Fanfic: Meus três namorados [Terminada]
Na
sexta-feira à tarde me dirigi para a enfermaria, depois de dar uma ansiosa e
apressada aula de artes
para
os meus campistas de dez anos de idade.
O
cheiro de anti-séptico me invadiu as narinas assim que me aproximei da pequena
construção branca
e
moderna. Quando cheguei ao quarto de Christopher, abri a porta e o encontrei
esticado na cama, com Dulce
sentada
ao seu lado batucando no braço da cadeira. Era um típico quarto de hospital,
com uma cama cortinada
no
centro do recinto e vários assustadores equipamentos de aço. A cortina estava
aberta, e Christopher dormia
pacificamente
de barriga para cima. Fiquei chocada por Dulce ainda estar lá.
-
Não conseguiu se livrar ainda? - sussurrei em seu ouvido, puxando uma cadeira e
me sentando ao
lado
dela.
-
Bah, as enfermeiras me pediram pra tomar conta dele bufou Dulce.
-
Mas isso não é o serviço delas? - perguntei.
-
Elas estão desfalcadas. Os monitores júnior encarregados de ajudar na
enfermaria estão ocupados
com
a preparação da grande festa de hoje à noite.
Dulce
torceu o nariz.
-
Anahí, você me deve uma, e das grandes.
Concordei
com um gesto de cabeça.
- É,
sem a menor dúvida - assenti.
Dulce
assoprou seu cabelo da testa e cruzou as pernas.
- E
então, o que ele tem, afinal? - perguntei. - Malária ou algo parecido?
Dulce
sacudiu a cabeça.
-
Não. Ele simplesmente teve uma febre superalta. O médico disse que se trata de
algum tipo de virose
passageira.
Eles lhe deram alguns antibióticos potentes logo que chegamos aqui, e a febre
já foi controlada. Desde
então
Christopher está dormindo que nem um bebê, balbuciando o tempo todo alguma
coisa sobre desertos, savanas e
moscas
tsé-tsé.
Dulce
franziu a testa.
- Já
sei mais sobre esse Christopher Uckermann do que nunca quis saber. Comecei a
entender como funciona a
pobre
mente dele, e acho que a esta altura já memorizei todas as expressões que seu
rosto é capaz de produzir.
Christopher
se agitou em seu sono e murmurou algo.
-
Christopher? - perguntei, me levantando da cadeira e me sentando na beirada da
cama.
Ele
virou a cabeça e abriu seus olhos escuros, que lentamente se enfocaram em mim.
-
Ah, você está aqui... - disse suavemente, com a língua um pouco enrolada.
Então
pegou na minha mão e sorriu, todo inocência. Em seguida a soltou e foi de novo
engolido pelo sono.
-
Você não tem que dar uma aula de natação hoje à tarde? - perguntou Dulce,
olhando em seu relógio.
Fiz
uma expressão de culpada.
- É,
eu sei que deveria ir pro lago, mas acho que o Alfonso não está muito ansioso
por me ver. Ele apareceu
inesperadamente
na cabana hoje de manhã, e no mesmo instante Christian chegou e me plantou um
beijo na boca bem
na
frente dele.
-
Caramba! - exclamou Dulce, fazendo uma careta.
-
Põe caramba nisso - concordei, soltando um longo suspiro.
-
Anahí, não se mexa tanto! - ordenou Dulce.
Já
era quase de noite, e estávamos na nossa cabana nos arrumando para a festa de
Quatro de Julho que
começaria
logo mais. Dulce tentava fazer uma trança francesa no meu longo cabelo loiro.
-
Desculpe - falei, me sentando rígida na beirada da minha cama.
-
Ah, droga! - exclamou ela quando a trança se desmanchou acidentalmente. -
Anahí, o seu cabelo é muito
liso
e sedoso. Assim não vai dar.
Dulce
pegou uma lata de spray para cabelo na penteadeira e a ergueu ameaçadora.
-
Feche os olhos - avisou, agitando a lata.
Antes
mesmo que eu pudesse protestar, ela vaporizou o produto generosamente por todo
o meu cabelo.
-
Ai! Cuidado! - reclamei, fechando os olhos bem apertados.
