisa.


Mas dei
meia-volta instantaneamente ao ouvir o som de Christian girando a maçaneta da
porta do banheiro. Ele


puxou
e empurrou a maçaneta por dentro, mas a cadeira manteve a porta firme.
Christian continuou tentando.


-
Ei, Anahí! Esta droga aqui travou! - ele gritou, batendo na porta e forçando a
maçaneta de novo.


Meu
pânico aumentou, e olhei em desespero da porta do banheiro para a porta da
cabana alternadamente.


Fiquei
paralisada no meio do quarto, como um animal selvagem encurralado pelos seus
predadores.


Christopher
deu de novo uma batida rápida na porta de entrada, e Christian esmurrou com
mais força a porta do


banheiro.


Respirei
fundo mais uma vez. Concentre-se, Anahí. Primeiro livre-se de Christopher.
Depois você cuida do Christian.


Corri
até a porta do banheiro e gritei por uma frincha entre as tábuas.


-
Agüente só um minutinho aí, Joe1! Tem alguém batendo na porta da cabana. Já
volto.


Me
precipitei até a porta de entrada, rezando para conseguir me livrar rapidamente
de Christopher. Quando por


fim
abri a porta, pisquei surpresa. Não era Christopher. Era Derek.


-
Derek! - exclamei aliviada.


-
Oi, Anahí. A Dulce está por aí? - ele perguntou. - Temos de cuidar dos últimos
detalhes pra festa de hoje à


noite.


-
Ah!... Hã... Eu acho que ela está lá embaixo, na cabana central - respondi
apressada.


-
Legal, obrigado - agradeceu Derek. - A gente se vê mais tarde.


Fechei
a porta e me inclinei contra ela, tremendo de alívio. A voz de Christian
ressoou de novo no banheiro.


-
Ei, você aí fora. Se esqueceu de mim? - ele gritou.


- Tô
indo - gritei de volta, correndo até a porta e retirando silenciosamente a
cadeira.


Sacudi
a maçaneta para fingir que havia algum problema com ela e abri. Christian
estava de pé na soleira, só de


calças,
com uma expressão irritada no rosto avermelhado pelo calor e uma toalha
pendurada em seus largos


ombros.


-
Desculpe pela demora - falei. - Às vezes a porta emperra por causa da umidade.


Subitamente
a porta da frente se abriu e Dulce entrou. Seu cabelo estava todo despenteado,
e seu olhar


furioso.


-
Anahí, deu zebra - disse, falando à velocidade da luz. - O Christopher está
delirando de febre, deve ter pego


algum
tipo de gripe. Ele simplesmente não me ouve, e insiste em vir pra cá.



então ela reparou em Christian.


-
Ah!... Hã... Oi! - cumprimentou sem graça, forçando um enorme sorriso. - Sou Dulce,
a companheira de


quarto.


-
Muito prazer - replicou Christian, estendendo a mão. - Sou Christian, o
namorado.


Os
dois riram. Christian sentou na cadeira de balanço e esticou os braços para
pegar suas botas.


Justamente
naquele instante Christopher irrompeu dentro da cabana, balbuciando algo sobre
águas barrentas e


moscas
tsé-tsé. Seu cabelo preto estava mais comprido que no verão anterior, caindo
quase até seus ombros, e


uma
barba rala de três dias cobria seu queixo. Me pareceu tão bonito quanto sempre,
mas com um aspecto de


louco.
Seus olhos pareciam desfocados e delirantes, e seu rosto estava corado de
febre. Ele desabou na minha


cama,
murmurando algo a respeito da respiração.


E
agora, como eu ia sair daquela? Olhei para Dulce com uma expressão de
desespero.


Ela
assumiu o comando.


-
Escutem, vocês dois se importariam de nos deixar a sós? - nos perguntou. -
Christopher, o meu... hã, meu


namorado,
acaba de chegar da África e não está passando bem. Talvez seja contagioso.


-
Claro - respondeu Christian, pondo-se de pé imediatamente.


