Fanfic: Sete Pecados ( Seven Sins ) | Tema: Rebelde

~X~

          Peguei um vestido azul celeste e estava prestes a me arrumar. Quando a porta se abriu. Mostrando Mercedes a minha frente. Ela estava eufórica, nervosa. Aquilo me assustou tanto que o único que me veio à mente foi meu marido insano. Mas quando ela entrou e fechou a porta. Vi que seu semblante se tranquilizou me acalmando junto.

— Com sua licença menina.

— Claro entre! Então, conseguiu algo?

— Sim. Ele escreveu esta carta e me mandou entregá-la.

— Muito obrigada! Enquanto leio você me ajuda com o espartilho? “ela assentiu e então abri a correspondência. Tinha seu cheiro. eu pude sentir”.

Dulce

 

Minha querida Dulce. Sinto saudades de você a cada manhã, a cada noite. Seu perfume, seu sorriso. Os dias estão seguindo como martírio em minha vida. Creio que na sua também. Desculpe por ainda não lhe procurar. Temi pela sua segurança, já que sabemos muito bem com quem casou. Alguns problemas na família se complicaram, entre eles, os negócios. Meu pai esta em crise financeira e por isso venho lhe dar uma triste notícia. Ele me informou a poucos dias que estou de casamento marcado. Não a conheço e nunca a vi. Mas não se preocupe, meu amor permanecerá teu para sempre.

Para dispersar esse pesar, vou fazer uma viagem, e aproveitar para resolver alguns detalhes dessa cerimonia. Sinto-me cada vez mais longe de ti.

Com amor, Alfonso.

 

       Não podia ser! “Ele vai ser de outra. Estará tudo acabado” me repeti essas palavras em pensamento. Meu coração se destroçou em pedaços. Queria fugir para o mais longe que fosse possível. Mercedes não me perguntou o que havia escrito. Talvez já ate o soubesse. Ela apenas continuou a me vestir, enquanto minhas lágrimas desesperadas se derramavam. Ela terminou, e com o mesmo silencio se foi. Eu me joguei ao chão aos prantos, pronta para desfalecer. Tentei limpar meu rosto numa tentativa frustrada de me acalmar, ates de decidir ir ao estábulo, já que precisava espairecer. Peguei um cavalo e corri para o mais longe possível! Um terrível temporal começou a se formar, me deixando totalmente ensopada. Os pingos da chuva pareciam espinhos ao bater no meu rosto, por eu estar correndo velozmente, sem me importar. Um relâmpago me causou susto, junto de meu cavalo que relinchou levantando. Puxei a rédea e voltei para a mansão.

   Mal terminado de amarra-lo, meu corpo inteiro se fazia cair ao chão do estábulo, em lágrimas, incessantes.

    Já era noite, e a chuva não cessara. Fazia piorar. O temporal havia feto Christopher, chegar mais cedo, e completamente molhado. Quando entrou na mansão, Foi direto ao quarto, tomar um banho e trocar as roupas. Deu por falta de Dulce Maria, então Saiu no corredor com a toalha ainda enxugando os cabelos, avistando Maite.

— Sabe onde Dulce está?

— Não está no quarto?

— Se te pergunto é porque não está “Maite o fitou emburrada pela ignorância de sempre do irmão” — Mercedes! "chamou fazendo a mulher surguir"

— Sim senhor?

— Onde está minha esposa?

— A última vez que a vi, ela havia saído para cavalgar senhor.

— Há essa hora e com essa chuva?

        Christopher questionou largando a toalha no quarto e saindo em disparada. Ela vai ter que guardar o cavalo, pensou "Oque foi fazer a essas horas?" Não queria nem imaginar "Ela irá me pagar se fosse ser o que eu pensava" O único que lhe vinha em mente era o suposto homem.

      Quando chegou, viu Dulce jogada contra o chão sujo e cheia de feno. Ela chorava que dava pra ouvir os soluços. Ele se aproximou devagar, mobilizado pela fragilidade em que ela se encontava. Seu nariz tão pequeno estava completamente avermelhado pela irritação do choro. O que a deixava vulneravelmente linda, para deixa-lo sem ação.

— O que faz aqui? Jogada ao chão...

— Deixe-me, por favor, não estou disposta a iniciar uma discussão.

— Porque acha que quero discutir “disse se abaixando para chegar ao meu nível”

— Porque é o único que fazemos desde que nos conhecemos. “ele me olhava com uma ternura que me impactou”

— Venha, levante-se “Christopher me pegou pelos seus braços, me levantando. De repente ele me encarou e começou a limpar minhas lagrimas, enquanto o olhava totalmente atordoada”.

— Porque está fazendo isso? “não contive minha admiração”

— Isso o que?

— Fingindo que se importa comigo.

— Quem lhe disse que eu não me importo?

— Como quem? Você mesmo! Trata-me mal o tempo todo. Estou farta dessa situação, desse casamento ser uma farsa! Farta de nós nos odiarmos! “Nesse instaste Christopher me puxou para junto de seu corpo. Mas desta vez eu não recuei. Estava muito fraca e sensível para fazê-lo. Ele me olhou por um tempo até suas duas mãos se fixarem no meu rosto, aproximando nossos lábios como se queimassem. Sua boca era muito envolvente, de tal forma que não conseguia mais me soltar. Não pude evitar envolver meus braços no seu pescoço em reposta ao seu toque. Isso o fez pausar sorrir de canto”.

— Vamos você precisa se secar. Pode se resfriar “meu vestido estava coberto palha e serragem, incluindo feno, que tentei afastar com as mãos”.

      A minha reação em ter correspondido ao beijo, me fez corar e não erguer a cabeça em nenhum momento para olha-lo enquanto entravamos na mansão. Passando pela sala, agradeci por ninguém estar lá para me ver naquele estado.

     No quarto tomei um bom banho, coloquei uma camisola vermelha com renda nas bordas e fui me deitar. Christopher estava sentado na cama lendo um livro quando me aproximei.

— Não vai sair com seus amigos hoje? “Perguntei irônica. Já sentando no meu lado da cama”.

— Não. Acho melhor ficar aqui com você “Ele fechou o livro e o colocou no criado mudo”

— Acredito “disse em ironia” — Diga-me qual delas lhe dispensou, Para estar aqui há essas horas? Ou é pela chuva?

— Anjo. Quer mesmo iniciar uma discussão?  “nisso ele tinha razão, eu não queria. Mais aquela era a única forma de me defender. Não sabia explicar o que estava acontecendo comigo. Não o odiava mais como antes. Ele era totalmente bipolar, só podia ser. A cada hora agia de uma maneira diferente e aquilo me deixava confusa”.

— Tem razão. Só quero descansar um pouco.

— Porque chorava tanto no estábulo?

— Nada que você realmente queira saber.

— Eu não consigo entender porque sempre está na defensiva comigo.

— Eu não esqueci o que aconteceu na nossa noite de núpcias Christopher. Nunca esquecerei. E ao contrario de você, não consigo fingir sentimentos “respondi da forma mais fria que pude para passar segurança nas minhas palavras”.