Fanfics Brasil - capitulo5: Flertando com o perigo Meus três namorados [Terminada]

Fanfic: Meus três namorados [Terminada]


Capítulo: capitulo5: Flertando com o perigo

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No domingo de manhã acordamos bem cedo para ir à pedreira. Como Alfonso se autoconvidara para ir junto,


Dulce e eu convidamos também os outros monitores. Eu não podia nem pensar em passar o resto do dia sozinha e


tensa com Alfonso e Dulce.


Formamos um grupo de oito, e percorremos de bicicleta os oito quilômetros de distância. Foi um trajeto


difícil, com muitas subidas, e estávamos todos exaustos quando chegamos lá .


Sam ficou boquiaberta ao ver os rochedos .


- Uau! Cara, este lugar é lindo! - exclamou.


Apoiei minha enferrujada bicicleta de três marchas numa árvore e apreciei a vista. A pedreira era mesmo


de tirar o fôlego, exatamente como ficara na minha memória. Penhascos de rocha branca brotavam das


montanhas e caíam direto até o lago verde-azulado e cristalino. O dia estava limpo, e a calma superfície da água


cintilava sob os raios fortes do sol matinal.


Todos jogaram suas coisas na prainha e vestiram as roupas de banho. Então subimos com cuidado até o


alto de uma das rochas. Não havia nenhuma trilha. Tínhamos de achar buracos para encravar os pés e encontrar


um jeito de nos agarrarmos ao pouco mato que nascia nas fendas das pedras. Sacha chegou ao topo antes de


todos. Ele era visivelmente um ginasta, escalando a encosta sem nenhum esforço. Quando finalmente o resto de


nós chegou lá, o encontramos recostado em uma pedra, tomando sol com as pernas confortavelmente esticadas.


- Ei, mano - disse ele com um sorriso para o ofegante Amir -, talvez você devesse participar das minhas


aulas de acrobacia.


- Há mais coisas importantes na vida além da habilidade física - replicou Amir, fazendo uma careta e


enxugando a testa com uma toalha. - Acho - acrescentou logo em seguida, sorrindo.


Eu estava começando a notar as diferenças entre os dois gêmeos. Sacha tinha uma expressão facial mais


aberta e um sorriso relaxado. Amir era mais intenso, mas também mais tenso. Sua testa parecia estar


permanentemente franzida de concentração, e seus olhos escuros revelavam uma personalidade profunda e


reflexiva.


Peguei meu cantil pendurado em meu ombro e tomei um grande gole.


- ÁGUA! - gritou Derek como um homem desidratado perdido no deserto.


Soltei uma risada e passei o cantil para ele.


Alfonso sentou ao meu lado, mas eu me levantei rápido, antes que ele conseguisse me aborrecer. Comecei a


caminhar até a próxima rocha. Entre ela e aquela em que eu estava havia um vazio de mais ou menos meio metro


de distância. Plantando meus pés firmemente em uma fenda, saltei para o outro lado. Senti a superfície rochosa


macia e fria sob meus pés.


Andei até a beirada do precipício e olhei para a água lá embaixo, sentindo uma estranha vertigem. Os


rochedos em que subíramos tinham aproximadamente sete metros de altura. Do meu ponto de observação o lago


parecia um enorme espelho escuro e misterioso. E distante. Muito distante. A água se movia suavemente,


lambendo a beira da praia.


De repente percebi um corpo perto de mim. Antes mesmo de olhar, já sabia que era Alfonso. Sabia porque os


cabelos da minha nuca se arrepiaram.


- Você pularia de uma altura destas? - perguntou.


Ele se aproximara tanto de mim que eu podia sentir em minha pele o calor que emanava de seu corpo.


Me virei para olhá-lo. Vestia uma sunga azul, e nada mais. Não pude deixar de reparar em seus avantajados


bíceps e peitorais, em sua pele levemente bronzeada e macia.


Me virei rapidamente de frente para o lago de novo, ao me dar conta de que estava olhando fixo para seu


corpo.


- Claro - respondi. - Já pulei de alturas maiores.


Mentira deslavada. Era extremamente perigoso pular daqueles rochedos. Não tinha nada a ver com pular de


uma plataforma em uma piscina, onde tudo o que havia para vencer era o medo instintivo de se jogar no vazio.


Mesmo que o lago fosse suficientemente fundo para um mergulho daqueles, nada garantia que o mergulhador


fosse cair no lago.


Olhei para baixo, para a água batendo suavemente no paredão rochoso, que formava uma leve barriga até


chegar lá. Isso significava que quem quisesse mergulhar tinha de pular com bastante impulso e se projetar ao


máximo para a frente. Se você vacilasse ao pular ou calculasse mal, se espatifaria nas pedras. Um movimento


errado, e adeus.


Alfonso sorriu.


- Acho que você tem é muito papo-furado, Anahí.


A provocação de Alfonso fez meu sangue ferver.


- Então fique quietinho aí e preste atenção - respondi calmamente.


