Fanfic: Sete Pecados ( Seven Sins ) | Tema: Rebelde

      Quando cheguei à mansão, fui direto ao quarto, pois precisava de um bom banho. Mercedes me ajudou a entrar na banheira e me lavar, a falta de independência me deixava em nervos. De repente Christopher entrou nos surpreendendo, ambas de nós o olhamos intimidadas pela sua presença. Embora fosse meu marido, eu tinha vergonha de me expor a ele em certas situações, mesmo com a espuma recobrindo metade do meu corpo, me senti envergonhava por haver cicatrizes em alguns locais, vestígios da queda.

— Mercedes pode se retirar. Deixe que eu faça isto “ela acatou o pedido saído do ambiente nos deixando a sós”.

      Meu rosto se ruborizou enquanto posicionava minha vista para frente. Ele se sentou no banco atrás de mim, pegando a esponja para iniciar o processo. Christopher massageava com cuidado cada local, do meu corpo, me limpando. Suas mãos eram leves, suaves a ponto de ser quase imperceptível. Quem diria. Alguém de tanta força conseguia ser tão leve.

— Por que esta fazendo isso “perguntei com os olhos serrados” — Me evita á dias.

— Quero cuidar de você “disse desviando minha pergunta” — Adoro te ver assim, vermelha de vergonha. Isso me fazia tanta falta. “sua voz soava enfraquecida”

— Então o que esta havendo? Você não faz mais amor comigo. Não me desejas? São estas cicatrizes não é?

— Nunca diga isso! Você sabe que ainda está se recuperando, por isso não pode fazer esforço.

— Isto é um martírio! “ele sorriu. E eu me virei para olha-lo” — Ultimamente andas muito sério. Ainda está chateado comigo? “sua face se contorceu como se eu houvesse lhe batido. Ele ficou triste”.

— Quem deveria estar com raiva de mim é você meu anjo. Eu que te fiz mal. Ofendi-te. E não merecia isso.

— Não importa, vamos esquecer. Tudo não passou de um pesadelo.

— Volte a sua posição, preciso terminar seu banho “ordenou. Obedecendo, decidi voltar”.

— Posso saber que bebê é este que todos falam? “as suas mãos pararam de se mover. Foi quando percebi que havia algo errado”.

— Mercedes! “gritou. Ela parecia estar sempre em alerta com os chamados de Christopher. Entrou logo em seguida” — Volte a ajuda-la com o banho.

      Não tive reação de manda-lo voltar. “o que eu disse?” apenas me mantive calada durante todo o banho. Mercedes me ajudou a enxugar-me e com as roupas. Já estava pronta quando fui ate a cama. E ele não estava lá. Aquilo me deixou intrigada, triste. Toda a noite Christopher estava a me esperar.  Um golpe de decepção apunhalou meu peito, me deixando mais acamada, ajudando o sono se alastrar dentro de mim, fazendo-me dormir de imediato.

      Durante a madrugada, me assustei com os passos leves do meu marido, que pelo que parecia, fazia o possível para passar despercebido. Ele se posicionou ao meu lado, lentamente, deitando e cobrindo-se, ao ver que meu cobertor estava baixo, o colocou de volta ao lugar. Ainda fingindo dormir, dei o primeiro alerta.

— Boa noite “ele se virou a me olhar”

— Desculpe-me. Lhe acordei?

— Não... Estou com insônia.

— Pois devia dormir, passou a tarde toda caminhando além do que podia.

— Não estou morta. Sinto falta de fazer as coisas, sozinha... Sem ninguém.

— Logo ira voltar a fazer, basta ter paciência “mesmo me respondendo ele parecia distante”.

— Quanto tempo eu passei em coma? “perguntei o surpreendendo”

— Por que isso agora Dulce.

— Responda. Quanto tempo? “mesmo hesitante. Respondeu”.

— Aproximadamente dois meses “meu semblante se endureceu admirado. Tanto tempo assim?”.

     Fiquei abismada, tinha a sensação de ter sido bem menos. Minha cabeça se encheu de questões, pois não sabia o que pensar. O que havia acontecido durante esse tempo todo. Todos na casa estavam estranhos. Quase nunca falavam do acorrido, sempre quando se tocava naquele dia do acidente, o silencio predominada.

— E como foi todo esse tempo. O que aconteceu aqui? “ele virou o olhar para a janela, que estremecia pela forte chuva, que caia na parte de fora”.

— Deixamos de sorrir. Você não dava sinais e todos tentavam te manter bem. Então começou a perder peso, ficando cada dia mais fraca... “enquanto contava, sua voz era cortante” — Enfim... Você está bem e esta aqui agora “Christopher me puxou para seu peito e eu me envolvi. Agarrando-me em suporte”.

— E o bebê. Quem é. “ele me soltou, quebrando todo o clima de tranquilidade”.

— Por que pergunta tanto sobre este assunto?

— Não entendo porque não quer falar sobre isso. Que bebê é este? É tão ruim assim? Sinto-me perdida nessa história toda.

— Descanse e esqueça-se disto por enquanto. “levantei-me injuriada, não queria mais esperar”.

 — Preciso saber! Sinto-me uma inútil. Todos me olham estranho, pensam que não percebo? Eu sofri um acidente que me deixou em coma por semanas. E ninguém tem nada a dizer! “ele me olhou duro. Seu rosto se fechou me fazendo ver alguém que pesei ter morrido. O olhar do leviano havia retornado aos seus olhos”.

— Você quer saber. Pois bem. Saberá.