- Eu
já estava mesmo de saída.


Ele
vestiu sua jaqueta e recolheu suas roupas do chão. Então se inclinou e me
beijou na bochecha.


- A
gente se vê à noite, Anahí.


Depois
que a porta bateu, me sentei no beliche de Dulce, dando-lhe um sorriso
agradecido.


-
Obrigada por me tirar desta.


- De
nada - disse Dulce.


Ela
ficou parada por um segundo, pensativa.


- O
Christian parece ser mesmo um doce - comentou. - Dá pra entender o seu dilema.


Christopher
começou a tremer convulsivamente na cama, sacudindo as pernas e golpeando o ar
com os braços.


Me
sentei ao lado dele na beirada do beliche.


-
Christopher, você consegue me ouvir? - perguntei, pousando uma mão em sua
testa.


Ele
ardia em febre, com o rosto já quase escarlate. Começou a murmurar algumas
palavras, e me inclinei


mais
para perto para tentar entender.


-
Anahí... Eu vejo... animais enormes ... Um safári... Nai... Nairobi... Anahí...
- balbuciou.


Então
fez uma careta, como se estivesse se concentrando em algo.


- Os
aborígenes que vivem no deserto de Kalahari... Homens da mata ... Florestas
selvagens...


De
repente soltou uma gargalhada e repetiu as mesmas palavras.


-
Homens da mata... Florestas...


Olhei
preocupada para Dulce.


- Dulce,
ele está completamente alucinado. Eu o sacudi com vigor.


-
Vamos lá, Christopher, volte à realidade!


Mas
ele continuava murmurando palavras sem nexo uma após a outra. Agarrou
violentamente o acolchoado


e em
seguida o jogou para o alto, chutando e espancando o ar a esmo com per nas e
braços. Balbuciou mais


alguma
coisa e se virou de lado, por fim quieto.


Dulce
sacudiu a cabeça para mim, com um ar desaprovador.


-
Você daria uma grande médica, Anahí.


-
Bom, pois a doutora aqui acha que este paciente precisa ir pra enfermaria já -
falei.


-
Ok, vamos tirar
Monsieur Malade daqui - concordou Dulce. - Malade quer
dizer doente, para o seu


governo.


Colocamos
Christopher de pé, segurando-o cada uma de um lado pelas axilas, e o arrastamos
porta afora. Já na


trilha,
Dulce passou um braço ao redor da fina cintura de Christopher. Ele reclamou,
mas jogou condescendentemente


seu
braço direito por cima dos ombros dela para se apoiar.


- Dulce,
quer que eu vá junto? - perguntei.


Ela
sacudiu a cabeça.


-
Não. Talvez ainda possamos levar adiante o nosso plano se conseguirmos nos
livrar deste traste aqui.


Pode
ser que ele não se lembre de nada quando voltar a si.


-
Você é uma salva-vidas inata - agradeci.


Dulce
suspirou.


- Eu
que o diga.


Curvando-se
um pouco sob o peso de Christopher, ela o carregou lentamente trilha abaixo.


Eu
os observei até desaparecerem na mata, e então voltei para a cabana.


Dei
um enorme suspiro e desabei no meu beliche. Que desastre! Christopher doente,
Alfonso furioso e Christian


desconfiado...


Foi
só então que me dei conta de um erro fatal: me esquecera completamente de falar
com Christian sobre a


idéia
de passar o fim de semana fora do acampamento. E agora já era tarde demais. Ele
ficaria o dia todo


passeando
nas montanhas, e só nos veríamos de novo à noite.


Eu
já esperava que as coisas ficassem difíceis, muito difíceis.


Mas
aquilo era uma catástrofe total.


Os
rojões do Quatro de Julho daquele ano não iriam explodir apenas no céu. Já
tinham começado a estourar


na
minha cabeça. E isso que o fim de semana estava só começando.




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Autor(a): theangelanni

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 136



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  • jl Postado em 26/10/2011 - 15:59:09

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