-
Ah, agora vai ser muito melhor - disse ela satisfeita.
Dulce
passou um pente pelo meu cabelo e o separou com cuidado em três grandes mechas.
Cruzei
as pernas, impaciente.
- Dulce,
a gente tem mesmo de fazer isto?
-
Sem a menor dúvida - respondeu ela, trançando habilmente os três chumaços de
cabelo. - O meu lema é:
quando
você estiver se despedaçando por dentro, pareça maravilhosa por fora.
Suspirei.
-
Mas pra quê?
-
Você vai ver - disse Dulce. - Vai levantar a sua moral.
Justamente
naquele momento Sam entrou na cabana praticamente valsando, seu rosto
resplandecendo de
prazer.
-
Ooooi! - cumprimentou, largando-se na cadeira de balanço com um sorriso de
orelha a orelha.
Me
virei para olhar para ela.
-
Anahí! - ralhou Dulce. - Fique quieta, pô!
-
Desculpe - falei, olhando para Sam com o canto do olho.
-
Algo de bom aconteceu pra você hoje, Sam?
-
Não. Algo de maravilhoso aconteceu pra mim hoje - respondeu ela,
balançando-se para a frente e para
trás
na cadeira.
- E
o que foi? - perguntou Dulce, colocando um elástico na ponta da minha trança e
pegando um pequeno
espelho
de cima da cama.
Dulce
me levou até o grande espelho da penteadeira e ergueu o pequeno com um gesto
floreado, para que
eu
pudesse enxergar a parte de trás da minha cabeça.
- Voilà! - exclamou
orgulhosa. - Uma verdadeira obra de arte.
Tive
de admitir que aquela trança dourada ficara realmente bonita. Ela descia do
topo da minha cabeça até
os
meus ombros.
-
Alfonso e eu vamos juntos ao baile. Foi isso o que aconteceu - revelou Sam,
feliz.
Dulce
girou a cabeça de supetão para encará-la.
-
Sério? Você e Alfonso?
Me
sentei no beliche, me sentindo como se acabasse de levar um soco na boca do
estômago. Claro que
Alfonso
tinha todo o direito de convidar Sam para o baile. Afinal, eu lhe dissera que
não iria com ele. Mas não
esperava
que ele me substituísse por Sam tão rápido.
Então
Sam olhou direto pra mim.
-
Anahí, o Alfonso está claramente interessado em mim, não em você -
disse, seus olhos azuis se endurecendo.
-
Por isso fique longe dele. Senão, talvez eu conte ao seu lindo namoradinho que
você anda arrastando uma asa
pelo
Alfonso.
Pisquei,
pega de surpresa pelo tom de voz venenoso de Sam.
-
Não precisa se preocupar comigo, Sam - repliquei, serena. - O Alfonso sem
dúvida já fez a sua escolha.
-
Isso mesmo - retorquiu ela, pondo-se de pé, pegando sua bolsa e jogando-a por
cima do ombro. - E essa
escolha
sou eu.
Autor(a): theangelanni
Este autor(a) escreve mais 24 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?
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- Acho que vou passar mal - eu disse a Dulce enquanto andávamos para a cabana central, a caminho da festa. Me sentia como se houvesse uma enorme cratera no meu estômago, que crescia a cada passo que eu dava. - Não se preocupe, Anahí - Dulce assegurou. - Tudo está sob controle. As coisas estavam parcialmente sob controle. Por sort ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 136
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jl Postado em 26/10/2011 - 15:59:09
Haaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaain acabei de ler essa web *--* Geeeeeeeeeeeeeeent eu amei */--*
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jl Postado em 26/10/2011 - 15:59:09
Haaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaain acabei de ler essa web *--* Geeeeeeeeeeeeeeent eu amei */--*
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jl Postado em 26/10/2011 - 15:59:08
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jl Postado em 26/10/2011 - 15:59:07
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jl Postado em 26/10/2011 - 15:59:07
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jl Postado em 26/10/2011 - 15:59:06
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jl Postado em 26/10/2011 - 15:59:05
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jl Postado em 26/10/2011 - 15:59:04
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jl Postado em 26/10/2011 - 15:59:04
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jl Postado em 26/10/2011 - 15:59:03
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