Me posicionei na beira da precipício, dobrei os Joelhos e calculei cuidadosamente o quanto deveria me


projetar adiante ao saltar. Uns dois metros. Mas logo vi a barriga do rochedo se sobressaindo até chegar na água, e


meu estômago revirou de medo.


A água acariciava a praia, me convidando a pular. Aquilo me fez lembrar o mito da canção das sereias, que


tentavam os marinheiros a saltar ao mar - e à morte.


Me imaginei caindo bem perto da água, batendo nas rochas e esmigalhando todos os meus ossos. Me vi


deixando o acampamento em uma cadeira de rodas. "Que pena", diriam todos. "Tão jovem, tão cheia de vida... "


- Anahí, não! - disse Alfonso com um tom de voz grave e preocupado. - Eu estava só brincando.


Ele deu um passo adiante, esticando sua mão forte para mim. Fechei os olhos e tomei coragem,


determinada a ir até o fim. Senti a terra se mover sob os meus pés e engoli em seco, recuando instintivamente para


trás. A superfície da água parecia ainda mais distante que antes, e uma fria pontada de medo atingiu meu


estômago. Percebi que quanto mais esperasse, mais difícil seria.


Sem pensar mais nem um segundo, dobrei bem os Joelhos e saltei.


Por um breve instante temi não ter pulado longe o suficiente. Vi a saliência da pedra vindo ao meu


encontro, e deixei escapar um grito de pavor.


- AAANAHÍAAAA! - ouvi Alfonso gritar de muito longe.


Seu grito se fundiu com o meu, e meu nome rebateu nas pedras, ecoando no vazio.


O tempo pareceu ficar em suspenso, e minha vida inteira passou em flashes diante de meus olhos. Sou


jovem demais, pensei desesperada, não é justo...


Mas de repente caí como uma bomba na água gelada do lago, a alguns metros da encosta rochosa. Voltei


rapidamente à superfície e tentei tirar o cabelo da cara, mas minhas mãos tremiam demais. Me sentia como se um


milagre tivesse acabado de acontecer. Nunca amara tanto a água como naquele momento. Respirei fundo,


tentando acalmar o galope do meu coração.


Então ouvi um tremendo "splash" bem ao meu lado. Era Alfonso. Pulara do rochedo de cabeça. Olhei para


ele, atônita. Ele era louco? Um salto de pé já era perigoso daquela altura, mas arriscar um mergulho de cabeça


num lago cheio de rochas era uma total insanidade.


Ele emergiu sacudindo vigorosamente a cabeça.


- Você está bem? - perguntou logo que apareceu à flor d`água.


- Claro que sim! - respondi tranqüilamente, flutuando de costas e batendo os pés na água.


Mas meu tom de voz soara muito mais cool do que eu realmente me sentia. Meu corpo todo ainda tremia de


uma forma quase incontrolável.


Alfonso me olhou furioso.


- Isso foi realmente uma estupidez, garota - disse, soltando fogo pelas ventas.


Encolhi os ombros.


- Não vejo nada de mais.


- Ah, claro - ele replicou. - O seu grito ecoou por todo o vale.


- Olha aqui, não preciso de nenhum sermão seu, tá bom? - devolvi, brava. - Aliás, você fez exatamente


a mesma coisa, com uma diferença: foi mais estúpido que eu. Ninguém mergulha de cabeça num lago que


não conhece. Podia ter ficado paralítico.


A voz de Alfonso ficou mais serena.


- Só fiz isso pra socorrer você.


- Bom, pois fique sabendo que não preciso da sua ajuda.


Dizendo isso, saí nadando o mais rápido que pude. Subi por um barranco enlameado e peguei uma


toalha na minha sacola.


Alfonso praticamente me desafiara a pular. Não tinha o direito de me repreender por ter saltado.


Enxuguei meus cabelos com força e enrolei a toalha no corpo, ainda um pouco trêmula. Agora eu já não


sabia mais se tremia de raiva ou de medo.


Olhei para Alfonso enquanto ele saía da água. Não consegui deixar de reparar mais uma vez na beleza


de seu corpo. Depois olhei para o alto do rochedo, e me espantei com a altura de que havíamos pulado.


Balancei a cabeça, percebendo que aquele salto fora uma das coisas mais imbecis que já fizera na minha


vida.


E de repente percebi também que fizera aquilo por uma única razão: para impressionar Alfonso.



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Autor(a): theangelanni

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 136



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  • jl Postado em 26/10/2011 - 15:59:09

    Haaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaain acabei de ler essa web *--* Geeeeeeeeeeeeeeent eu amei */--*

  • jl Postado em 26/10/2011 - 15:59:09

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  • jl Postado em 26/10/2011 - 15:59:08

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  • jl Postado em 26/10/2011 - 15:59:07

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  • jl Postado em 26/10/2011 - 15:59:06

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  • jl Postado em 26/10/2011 - 15:59:04

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  • jl Postado em 26/10/2011 - 15:59:03

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