Fanfic: Sete Pecados ( Seven Sins ) | Tema: Rebelde

Com o amanhecer percebi que dormi toda enlaçada ao corpo dele. Estava com a cabeça descansada em seu peito e meu braço por cima de seu abdômen. Ele ainda dormia despreocupado. Tentei me desprender sem acorda-lo, colocando minha cabeça por cima do meu braço. E fiquei velando seu sono. Christopher parecia um “anjo” e seu rosto facilitava isso, tinha traços extremante angelicais.

— Vai mesmo ficar me olhando?  “Disse ainda em tom sonolento, com os olhos fechados. Assustei-me e meu rosto começou a Ruborizar. Ele não estava dormindo?”

— Não estava olhando você. Só... Refletia “Que desculpa horrível. Pensei revirando os olhos”.

— Entendi. Sente-se bem?

— Sim. “Respondi ainda intimidada”

— Certo “falou enquanto se levantava da cama. Seu olhar já havia mudado, voltou a ser obscuro. Deixando-me intrigada” — Vou sair, tenho assuntos a resolver, e só pra lhe deixar avisada, provavelmente não voltarei para o jantar “seu tom soava frio. Indo em direção ao banheiro. Onde está o homem de horas atrás? Meu chão caiu sobre meus pés. Ele partiu, e deixou o leviano de brinde. Enterrei meu rosto no travesseiro em protesto. Tudo voltou a ser como antes”.

~X~

          Mais dias se passaram e a rotina do falso casamento voltou. Ele e eu dormíamos juntos mais aquilo não parecia influenciar. Mesmo assim todas as noites eu passei a acordar abraçada a ele sem perceber. Nunca me reclamou a respeito então o assunto foi deixado de lado. Eu sempre me desconjurava por ter sido fraca e ter me entregue a esse “homem de fases”. May e eu continuávamos com as nossas cavalgadas pela tarde, era o que me mantinha relaxada estando naquela situação. Maite passou a gostar de me acompanhar e sempre dizia que eu havia a feito descobrir o lado bom de montar a cavalo, já que esse não era seu passatempo favorito.

      Enquanto eu me aprontava para o jantar checando minha imagem refletida no espelho da penteadeira. Christopher entrou feito um furacão, tirando o casaco e desabotoando o colete com rapidez, como se quisesse arranca-los.

— Esses investidores pensam que podem fazer o que quiser! Meu pai some para o exterior e me deixa aqui, lidando com esse tipo se gente “reclamava em voz alta. Quase considerei um desabafar” — Mercedes! “Ele a chamou aos berros, decidi ficar bem calada e quieta em meu lugar, para não ser vítima da fúria de Christopher. Ela entrou em seguida, de cabeça baixa, percebi que estava tão amedrontada quanto eu”.

— O que deseja senhor Casillas?

— Vá atrás de Sebastião, o capataz. E peça que suba aqui “Concordando ela saiu às pressas. Vi a hora perfeita para me levantar e sair devagar dali, meus lentos passos pareceram chamar sua atenção” — Desculpe-me pela gritaria.

— Não se preocupe comigo, já estou de saída “respondi ainda o olhando para me certificar se falava mesmo comigo”.

— Espere. Quero lhe dar uma coisa. “Ele então tirou do bolso uma caixa aveludada, preta. E me entregou. Assim que abri, fiquei admirada com a beleza da peça. Era um colar de ouro branco, cravejado em rubi”.

— É muito bonito. Obrigada.

— Assim que o vi, lembrei-me de você. Achei que lhe cairia bem. Um colar da cor dos seus cabelos “E o leviano bipolar ataca novamente. Se aproximando mais, ele colocou nossos rostos a centímetro de distância. Não sei o porquê, mas não me movi dali, até que o Som das botas do capataz começar a ecoar no chão”.

— Com sua licença senhor. Mandou me chamar? “Christopher ainda me olhando revirou os olhos. Aquilo me fez sorrir. Chateou-se por ele o interromper”.

— Sim. Mandei. Onde está a correspondência que eu lhe pedi para ir buscar?

— Aqui está. Acabei de pega-la.

— Muito bem. Já pode ir.

       Christopher se afastou de mim e abriu a carta. Percebi que lia com bastante atenção. Até que seu semblante pareceu aliviar. Guardou a mesma no bolso.

— Vamos descer. Tenho boas notícias para Maite “convidou-me me mostrando seu braço, para que eu o pegasse”.

— Vamos “concordei agarrando-o e fomos à mesa”